Fenômenos naturais: o que são, quais são os tipos e exemplos

Os fenômenos naturais são os fenômenos causados pela própria natureza, sem a intervenção humana. Conheça os principais

Os fenômenos naturais são eventos que acontecem por conta das forças da natureza, ou seja, sem qualquer interferência humana, em regra. Eles podem variar bastante em causa e impacto, acontecendo de formas distintas ao redor do planeta. Um exemplo bem curioso é a pororoca, fenômeno impressionante que ocorre quando o encontro das águas do rio com as do mar provoca um estrondo e gera uma onda contínua, desafiando até os surfistas mais experientes.

Alguns fenômenos naturais são um verdadeiro espetáculo visual e despertam a nossa curiosidade, como a neve cobrindo paisagens ou a aurora boreal, com suas luzes dançantes no céu. Por outro lado, há aqueles que, mesmo belos, impõem respeito, como as erupções vulcânicas, que podem ser tanto um show de lava brilhante quanto um lembrete do poder destrutivo da Terra.

E aí, vamos saber mais sobre eles? Boa leitura!

O que são os fenômenos naturais?

Os fenômenos naturais, como o próprio nome já nos sugere, referem-se a tudo aquilo que ocorre de maneira espontânea no ambiente natural, sem a interferência direta do ser humano. Dessa forma, a gente consegue afirmar que eles fazem parte do ciclo natural da Terra e estão intimamente ligados aos processos geológicos, climáticos e biológicos que moldam o nosso planeta.

Alguns dos exemplos bem conhecidos incluem terremotos, vulcanismos, furacões, tsunamis, entre outros eventos que, apesar de impressionantes e, muitas vezes, devastadores, são manifestações naturais do funcionamento da Terra. Você deve lembrar de pelo menos um desses aí, né? Mesmo que nenhum deles sejam tão comuns no Brasil.

No entanto, é muito importante destacar que, embora a intervenção humana não tenha o poder direto de evitar ou controlar esses fenômenos, suas ações podem influenciar a intensidade de alguns deles. Isso fica evidente, por exemplo, quando usamos o fato das mudanças climáticas, provocadas pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa, as quais têm contribuído para o aumento da frequência e da força de eventos como tempestades e ondas de calor. Estas últimas, infelizmente, têm ficado cada vez mais intensas com o passar dos anos.

Como se classificam os fenômenos naturais?

Agora que a gente já sabe o que são os fenômenos naturais, é muito importante que a gente saiba como eles se classificam. Vamos lá?

1- Fenômenos geológicos

Os fenômenos geológicos, apesar de parecerem um pouco complexos, são processos naturais que envolvem mudanças na estrutura interna da Terra e acabam influenciando a superfície e a atmosfera. Esses eventos, muitas vezes impressionantes e, às vezes, devastadores, têm suas raízes na dinâmica do nosso planeta, como o movimento das placas tectônicas, o aquecimento do núcleo terrestre e a liberação de energia acumulada no subsolo.

Para que esse evento fique ainda mais claro, entre os exemplos mais conhecidos, estão os tsunamis, terremotos, maremotos e o vulcanismo. Os tsunamis, por exemplo, são gigantescas ondas provocadas por deslocamentos no fundo do oceano, geralmente causados por terremotos submarinos. Já o vulcanismo se manifesta quando o magma do interior da Terra é expelido para a superfície, criando paisagens impressionantes, como montanhas vulcânicas.

2- Fenômenos atmosféricos

Fenômenos atmosféricos são aqueles eventos que acontecem na atmosfera e acabam sendo mais fáceis de entender porque o ponto de partida deles é justamente o ar que nos envolve. Eles têm o poder de transformar as condições atmosféricas e, a partir disso, geram efeitos que muitas vezes impactam diretamente a superfície da Terra, influenciando o clima e até mesmo a paisagem.

Alguns exemplos bem conhecidos são o El Niño, que provoca alterações significativas no clima global, ventos, que podem variar de brisas suaves a tempestades poderosas, descargas elétricas como os relâmpagos, que iluminam o céu durante as tempestades, e tornados, com sua força destrutiva impressionante.

Além disso, outros fenômenos, como furacões, geadas, chuvas de granizo e nevoeiros densos, também fazem parte dessa lista e mostram como a atmosfera pode ser tão imprevisível quanto fascinante, não é?

3- Fenômenos astronômicos

É bem provável que já tenha dado de cara com um fenômeno astronômico por aí, certo? Um exemplo super conhecido é o eclipse, que faz parte desse grupo de eventos que sempre nos deixam fascinados.

O mais incrível dos fenômenos astrônomicos é que conseguimos observá-los diretamente daqui do nosso cantinho no Planeta Terra. Além dos eclipses, outros exemplos incluem chuvas de meteoros, auroras polares e conjunções planetárias. Cada um desses eventos nos conecta com o cosmos de uma maneira única, construindo um verdadeiro espetáculo.

4- Fenômenos biológicos

Por último, mas não menos importante que os demais, os fenômenos biológicos também entram na classificação dos fenômenos naturais. Eles fazem parte de processos ocorrem a partir das interações e ações de animais, plantas e outros organismos vivos, sendo parte essencial do que os especialistas chamam de ciclo biogeoquímico: uma dinâmica que conecta os seres vivos ao ambiente físico-químico.

Para ilustrar, podemos citar a fotossíntese, que é fundamental para a produção de oxigênio e a base das cadeias alimentares, além da migração das aves, que muitas vezes está ligada às mudanças sazonais e à busca por melhores condições de sobrevivência. Outro exemplo interessante são as colmeias formadas por abelhas, que desempenham um papel vital na polinização, essencial para a reprodução de diversas plantas e para a manutenção dos ecossistemas.

Quais são as causas dos fenômenos naturais?

É normal surgir a dúvida: “Se os seres humanos não têm influência direta sobre os fenômenos naturais, qual é, então, a verdadeira causa deles?” Essa curiosidade faz todo sentido e é muito comum. Afinal, a natureza tem um jeito único de nos impressionar com suas manifestações, que muitas vezes parecem até imprevisíveis.

Para esclarecer de cara: quem desencadeia esses fenômenos é a própria natureza, através de processos que estão em constante movimento. Eventos como eclipses e terremotos, por exemplo, não acontecem por acaso. Eles são resultado de fatores naturais que atuam diretamente no seu desenvolvimento. Alguns desses fatores incluem:

  • A interação do planeta Terra com os demais corpos celestes, como a gravidade exercida pela Lua e pelo Sol, essencial para eventos como marés e eclipses.
  • As correntes de convecção do magma no interior da Terra, que estão por trás da movimentação das placas tectônicas e, consequentemente, dos terremotos e erupções vulcânicas.
  • Os ciclos biogeoquímicos, que mantêm o equilíbrio dos elementos químicos essenciais para a vida e podem influenciar fenômenos naturais ao longo do tempo.
  • A dinâmica entre os componentes da atmosfera, responsável por processos como furacões, tornados e mudanças climáticas naturais.

Portanto, é importante destacar que cada um desses fatores age de forma interligada, como se fosse parte de uma engrenagem gigantesca. Por isso, compreender a natureza e sua dinâmica é como desvendar um quebra-cabeça, onde cada peça ajuda a revelar a incrível harmonia por trás dos fenômenos que tanto nos intrigam.

23 fenômenos naturais raros

Confira abaixo alguns fenômenos naturais raros de tirar o fôlego:

1- Vulcões

Bem conhecidos, os vulcões são estruturas geológicas que funcionam como uma espécie de válvula da Terra, permitindo que substâncias do interior do planeta sejam expelidas por uma abertura. Esse processo ocorre quando a pressão acumulada no magma rompe as camadas de rochas mais frágeis, liberando cinzas, gases e magma em alta temperatura.

As erupções vulcânicas, além de impressionarem pela força e beleza, podem modificar paisagens inteiras, criar novas formações terrestres e até impactar o clima global devido à liberação de partículas na atmosfera.

2- Pororocas

Foto: Serginho Laus

Outro fenômeno natural incrível é a pororoca. Ela se forma a partir do encontro causado pelo Rio com o mar, cuja principal característica é o estrondo do choque entre as duas massas de água e a formação de ondas.

Dessa forma, um dos poucos lugares em que ela acontece é no rio Amazonas e seus afluentes, como o rio Araguari, o rio Mearim e o rio Parnaíba, aqui no Brasil. De acordo com especialistas, a melhor época para observar a pororoca é durante a lua cheia e a lua nova, quando as marés estão mais fortes.

3- Bioluminescência nos mares

Foto: National Geographic

Uma verdadeira paisagem de tirar o fôlego! A bioluminescência nos mares é um fenômeno que parece cena de filme de ficção científica. Esse é um acontecimento bem raro, causado pela presença de algumas espécies de fitoplâncton, que são comunidades de microrganismos fotossintetizantes.

Ao entrarem em contato com as ondas, a energia química dessas espécies se transforma em energia luminosa, resultado na bioluminescência, o que deixa a água com um aspecto fluorescente. Algumas das regiões mais populares para observar a bioluminescência incluem a Baía de Toyama, no Japão,  a Praia de Vaadhoo, nas Ilhas Maldivas, e a Praia Mosquito Bay, em Porto Rico.

4- Flores congeladas

Foto: Christophe Brutel

Já passou pela sua cabeça que possa existir uma floricultura de gelo? Por mais que pareça coisa de filme, isso que você está vendo na imagem não são plantas, ou qualquer ser vivo, e sim gelo. Esse é um dos fenômenos naturais mais raros, os quais só ocorrem em temperaturas extremamente baixas.

A formação dessas “flores” acontece quando pequenas quantidades de gelo, que flutuam na água, congelam as gotas ao redor, criando uma reação em cadeia. Desse modo, o gelo cresce ao redor de pequenos blocos em formatos imperfeitos, como se fossem espinhos congelados.

A parte bem curiosa disso tudo é que a quantidade de bactérias e pequenos organismos que vivem dentro das flores congeladas é bem alta, até mesmo muito maior do que na água do oceano. Inclusive, alguns estudiosos acreditam que as flores congeladas abrigam seus próprios ecossistemas de modo temporário. Sendo assim, essas flores favorecem a vida e a sobrevivência desses pequenos organismos durante as temperaturas extremas.

5- Chaminés de neve

Foto: Cracked

Por mais incrível que possa parecer, no território permanentemente congelado da Antártida, existem inúmeros vulcões que estão ativos. No entanto, como esses locais são bem gelados, apenas alguns vulcões entram em erupção.

O processo envolve, então, o calor gerado nas profundezas e no interior desses vulcões, os gases e o vapor criados são expelidos constantemente. Quando os gases quentes se encontram com o ar super gelado da superfície, eles congelam e formam essas estranhas construções chamadas de chaminés congeladas. Com o passar dos anos elas se acumulam e formam estruturas finas e pontiagudas, que sempre estão expelindo o vapor produzido na terra. Fantástico, né?

6- Arco-íris lunar

Foto: HypeScience

A gente sabe que por mais que isso pareça inacreditável, os arco-íris noturnos realmente podem, sim, acontecer. Esse fenômeno natural ocorre quando partículas de água entram em contato com o reflexo da luz solar projetado na superfície da Lua.

Contudo, como não têm a mesma intensidade de um arco-íris comum, eles são pouco visíveis. Por isso mesmo eles são considerados bem raros.

7- Cilindros de neve

Foto: Mdig

Os cilindros de neve são formados naturalmente quando pequenos flocos são levados pelo vento. Conforme são levados, eles vão crescendo de forma irregular – resultando em cilindros de diferentes formatos e tamanhos. Mas todos eles têm em comum um característico furo no centro.

Esses cilindros dependem da velocidade do vento para sua formação, contudo, o tipo da neve também é importante, pois algumas são mais frágeis e outras espessas. Esse é um dos eventos da natureza que se encontram mesmo na categoria raro. No geral, podem ser apreciados na América do Norte e na Europa.

8- Arco-íris de fogo

Foto: Márcia Henning

Você sabia que um arco-íris não precisa de chuva? Na verdade, um arco-íris aparece em nuvens em altitudes bem elevadas que, muitas vezes, têm pequenos cristais de gelo dentro de si.

Quando esses cristais são atingidos pelos raios solares, em ângulos específicos, são capazes de originar o efeito da refração e criar um arco-íris horizontal que é diferente do tradicional. O resultado é belíssimo e um pouco diferente, capaz de pintar cores nas nuvens nos mais irregulares formatos.

9- Dedo de gelo

Foto: Aqua A3

Esse raro fenômeno natural foi uma das descobertas recentes. Ele ocorre quando o gelo da superfície da água é tão intenso que uma certa quantidade começa a descer ao chão, criando uma espécie de rio de gelo e congelando tudo o que encontra no caminho.

Algumas regiões que têm maior probabilidade de experimentar esse fenômeno são as do Ártico e a Antártida. Embora seja um evento raro e impressionante, também pode ser perigoso e precisa de cuidado, pois pode congelar rapidamente tudo o que encontrar em seu caminho.

10- Migração da borboleta-monarca

Todos os anos, milhões de borboletas-monarca migram do Canadá e dos EUA para o México. Elas viajam cerca de 5 mil km anualmente para esperar o fim do inverno entre os abetos oyamel, árvore nativas das montanhas do centro e sul mexicano.

Um detalhe importante é que a borboleta-monarca é o único inseto que enfrenta uma grande distância todos os anos para ficar em um clima mais quente, pois a maior parte dos insetos hiberna no inverno. No entanto, as borboletas-monarcas, junto com os pássaros, fogem do rigoroso inverno canadense. 

Para deixar tudo isso ainda mais impressionante, vale destacar que uma borboleta canadense vive em média 2 meses. Ou seja, a migração tem uma duração maior do que a vida desses insetos! 

11- Horsetail Falls

O efeito Horsetail Falls se parece com um rio de lava caindo das paredes de El Capitan, no Parque Nacional de Yosemite – Califórnia, EUA. O que parece lava é, na verdade, a água sendo iluminada pela luz do sol poente, mas essa ilusão ocorre apenas em condições específicas: o céu tem que estar claro e o sol deve se pôr no ângulo correto.

Além disso, é preciso que tenha neve no topo da pedreira e uma temperatura quente o suficiente para criar a queda d’água. Como esse fenômeno exige condições bem específicas, é difícil prever quando irá ocorrer. Fora que tudo acontece muito rápido, já que ele dura apenas cerca de 10 minutos!

12- Aurora Boreal

A Aurora Boreal, ou Luzes do Norte, é muito frequente nas regiões polares da Terra. É um verdadeiro espetáculo de luzes coloridas e brilhantes que iluminam o céu noturno, criando formas e padrões fascinantes. Uma justificativa para a sua formação, é a interação entre partículas energéticas solares e o campo magnético da Terra, resultando em uma exibição espetacular de luzes verdes, azuis, roxas e rosas.

Assim, são visíveis em vários momentos no decorrer do ano nas regiões norte do planeta. Elas se manifestam como grandes cortinas verdes, roxas e azuis balançando entre as estrelas. Para poder observar esse fenômeno natural, é preciso estar longe da poluição luminosa e ser uma noite bem escura, com o céu limpo. Um verdadeiro espetáculo, não é?

13- Floração do vale da morte

Foto: Dicas da Califórnia

O Vale da Morte fica no estado da Califórnia, nos EUA. Ele é um dos locais mais secos do planeta na maior parte do ano. No entanto, na primavera fica repleto de flores e se parece com um mar colorido se observado de longe.

As flores silvestres florescem entre março e abril e dependem de certas condições como, por exemplo, chuva no inverno, falta de ventos secos e tempo quente. Um detalhe importante é que a floração do Vale da Morte ocorre apenas a cada dez anos, e a última vez que este fenômeno aconteceu foi em 2016. A natureza é incrível, né?

14- A grande migração

Anualmente, cerca de 2 milhões de gnus, acompanhados por zebras e outros animais, realizam a impressionante migração do Serengeti, na Tanzânia, para o sul do Masai Mara, no Quênia. No total, são mais de 3.000 km percorridos em busca de água e pasto, enfrentando desafios como rios infestados de crocodilos e predadores à espreita, como leões e hienas.

Esta é a maior migração de mamíferos na Terra, um espetáculo da natureza que atrai turistas do mundo todo. Geralmente, o movimento acompanha as chuvas, começando em maio ou junho, quando os pastos no Serengeti começam a secar, impulsionando os animais a seguirem o ciclo natural da sobrevivência.

15- Eclipse solar

Muito conhecido, apesar de raro, o eclipse solar ocorre quando a lua passa na frente do sol. Com isso, o dia escurece e a terra fica nas sombras. Acredite, é um fenômeno e tanto!

No entanto, é preciso estar no local correto para ver um eclipse solar acontecer, e por isso é preciso se programar. Por exemplo, em abril de 2023 vai ocorrer um eclipse solar na Indonésia e Austrália. Já em 2024, vai acontecer um eclipse nos Estados Unidos e no Canadá. Já vai anotando as datas na sua agenda para não perder esse fenômeno incrível

16- Chuva de estrelas cadentes

Anualmente, a Terra tem que atravessar uma chuva de meteoros ao percorrer sua órbita ao redor do sol. Então, o evento astronômico ocorre quando a Terra passa por uma região do espaço que contém muitos detritos deixados por cometas ou asteroides.

Assim, à medida que esses detritos entram na atmosfera terrestre, eles se aquecem e começam a brilhar, criando rastros luminosos no céu conhecidos como “estrelas cadentes”

A chuva de estrelas cadentes pode ser vista, sobretudo, no hemisfério norte no final do verão. Inclusive, um dos melhores lugares para admirar o fenômeno é no Parque Nacional de Teide, na ilha espanhola de Tenerife.

17- Aurora austral

A aurora boreal é conhecida como as luzes do norte, enquanto a aurora austral são as luzes do sul. Ou seja, dá pra curtir esse espetáculo de luzes no céu tanto no hemisfério sul quanto no norte!

Na prática, as duas auroras são bem parecidas visualmente, mas o que muda é a localização. Ambas surgem por causa da interação entre o campo magnético do Polo Norte ou Sul e as partículas carregadas que vêm do Sol – um verdadeiro show natural que a Terra nos proporciona.

Um detalhe interessante é que, na Tasmânia, dá pra ver a aurora austral o ano todo, mas os meses de junho a setembro são perfeitos para quem quer flagrar o fenômeno no auge. E não é só lá: na Antártica e na Nova Zelândia também pode entrar no seu roteiro para apreciar essa dança colorida no céu, especialmente nas noites mais escuras.

18- Praia vermelha de Panjin

A Praia Vermelha, em Panjin, na China, é um espetáculo da natureza que chama a atenção por sua paisagem única e sua coloração vibrante. A grande estrela do local é um tipo de alga marinha chamada Suaeda salsa, que adquire um tom avermelhado intenso no outono, transformando a área em um verdadeiro tapete vermelho natural.

Esse cenário incrível é só uma parte do charme da região, que abriga um ecossistema rico com mais de 260 espécies de pássaros, como a rara garça-de-crista, e cerca de 400 tipos de animais selvagens. Para quem deseja presenciar esse fenômeno em seu auge, o período ideal é entre setembro e outubro, quando o contraste entre a vegetação e os tons do céu cria uma vista simplesmente inesquecível.

19- Tempestades de areia

Foto: Caleb Holder / Shutterstock.com

As tempestades de areia são um daqueles fenômenos naturais que conseguem ser fascinantes e assustadores ao mesmo tempo. Essas formações são compostas por uma enorme massa de partículas de areia, que se movem pelo impulso de ventos superfortes, podendo alcançar impressionantes 3 metros de altura. Além de oferecerem um espetáculo visual, essas tempestades podem ser bem perigosas, causando problemas respiratórios, reduzindo drasticamente a visibilidade e até interferindo no transporte aéreo e terrestre.

20- Estalactites

Foto: Haiwe Zang/Divulgação

As estalactites são aquelas formações rochosas incríveis que crescem no teto de grutas e cavernas, apontando para o chão em um formato de cone. Elas surgem de forma bem lenta, num processo que pode levar milhares de anos.

Toda essa maravilha acontece graças à água rica em minerais que pinga do teto da caverna, deixando esses minerais acumularem camada por camada ao longo do tempo. Esses verdadeiros espetáculos da natureza podem ser encontrados em cavernas espalhadas pelo mundo, como a famosa Gruta do Lago Azul, no Brasil, que é um exemplo impressionante de como a natureza leva o seu tempo para criar cenários deslumbrantes e cheios de história geológica.

21- Piscina do diabo

Foto: The Travellight World

A Piscina do Diabo é um daqueles lugares que desafiam a lógica e o medo. Esse ponto das Cataratas Vitória, uma das maiores do mundo, é praticamente um mirante natural esculpido na pedra. Para você ter uma ideia, as cataratas têm mais de um quilômetro e meio de largura e uma queda de impressionantes 128 metros de altura.

Entre outubro e dezembro, durante a época seca, o nível das águas baixa o suficiente para que os visitantes corajosos possam nadar pertinho da borda do precipício: momento repleto de adrenalina. Mas, claro, vale lembrar que não é pra qualquer um: além de coragem, é preciso saber nadar bem e seguir todas as orientações dos guias, já que a correnteza ainda pode ser traiçoeira. Ah, e se você for do time que prefere só admirar a vista, não tem problema, tá bom? A beleza da região é tão surreal que vale a visita mesmo sem molhar os pés!

22- Relâmpagos vulcânicos

Foto: R7 Tecnologia e Ciência

Outro espetáculo da natureza, os relâmpagos vulcânicos parecem ter saído de um filme de fantasia. Eles acontecem durante erupções vulcânicas, quando partículas de cinzas, gases e pedras entram em atrito no ar, gerando cargas elétricas que dão origem a relâmpagos. O céu escuro, iluminado por esses raios brilhantes em meio à fumaça e lava, cria uma cena ao mesmo tempo assustadora e hipnotizante.

É como se a própria Terra estivesse soltando faíscas de energia enquanto libera sua força. Esse fenômeno é raro e impressionante, e cientistas ainda estão investigando todos os detalhes por trás desse show natural que mistura fogo, eletricidade e caos. Bem legal, né?

23- Nuvem morning glory

Foto: HypeScience

Para encerrar a nossa lista, a gente não podia deixar de lado a nuvem Morning Glory: um verdadeiro espetáculo da natureza que encanta e intriga quem tem a sorte de presenciar. Esse fenômeno raro acontece na região de Burketown, na Austrália, geralmente entre setembro e novembro, e forma uma imensa nuvem tubular que pode se estender por até 1.000 quilômetros no céu.

Também é como uma obra de arte em movimento, deslizando pelo ar a uma velocidade de até 60 km/h, quase como uma onda de surfe no céu. O mais incrível é que sua formação ainda é um mistério para os cientistas, mas acredita-se que esteja ligada a padrões específicos de vento, umidade e pressão. Além de ser fascinante de ver, ela atrai pilotos de planadores do mundo todo, que aproveitam o fenômeno para “surfar” nas correntes de ar criadas por essa gigante dos céus.

Quais foram os maiores fenômenos naturais do mundo?

O mundo já presenciou fenômenos naturais pra lá de impressionantes. Um deles foi a erupção do vulcão Tambora, na Indonésia, em 1815. Imagina um vulcão tão poderoso que, depois de explodir, mudou o clima do planeta inteiro? Foi isso que aconteceu!

A quantidade de cinzas e gases que ele jogou na atmosfera foi tanta que 1816 ficou conhecido como “o ano sem verão”. As temperaturas despencaram, plantações foram destruídas e muita gente passou fome. Muito triste, né?

Outro fenômeno que também marcou o mundo foi o tsunami no Oceano Índico, em 2004. Tudo começou com um terremoto gigantesco, de magnitude 9,1, perto da costa de Sumatra. O resultado? Ondas enormes, algumas com mais de 30 metros de altura, atingindo mais de 14 países. Cidades inteiras foram arrasadas, e a tragédia deixou cerca de 230 mil mortos.

Por fim, a gente não pode deixar de mencionar o furacão Katrina, que atingiu os Estados Unidos em 2005. Foi um episódio devastador, especialmente para Nova Orleans. Com ventos de mais de 280 km/h e uma força absurda, o Katrina rompeu diques, inundou bairros inteiros e destruiu milhares de vidas. Infelizmente, mais de 1.800 pessoas morreram.

Quais são os fenômenos naturais que ocorrem no Brasil?

1- Ondas de calor

Já sentiu aquele calor tão intenso que parece que até o vento desistiu de refrescar? Pois é, as ondas de calor, que têm aparecido com mais frequência no Brasil, são exatamente isso: períodos em que a temperatura fica muito acima do normal por dias seguidos. Elas geralmente acontecem no verão, mas também podem surpreender em outras épocas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Esse fenômeno, causado por massas de ar quente que ficam “presas” sobre uma área, é mais que um desconforto, já que pode afetar a saúde, com risco de desidratação e até problemas mais graves, além de aumentar o consumo de energia com o uso de ar-condicionado e ventiladores.

2- Tempestades e enchetes

As tempestades que acontecem no Brasil são um verdadeiro show da natureza, mas, claro, daqueles que pedem uma dose de beleza e respeito. Quem nunca parou pra admirar o céu ficando escuro, os raios riscando o horizonte e o barulho dos trovões ecoando, não é?

Elas costumam surgir, principalmente, no verão, quando o calorão e a alta umidade criam o cenário perfeito pra esse espetáculo, digamos assim. Só que, junto com a beleza, vem a força: ventos fortes, chuva pesada e, às vezes, granizo, que podem causar alagamentos, queda de árvores e até deixar cidades inteiras no escuro. Em locais sem muito planejamento, famílias e cidades podem ser bastante afetadas. Inclusive, isso ficou bem comum de ser visto.

Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul viveu um dos episódios mais devastadores de sua história, com uma enchente que trouxe impactos horríveis para o estado. A combinação de chuvas intensas e o aumento dos níveis dos rios causou inundações que atingiram várias cidades, deixando um rastro de destruição e dor para muitos brasileiros.

3- Secas

A seca no Brasil é um outro fenômeno natural que, infelizmente, tem se tornado mais frequente e intenso, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Durante esses períodos, as chuvas são escassas e os reservatórios de água secam, o que afeta tanto a agricultura quanto o abastecimento de água para muitas cidades.

Apesar de ser um fenômeno natural, o agravamento da seca também está relacionado a fatores como o desmatamento e as mudanças climáticas, que acabam tornando o cenário mais díficil e penoso para quem mora nessas regiões.

Quais são as diferenças entre fenômenos naturais e desastres naturais?

Fenômenos naturais e desastres naturais estão ligados por uma relação de causa e consequência que merece a nossa atenção. Os primeiros são eventos que acontecem na natureza de forma espontânea, sem qualquer interferência humana, como chuvas, ventos fortes, erupções vulcânicas ou terremotos.

Diante disso, os fenômenos naturais fazem parte do funcionamento natural do planeta e, em muitos casos, não apresentam algum tipo de  risco significativo à vida ou às construções, especialmente em áreas onde não há presença humana ou intervenções no ambiente.

Por outro lado, os desastres naturais surgem quando esses fenômenos naturais atingem locais em que houve alguma interferência do homem, como desmatamento, urbanização desordenada ou ocupação de áreas de risco. Essas alterações no meio ambiente, infelizmente, costumam aumentar a gravidade dos impactos, gerando perdas materiais e humanas significativas.

Como uma forma de deixar isso claro, por exemplo, enchentes em regiões urbanas são agravadas pela impermeabilização do solo, enquanto deslizamentos de terra podem ser mais intensos em áreas onde a vegetação foi removida. Assim, torna-se evidente que o equilíbrio entre o meio ambiente e a ação humana é de extrema necessidade para minimizar os riscos associados aos desastres naturais.

Enfim, gostou do artigo? Então não deixe de conferir também: Círculo de Fogo do Pacífico – O que é, países e curiosidades sobre a área

Fontes: Brasil Escola, Melhores Destinos, Resumo Escolar; Melhores destinos; Jandaia

Bibliografia:

  • POPP, José Henrique. Geologia Geral. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 5ª ed., 2004.
  • MENDONÇA, Franscisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos; 2007.
  • MORAES, Paulo Roberto. Geografia geral e do Brasil. São Paulo, Editora Harbra; 2 ed. 2003.

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