Você já parou para pensar qual a origem do Universo? Essa é uma das perguntas que mais intrigam cientistas, tanto atualmente como ao longo da história. Assim, para tentar compreender a origem do Universo, suas leis e suas curiosidades, foi criada a Astronomia. Porém, após tantas questões a cerca da origem da vida, evolução, distribuição, etc, a Astronomia foi dividida em áreas mais específicas, como a Astrobiologia.
Ou seja, se a Astronomia é responsável pelas questões que envolvem a origem do Universo, a Astrobiologia é a área que estuda a origem da vida, bem como a evolução e o futuro dos seres vivos. Além disso, essa área astronômica está ligada a vida fora da Terra e, por conta disso, também recebe o nome de exobiologia. Sendo assim, a exobiologia é uma parte da Astronomia responsável pela busca de vida fora do Planeta Terra.
Diferente da Astronomia em si, os estudos sobre a origem da vida, tanto terrestre como a busca de vida extraterrestre, é uma área de pesquisa recente. Para ter uma ideia, o departamento de astrobiologia da NASA (Agência Espacial Americana) completou, em 2015, 50 anos.
Desenvolvimento da Astrobiologia
Apesar de ser uma área recente, a Astrobiologia vem se desenvolvendo com rapidez desde sua criação. De forma geral, essa ramificação da Astronomia estuda a origem da vida, a evolução e o futuro dos seres vivos, tanto na Terra como em outras partes que compõem o Universo.
Dessa forma, vários indícios já foram encontrados, ao longo dos anos, que explicam como a vida começou no Planeta Terra. Além disso, pesquisadores já analisam como seria a vida em outros planetas, por meios das condições de vida de alguns microrganismos que vivem na Terra.
Esses microrganismos, chamados de extremófilos, conseguem sobreviver em condições extremas, de calor ou frio. Assim, os pesquisadores acreditam que outras espécies de seres vivos conseguiriam se adaptar em planetas muito frios, como Plutão, ou em lugares muito quentes, como Mercúrio.
Diferença entre Astrobiologia e Exobiologia
Astrobiologia e exobiologia desempenham papeis quase semelhantes nos estudos da vida. Ou seja, enquanto a astrobiologia é responsável pelos estudos da origem, evolução e futuro da vida na Terra e fora dela, a exobiologia foca apenas na busca de vida extraterrestre.
A exobiologia analisa, por meio de indícios, a vida fora da Terra. Além disso, é de responsabilidade da exobiologia estudar como os ambientes extraterrestres interferem na possível vida dos seres vivos. Sendo assim, uma área é mais abrangente, enquanto a outra é mais específica.
Além do mais, para conseguir responder a tantas questões acerca do Universo, a origem da vida, adaptação, etc, a astrobiologia depende de várias outros campos. Ou seja, é uma área multidisciplinar que depende do auxílio da física, da geografia, da astronomia, das ciências, etc.
O estudo sobre a origem da vida, bem como sua evolução, também necessita de cálculos teóricos e simulações experimentais. Em geral, as simulações são feitas em laboratórios específicos. No entanto, existem experimentos que também são realizados na natureza. Um exemplo são as simulações realizadas em áreas extremamente geladas do Planeta.
Missões e pesquisas da Astrobiologia
Desde o surgimento da Astrobiologia, a área se tornou o centro de inúmeras missões e pesquisas da NASA. Além disso, a Agência Espacial Europeia do Sistema Solar (ESA) também desenvolve missões na área. Em 2001, por exemplo, ocorreu na Itália o primeiro seminário de astrobiologia.
A partir disso, surgiu o programa Aurora, responsável pela exploração da Lua, de Marte, além de asteroides. Além do mais, a NASA – localizada nos EUA, possui centros especializados nos estudos astrobiológicos. Existem, também, Universidades que oferecem programas de pós-graduação, como na Grã-Bretanha, Canadá, Irlanda e Austrália.
Por meio das missões especializadas na busca por vida em Marte, por exemplo, como os programas Viking e Beagle 2, encontraram evidências de que já existiu água no Planeta. Ambas as missões mandadas à Marte, não foram finalizadas. A Viking, não conseguiu concluir todo o trajeto, enquanto a Beagle 2 não conseguiu chegar à superfície de Marte.
A missão mais recente da NASA foi lançada em 2011. Denominada Mars Science Laboratory (MSL), a missão tem como objetivo buscar mais evidências que comprovem alguma forma de vida em Marte. Além disso, estudar a geologia do planeta. A Mars Science, apelidada de Curiosity, pousou na cratera Gale de Marte, em agosto de 2012.
Por fim, outras missões, como a rover ExoMars, já foram lançadas. Essa última, lançada em 2018, foi um programa de parceria entre a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos).
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Fontes: Info Escola, Microbiologia e Universo Racionalista
Imagens: Medium, National Geographic, Vidraria de Laboratório, Correio do Povo e Canaltech