A História da Arte é muito vasta e complexa, porque acompanha a história da humanidade e suas inúmeras civilizações. No período paleólogo, por exemplo, os artistas eram homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam, de forma primitiva, as formas de desenhos rústicos e registravam momentos do dia-a-dia.
Hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para tapumes. Neste sentido, e de acordo com historiadores da arte, a palavra “arte” pode significar coisas muito diversas em tempo e lugares diferentes.
Portanto, levando esta complexidade em conta, podemos analisar a história da arte como uma rede de civilizações e com ela uma infinidade de expressões, dentro do conceito de arte. Ou seja, a História da Arte está dividida em vários períodos, onde se pode analisar as várias formas de produzi-la, espalhadas pela diversidade de civilizações.
Principais Períodos da arte
Admitindo toda complexidade da arte, e de sua conceituação, podemos dividi-la em períodos mais ou menos abrangentes. Neste sentido, considerando a imensa variedade de culturas e civilizações no espaço e no tempo, podemos elencar alguns períodos mais importantes dentro da história da arte, que veremos depois, mais detalhadamente:
- Pré-história: Definida pela Arte Rupestre do período paleolítico;
- Egito;
- Grécia;
- Período Romano e Período Bizantino;
- Idade Média;
- Renascença, Barroco e Rococó;
- Idade contemporânea;
- Novos padrões; Impressionismo, cubismo, expressionismo, surrealismo e modernismo brasileiro;
- Arte contemporânea.
A Pré-História
O período pré-histórico da arte é definido como período paleolítico e designa a arte produzida durante o primeiro período da pré-história e abrange o surgimento da humanidade, por volta de 4,4 milhões de anos, até 8000 a, C.
Assim, é considerado o período mais longo da história, sendo dividido em : Paleolítico Inferior ( 2000000 à 40000 a, c.) e Paleolítico Superior ( 4000 a 1000 a.c.).
No entanto, a arte pré-histórica é focada no período paleolítico superior, e foi descoberta por escavações arqueológicas que foram realizadas a partir do século XX. Essas escavações estão localizadas ,na Ásia, África, Europa e América Latina (inclusive no Brasil). Essas pinturas estão, geralmente, em cavernas, espaço utilizado pelos homens desta época para proteção e abrigo.
Vale salientar que estudos antropológicos foram feitos, além dos arqueológicos, determinando alguns costumes culturais dessas civilizações.
Nesse sentido, chegou-se a conclusão que as pinturas nas cavernas eram feitas para proteção dos espíritos da chuva, do sol, do vento (como os homens daquela época definiam as intempéries), e para a apropriação da imagem objetivando o sucesso na caça, portanto a suas concepções eram mágicas.
Egito
A arte egípcia é voltada para a alusão ao faraó, tido como ser divino. Podemos perceber esta veneração na forma das pirâmides que eram ascendentes em direção ao céu e tinha, no seu intuito, fazer o faraó voltar para junto dos deuses.
Além disso, a arte egípcia focava na essência dos personagens retratados e esculpidos. Neste sentido, nessa arte havia uma combinação de regularidade geométrica e penetrante observação da natureza.
Portanto, podemos ver estas características nas paredes que adornavam os túmulos dos faraós. Porém, a arte do Egito não era uma arte que tinha o objetivo de provocar deleites, mas se destinava em manter vivo o faraó sepultado. Além das alusões ao faraó, existiam nos túmulos outras imagens humanas que representam a ideia de fornecer serviços para a sua alma no outro mundo.
Os pintores egípcios tinham um modo de representar a vida bem diferente do nosso, o que mais importava não era o belo, mas a plenitude, Neste sentido, a tarefa do artista consistia em preservar tudo com maior clareza e permanência possível.
Além do mais, as pinturas respeitavam a lei da frontalidade, a qual determinava que o tronco das pessoas deveria ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés de perfil.
A arte Grega
Já a arte grega era concebida mais livremente da influência de reis e sacerdotes, e centrada no ser humano de forma universal. Passou pelos períodos arcaicos, clássicos e helenístico.
Portanto, dentre as cidades-estados gregas, Atenas tornou-se de longe a mais famosa e a mais importante na História da Arte. Assim, foi nessa região que surgiu a maior revolução no campo artístico, por volta do século VI a.c.
Influenciada no seu início pela técnica egípcia, a arte grega se diferenciou, no que diz respeito aos objetivos dos artistas. Ou seja, enquanto os artistas egípcios baseavam sua arte no conhecimento, os gregos utilizavam mais a própria visão.
Dessa forma, algumas técnicas que objetivavam a perfeição realística eram pautadas na observação. Além disso, as esculturas objetivavam retratar o ser humano com simplicidade e beleza.
Os escultores em suas oficinas ensaiavam novas ideias e novos modos de representação da figura humana. Neste sentido, cada inovação era adotada por outros, que adicionavam suas próprias descobertas.
Assim, quando um artista tivesse aprendido como cinzelar um tronco, outro ficava encarregado de criar uma estátua que ficaria mais viva, caso os pés não estivesse firmemente plantados no chão. Portanto, podemos ver, que havia muita liberdade na representação da figura humana.
Período Romano e Bizantino
A arte romana foi muito influenciada pela arte grega, isto está explícito nas ruínas de Pompeia. Contudo, os Romanos se destacaram bastante na engenharia e arquitetura, uma grande representação dessa aptidão romana é o Coliseu.
Neste sentido, a arte romana, a princípio, se destacou em seu repertório arquitetônico: arcos, abóbadas, anfiteatros, colunas, são alguns de seus elementos.
Dentro da História da Arte, a Arte Bizantina começou a se impor no período do Império Romano, quando o Imperador Constantino estabeleceu a igreja cristã como um poder de Estado.
Nesse sentido, seguindo os preceitos cristãos, não era permitido a produção de esculturas, pois as figuras esculpidas lembravam as estátuas de mitos pagãos, o que a bíblia condenava.
A partir daí, se deu uma grande polêmica, entre os defensores das imagens enquanto pinturas e iluminuras e os iconoclastas que não queriam imagem de nenhuma forma, mas, por fim, as pinturas foram aceitas.
Com isso, a igreja bizantina ajudou a preservar as ideias gregas de representatividade nos modelos de faces, vestes e gestos, os quais, tinham a neutralidade e a sobriedade requeridas pela igreja, para a sua aceitação.
História da Arte medieval
A Idade Média compreende um longo período histórico que começa no século V e termina no século XIV, e se seguiu com a queda do Império Romano. Contudo, no que diz respeito ao estilo artístico, a Idade Média possui dois estilos marcantes: O Românico (XII) e o Gótico (XIII).
Além disso, vale ressaltar que a arte do século V era uma arte estritamente religiosa que se caracterizava pelo seu objetivo didático, ou seja, era usada para a compreensão da bíblia.
Características do estilo Românico ( século XII) na arquitetura:
- Arcos redondos;
- Construções maciças;
- A planta das igrejas era em forma de cruz.
Características do estilo Gótico ( século XIII) na arquitetura
- Construções não maciças e mais leves;
- Arco ogival (pontiagudos);
- Igrejas mais altas.
História da Arte Renascentista
O renascimento artístico foi um movimento intelectual e cultural que teve início no século XIV e foi mais concentrado na Itália. Contudo, foi um movimento artístico que surgiu com a ascensão das cidades ou burgos, e a decadência do feudalismo. Basicamente, este período se caracterizou por reviver os ideais greco-romanos, perfil que foi marcante nas artes e na literatura.
No entanto, este período vai até o século XVII o que compreende a idade moderna. São características desta época, os valores humanistas e o antropocentrismo, colocando o ser humano no centro do universo.
Portanto, no que concerne às artes visuais, os principais objetivos são a busca de harmonia, simetria e equilíbrio, além do desenvolvimento da perspectiva e profundidade.
A obra que representa esse período com maior abrangência é a Mona Lisa ( 1503) de Leonardo da Vinci. Porém, podemos citar outros artistas que marcaram esta época como : Michelangelo, Donatello e Sandro Botticelli.
A Arte Barroca e o Rococó surgiram após a renascença, ainda na idade moderna, como seu desdobramento característico. Além do mais, este desdobramento teve forte relação com a rivalidade entre a doutrina católica e protestante.
História da Arte na idade contemporânea
Esta época da arte teve início a partir do século XVIII, tendo como seu marco a Revolução Francesa. Sendo assim, foi um longo período que integrou o Neoclassicismo, o Romantismo, Realismo, Art Nouveau, Impressionismo e Pós-impressionismo. As transformações e concepções artísticas deste período acompanharam principalmente as transformações filosóficas como o Iluminismo, Positivismo até o idealismo de Hegel.
Algumas características das várias escolas artísticas:
- Neoclassicismo: Aparece no final do século XVIII, tem o objetivo de retomar os valores clássicos gregos
- Romantismo: Surge no século XIX, rompe com a regras clássicas, e valoriza a imaginação, o sentimentalismo e a individualidade do artista
- Realismo: Busca exibir a realidade de maneira objetiva e sem idealizações, período que vai de 1850 a 1900
- Art Nouveau: Faz, referências a arte oriental e medieval, e já se relaciona a produção industrial
- Movimento impressionista: Impressão de cores e iluminação natural, fiéis a imagem que se enxerga
Período Moderno e contemporâneo
As investigações posteriores ao Impressionismo, como o Pós-impressionismo, suscitaram outras descobertas artísticas e estilos. Portanto, no começo do século XX, manifestou-se a vanguarda europeia.
Assim, os estilos desse período são chamados respectivamente de Expressionismo, Fauvismo, Futurismo , Dadaísmo e Surrealismo. Porém, são marcantes nesse período, as correntes filosóficas como a fenomenologia e o estruturalismo.
No entanto, a arte contemporânea já está relacionada com o período histórico, posterior à Segunda Guerra Mundial, e traz outras influências filosóficas. Assim, nesse período, se destacou o pós-estruturalismo e o pós-modernismo francês influenciando o conceito artístico. Por fim, são ícones desse período, os movimentos da Pop Art, minimalismo e ações performáticas.
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Fontes: Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Educação e Cultura Genial
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