Autotróficos, também chamados de autótrofos, são organismos vivos que conseguem produzir o próprio alimento. A produção ocorre por meio de processos naturais, como a fotossíntese, ou pela síntese de material inorgânico em orgânico, na quimiossíntese. As plantas, por exemplo, são seres que fazem parte desse grupo.
De forma geral, os seres autótrofos fazem parte da principal divisão da cadeia alimentar. Isso porque, sem esses organismos, seria impossível a existência de outros seres, como os herbívoros. Além disso, caso os herbívoros não existissem, os animais carnívoros também não existiriam, quebrando o ciclo natural de alimentação dos animais.
Por estarem na base da alimentação natural, os seres autótrofos são classificados como produtores. Ou seja, a partir desses seres, outros organismos podem se alimentar e dar continuidade à pirâmide energética do ecossistema produzindo, também, energia necessária para a sobrevivência.
Acredita-se que as primeiras formas de vida da Terra foram dos seres autotróficos. Aliás, o processo de evolução dos seres heterotróficos – aqueles que não conseguem produzir o próprio alimento – ocorreu através do aumento evolutivo dos organismos autótrofos.
Características dos autotróficos
Os seres autótrofos produzem o próprio alimento, ou seja, obtêm energia, por meio de dois processos: fotossíntese e quimiossíntese. Por conta disso, são classificados como seres fotoautotróficos e quimioautotróficos.
Neste caso, as plantas fazem parte do grupo dos seres autótrofos, além das algas e das cianobactérias. Na cadeia alimentar, os autótrofos são classificados como produtores e constituem o nível trófico dos produtores da ciclo. Ou seja, são a base de todas as cadeias.
Seres fotossintetizantes
Plantas, algas verdes e as bactérias são seres classificados como fotossintetizantes, também chamado de fotoautotróficos. Sendo assim, a produção de energia para a alimentação ocorre por meio da luz solar e, em seguida, os seres conseguem produzir materiais orgânicos.
O processo de fotossíntese ocorre por meio da captura dos raios solares, também chamados de fótons. A partir disso, a luz é transformada em energia na produção de processos bioquímicos, como a Adenosina trifosfato (ATP). Além disso, os seres autotróficos produzem açúcares por meio da absorção de carbono (CO2).
Quando as plantas absorvem CO2, o composto é transformado em gás oxigênio (O2) e liberado na atmosfera. Ou seja, as plantas participam de forma direta na respiração dos seres vivos. Com a liberação de oxigênio na atmosfera, foi possível que grandes animais heterotróficos pudessem surgir. O processo de respiração dos heterotróficos é denominado respiração aeróbica.
A camada de ozônio, de acordo com estudos científicos, também teria sido criada por conta do oxigênio liberado pelos seres autotróficos. Isso porque, os seres puderam se mover para a vida terrestre sem que ocorresse algum dano no DNA, provavelmente causado pela luz ultravioleta. Sendo assim, a equação que representa o processo de fotossíntese é: CO2+H2O+ energia luminosa → Glicídio + O2+ H2O
Seres quimiossintetizantes
Os seres quimiossintetizantes, também chamados de quimioautotróficos, são organismos que transformam matéria inorgânica em matéria orgânica. Bactérias e arqueobactérias são exemplos de organismos quimiossintetizantes, geralmente, encontrados nas profundezas de mares e oceanos. São organismos que não recebem a luz solar.
Além disso, para que o processo no metabolismo ocorra de maneira eficiente, alguns organismos precisam viver em aberturas vulcânicas no fundo do mar. Isso porque, precisam de calor para que os processos metabólicos funcionem. Além disso, para realizar a quimiossíntese, os organismos utilizam substâncias químicas voláteis.
Dentre as substâncias mais comuns para a produção de energia estão o enxofre elementar, o ferro ferroso, hidrogênio molecular, o sulfeto de hidrogênio e a amônia. Essas substâncias são responsáveis por proporcionar aos quimiossintetizantes condições para viver em lugares que, provavelmente, seriam tóxicos para outros seres vivos.
Os seres autotróficos
Os seres autotróficos mais comuns são as plantas, as algas verdes e tipos de bactérias, denominadas “bactéria de ferro” (Acidithiobacillus ferrooxidans). As plantas, classificadas no reino Plantae, são seres que realizam fotossíntese. Tirando as plantas carnívoras, todas as demais são autotróficas.
No processo de fotossíntese das plantas, ocorre a produção de açucares e outros elementos naturais, como a clorofila. Ou seja, por meio da captura dos fótons – feixes de luz solar – os organismos produzem energia para sobreviver. Assim, quando os seres heterótrofos consomem os seres autotróficos, ocorre a utilização dessa energia e dos materiais produzidos pelas plantas.
Já as algas verdes, também organismos autótrofos, fazem parte do reino Protista. Apesar de existirem seres heterotróficos nesse grupo, grande parte dos organismos são seres autótrofos fotossintetizantes, também chamados de fotossintetizantes eucariontes. Ou seja, são organismos que possuem um núcleo celular bem desenvolvido onde se encontra o material genético.
Por fim, as “bactérias de ferro” possuem esse nome, pois obtém energia por meio do processo de ferrugem. Ou seja, o processo ocorre quando átomos de ferro, que antes não podiam ser dissolvidos em água, são transformados em moléculas solúveis em água. Assim, essas bactérias possuem funções específicas, como a extração de ferro de minérios.
O que achou da matéria? Se gostou, confira também o que são Unicelulares e quais as funções do Metabolismo.
Fontes: Planeta Biologia, Info Escola, Brasil Escola, Brasil Escola e Mundo Educação
Imagens: Diferença, Stefanie Egger, Mundo Educação, Blog do Enem e Aegro