O Planeta Terra é revestido por camadas responsáveis pela proteção e manutenção da vida terrestre. Assim, a camada de ozônio, como o próprio nome sugere, é a camada coberta por gás ozônio (O3), sendo localizada na estratosfera. A estratosfera se localiza entre 20 km e 35 km da superfície terrestre.
Dessa forma, a principal função dessa camada é a proteção da Terra contra raios solares que são prejudiciais aos seres humanos, ou seja, os raios ultravioletas (UV). Visto isso, a camada de ozônio concentra, aproximadamente, 90% das moléculas de gás ozônio (O3).
Visto isso, a camada de ozônio é de extrema importância para a vida no Planeta. Isso porque, é por conta dela que 95% dos raios ultravioletas (UV) são filtrados, impedindo-os de atingir a superfície terrestre.
Importância da camada de ozônio
A camada de ozônio é responsável manutenção de vida na Terra. Ou seja, é a camada responsável por filtrar os raios ultravioletas (UV), protegendo assim a vida de animais, plantas e dos seres humanos. Caso essa camada não existisse, a vida na Terra seria impossível. Por conta disso, a camada também é conhecida como filtro da vida.
Porém, o gás ozônio é propício apenas na camada de ozônio. Isso porque, quando encontrado em grande quantidade na superfície terrestre pode agravar a situação da poluição do ar e da chuva ácida. Além disso, os raios ultravioletas podem ser bastante prejudiciais. Podem, por exemplo, causar doenças como o câncer de pele, além do agravamento do aquecimento global.
Portanto, existem algumas substâncias que são produzidas na superfície terrestre e que acabam prejudicando a camada de ozônio. A destruição do filtro da vida acarreta no aparecimento dos buracos na camada de ozônio.
Substâncias químicas
Dentre as substâncias químicas que reagem ao ozônio, estão:
- Óxido nítrico (NO): substância originada por meio da queima de combustíveis fósseis;
- Óxido nitroso (N2O): substância advinda, principalmente, por veículos e indústrias químicas;
- Dióxido de carbono (CO2): substância originadas a partir de reações químicas de combustão completa;
- Clorofluorcarbonos (CFCs): substâncias composta por carbono que contém a presença de cloro e flúor. Encontrada em produtos aerossóis (como desodorante spray), além da produção de materiais plásticos e em equipamentos de refrigeração (como geladeiras).
Sendo assim, as substâncias químicas citadas conseguem reagir quando atingidas pelos raios ultravioletas. Dessa forma, possuem as moléculas decompostas, principalmente as de CFCs. A partir disso, ocorre a reação dos átomos livres e as moléculas de ozônio.
Essa reação origina uma molécula de oxigênio (O2). Por conta disso, a concentração do gás ozônio diminui e, consequentemente, os raios ultravioletas conseguem infiltrar com maior facilidade.
Consequências da destruição da camada de Ozônio
Com a camada de ozônio fragilizada a filtragem dos raios ultravioletas fica comprometida. Além disso, ocorre o chamamos de buracos na camada de ozônio. Caso a camada de ozônio não existisse, seria impossível a vida na Terra. Logo, as plantas não conseguiriam realizar fotossíntese, os organismos aquáticos não conseguiriam se desenvolver.
Todos os problemas causariam a alteração no funcionamento dos ecossistemas. Além disso, a grande quantidade dos raios ultravioletas também podem causar diversos danos à saúde humana, como:
- Degeneração do DNA das células
- Câncer de pele
- Cegueira
- Deformações e atrofias musculares
- Enfraquecimento do sistema imunológico
Buraco na camada de ozônio
Quando o gás ozônio não é jogado de volta para a estratosfera, a camada de proteção da Terra se torna fraca. Por conta disso, buracos ou falhas começam a aparecer, prejudicando a proteção contra os raios UV.
Assim, os buracos da camada de ozônio são caracterizados como a parte onde a concentração de gás ozônio é inferior à 50%. Visto isso, uma das principais causas para o surgimento dos buracos é a liberação exacerbada dos gases CFCs na atmosfera. Ou seja, esse gás prejudicial é derivado de aerossóis, refrigeradores, materiais plásticos e solventes.
Em síntese, o primeiro buraco na camada de ozônio foi identificado sobre a Antártida, em 1977, por cientistas britânicos. Alguns anos depois, em 2000, a NASA analisou novamente as imagens e foi constatado que o buraco já era três vezes maior que os EUA, ou seja, cerca de 28,3 km2.
De acordo com estudos, cientistas descobriram que os Estados Unidos, parte da Europa e da China e o Japão já perderam, aproximadamente, 6% da proteção da camada de ozônio. Isso porque, são os países que mais liberam gazes poluentes na atmosfera, principalmente os gases CFCs. No caso do Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu total.
Caso os buracos de ozônio cresçam a vida na Terra fica comprometida. Além dos efeitos prejudiciais na vida dos animais e dos ecossistemas, a ausência da camada de proteção acarreta na alteração do efeito estufa e no aquecimento global.
Efeito estufa e aquecimento global
O efeito estufa é uma fenômeno natural proveniente da concentração de gases na atmosfera terrestre. Esse efeito proporciona a passagem dos raios solares, além da absorção de calor para que a vida na Terra seja possível. Além disso, é por meio do efeito estufa que a temperatura na Terra fica em equilíbrio.
Entretanto, quando há liberação de gases poluentes na atmosfera o efeito estufa sofre alteração. Por conta disso, as temperaturas na Terra aumentam e ocasionam no aquecimento global. Dessa forma, ocorre o derretimento de geleiras, além do acúmulo de gases poluentes na atmosfera e mudanças climáticas.
Você sabia?
- O Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozônio é comemorado no dia 16 de setembro;
- 1% de perda da camada de ozônio pode causar cerca de 50 mil novos casos de câncer de pele.
- Cientistas detectaram um novo buraco na camada de ozônio em março de 2020. Porém, o buraco não provoca danos à saúde e, de acordo com estudos, está se recuperando de maneira rápida.
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Fontes: WWF, MMA, Brasil Escola, Toda Matéria e Revista Galileu
Fonte imagem destaque: Museu do Amanhã