Em termos políticos, cada vez mais os candidatos têm se aprofundado na adoção de técnicas persuasivas em busca da simpatia e do apoio dos eleitores. Porém, poucos sabem que essa prática se difundiu na década de 1930 com a propaganda nazista, criada por Joseph Goebbels e disseminada por Adolf Hitler.
Você certamente deve saber que o nazismo foi um regime político opressor, que tinha como base a disseminação de ideias, como o nacionalismo exacerbado, o culto a um líder soberano e o extermínio de raças “Inferiores”, sobretudo os judeus.
Porém, o que muitos podem não ter conhecimento é sobre como a máquina de comunicação do partido nazista soube utilizar da propaganda como instrumento de manipulação para angariar alemães ao partido.
O que foi a propaganda nazista?
A maior parte dos regimes totalitários da Europa, em maior ou menor grau, utilizaram uma linguagem incisiva por meio da influência dos meios de comunicação e da propaganda como ferramenta de alcance de seus objetivos.
Entretanto, o nazismo foi o movimento mais conhecido por conta da eficácia do projeto encabeçado pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels (1897-1945). Foi ele o responsável pela criação da figura do Führer, por meio da promoção de filmes em defesa do nazismo, em cartazes e no rádio.
O principal intuito da proposta era consolidar os ideais de prosperidade e confiança que a Alemanha precisava para derrotar seus inimigos na Segunda Guerra Mundial (1933-1945). Dessa forma, os filmes exaltavam a imagem de um país próspero, com soldados exibindo corpos atléticos em referência à raça pura defendida por Hitler.
Era necessário exaltar o ambiente otimista que, teoricamente, predominava na Alemanha naquela época. Por outro lado, tal campanha de propaganda nazista tinha como um de seus motes principais a condenação e ridicularização de todos que não faziam parte da raça ariana idealizada pelo partido, sobretudo aos judeus.
O Holocausto
A adesão dos alemães à máquina de propaganda nazista resultou em um dos maiores genocídios mundiais da humanidade. Na ocasião, foram mortos mais de seis milhões de judeus, homossexuais, ciganos, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e opositores políticos.
O Holocausto foi o resultado do processo de dominação do governo alemão que, mesmo antes da posse de Hitler, já praticava o antissemitismo, isto é, o ódio aos judeus. Essa prática afirmava que a raça alemã era superior e que os judeus eram culpados pela derrota da nação na Primeira Guerra Mundial.
De acordo com o mesmo pensamento, eles possuíam um plano de dominação mundial e controlavam o liberalismo e o capitalismo. Em suma, os judeus eram responsáveis por todos os feitos negativos da sociedade alemã.
A partir de 1933, com a intensificação da máquina de propaganda nazista, teve início a perseguição ao grupo. As ações mais contundentes foram as Leis de Nuremberg, que proibiam o casamento entre judeus e não-judeus, além da restrição à cidadania alemã. Além disso, teve também a Noite dos Cristais, que praticou ataques violentos a estabelecimentos, casas, orfanatos e sinagogas.
A partir de então, judeus passaram a ser aprisionados em campos de concentração/extermínio, que contavam com câmaras de gás para facilitar o extermínio em massa. Além disso, eles eram forçados a uma jornada de trabalho exaustiva, maus-tratos e péssimas condições de higiene.
A construção do Führer
Engana-se quem pensa que Adolf Hitler sempre foi visto como um bom homem e líder a favor da nação. Para que esse imaginário fosse construído, uma verdadeira manipulação precisou ser feita para que a figura de ditador fosse desconstruída, através das técnicas da propaganda nazista.
Essa nova imagem passou, inclusive, pelas reformas de suas residências, cuidadosamente planejadas. Cortinas de seda e vasos de porcelana davam um ar de refinamento e calmaria, tudo criado pela arquiteta de interiores do líder, Gerdy Troost.
Sua casa na montanha serviu como instrumento de humanização, por meio do contato com a natureza, demonstrando um cenário perfeito e simples de prosperidade alemã.
Com o apoio da imprensa local, durante muito tempo ocultou-se as barbaridades promovidas por Hitler para exaltar uma imagem ilusória do ditador como um homem pacífico, inocente e preocupado com os rumos do seu país.
Entretanto, os fatos históricos tornaram essa visão completamente equivocada, uma vez que passou a ser inadmissível ocultar os males causados pela implantação da propaganda nazista na Alemanha.
Essa tática, mais do que um instrumento de divulgação política, mostrou-se um método criminoso de incentivo ao racismo, xenofobia e destruição de uma nação.
Gostou de saber mais sobre o regime nazista? Então, confira também quem foi Joseph Goebbels.
Fontes: Mundo Educação, Brasil Escola, BCC, Brasil Escola
Imagens: Lux Fon, Museo Memoria Y Tolerancia, Aventuras na História, Live Journal.