A Fenícia era uma região formada por diversas cidades-estados, todas elas habitadas pelos povos fenícios. As principais cidades eram Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit, cada uma com formas de governo independentes. Naquela época, era conhecida como a terra dos marinheiros e comerciantes.
Isso porque, os povos fenícios não possuíam solo favorável ao plantio. Assim, desenvolveram o comércio marítimo pelas cidades que ficavam próximas ao Mediterrâneo. O sucesso nos mares foi possível graças aos diversos fatores que contribuíam para o avanço do comércio fenício.
A forma de governo adotada nas cidades-estados era a Monarquia Hereditária. Porém, em outras cidades, os governantes exerciam o poder por meio de um Conselho de Anciãos. Com o comércio marítimo evoluído, os povos fenícios disputavam a região entre si e com os demais povos daquela época, como os hebreus e os persas.
Características da Fenícia
Fenícia era uma região com, aproximadamente, 40 km de largura, localizada entre o mar Mediterrâneo e parte montanhosa próxima ao Líbano. Ficou conhecida como a terra dos marinheiros e comerciantes. Isso porque, o comércio marítimo foi uma das características que marcaram os povos fenícios.
Naquela época, era comum que as civilizações desenvolvessem o comércio com base no plantio. Porém, a região da civilização fenícia era formada por solo montanhoso, o que dificultava as atividades agrárias. Assim, os fenícios perceberam que o comércio só evoluiria caso fosse feito nas cidades próximas ao Mediterrâneo.
Os fenícios conseguiram desenvolver bem o comércio marítimo por conta de diversos fatores que favoreciam a região. Por exemplo, a Fenícia era o centro das rotas comerciais, além da região ser utilizada como ponto de parada das caravanas que vinham da Ásia em direção ao mar Mediterrâneo.
Outro fator que contribuiu para o comércio fenício, foi o fornecimento de cedros para a construção de navios. A região era rica nesse tipo de madeira que, aliás, era considerada como uma das mais valiosas na época. As principais cidades da região, como Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro, possuíam portos naturais.
Os povos fenícios
Em síntese, a civilização fenícia foi uma das mais importantes da Antiguidade. Além de serem considerados o povo do mar, os fenícios deram grandes contribuições para os estudos da Astronomia. Na mesma época em que viveram os fenícios, outras civilizações também compartilhavam os territórios antigos, como os hebreus e os persas.
Inclusive, o comércio era feito entre as civilizações antigas que comercializavam o que produziam em maior quantidade. Apesar da relação comercial com os persas, os fenícios disputaram territórios em conflitos com o Império Persa.
A forma de governo dos fenícios era baseada em governos independentes de acordo com as cidades-estados. Ou seja, algumas cidades adotavam a Monarquia Hereditária, enquanto outras possuíam Conselho de Anciãos. Além disso, o poder na política estava diretamente relacionado com as rotas marítimas.
Religião e economia dos fenícios
Os fenícios eram povos politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Aliás, era comum o sacrifício de animais em rituais da civilização fenícia. Dentre os deuses mais adorados estava El, Asherah e Baal. Em síntese, El era o deus máximo. Ou seja, para os fenícios, El teria criado o mundo. Sua figura é representada por um homem velho, que permanece sentado no alto de uma montanha.
Já Asherah era a esposa de El. Assim, para que os fiéis alcançassem as graças de El, os pedidos divinos deveriam ser destinados à sua esposa. Além disso, Asherah era considerada a deusa-mãe do mar, bem como das colheitas e do rebanho. Baal, por sua vez, era filho de El e Asherah, considerado o deus das montanhas e das tempestades.
Em relação à economia, os fenícios mantinham atividades no artesanato e na agricultura. Porém, a forma mais lucrativa do comércio era nos mares. Isso porque, a região da Fenícia não era favorável ao plantio. Sendo assim, era possível cultivas apenas olivas e vinhas. Como parte do artesanato, os fenícios inventaram o vidro transparente.
Além disso, os fenícios eram conhecidos pelas técnicas de tingimento de tecidos. Inclusive, o nome “fenício” está relacionado à cor púrpura, tirada dos moluscos, para tingir roupas e tecidos. A economia era movimentada, ainda, pelos grandes navios construídos pela civilização fenícia. Os navios possibilitaram longas viagens, além da expansão do comércio marítimo.
Invenção do alfabeto e cultura dos fenícios
As contribuições das antigas civilizações são notadas até nos dias atuais. Mas, com certeza, uma das mais importantes foi a invenção do alfabeto. Os fenícios foram os responsáveis pela criação do alfabeto em fonemas. Outros povos, como os egípcios e os babilônicos, já haviam criado formas de escrita. Porém, eram baseadas em símbolos.
Nesse sentido, os fenícios deram origem à escrita do Ocidente, construindo um alfabeto com 22 consoantes. Mais tarde, as vogais foram acrescentadas pelos egípcios. Naquela época, o alfabeto foi criado para que as relações comerciais ocorressem de forma mais fácil.
Já a cultura fenícia é marcada por características de outros povos. Por conta das comercializações que faziam com várias outras civilizações, a cultura dos fenícios não possuía muitos elementos próprios. Entretanto, vale destacar as moedas, que eram gravadas com desenhos dos barcos e mitos da região. Além disso, durante os rituais, os fenícios aderiam à dança e a música para adorar os deuses.
Decadência dos fenícios
O sucesso no comércio marítimo dos fenícios, entre 1200 a.C. e 800 a.C., atraiu olhares de diversas civilizações. Dessa forma, a região começou a ser atacada e, primeiramente, foi conquistada pelos caldeus. Em seguida, foi a vez dos persas invadirem a região e expandirem o território do Império Persa.
Já nos século IV a.C., a Fenícia ficou nas mãos de Alexandre, o Grande, que liderava os povos macedônios. Além disso, após as Guerras Púnicas, o comércio no mar Mediterrâneo foi dominado pelo rei da Pérsia, Ciro II.
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Fontes: Toda Matéria, Só História, História do Mundo e Brasil Escola
Imagens: Newton Thaumaturgo, Empreendedoristicamente, Historiando, Estado da Arte e Imagens Históricas