Já imaginou perder complemente sua identidade social, referências de lar e cultura? Pois bem, foi o que ocorreu na chamada diáspora africana, durante os processo de escravidão, no Continente Africano. Vários homens e mulheres foram obrigados a deixar suas vidas, famílias e o modo como viviam.
De forma geral, diáspora é um termo que representa dispersão, descolamento. Neste caso, pode ser um movimento forçado ou não, dependendo da situação. No caso da África, a diáspora africana tirou completamente a identidade do povo africano. Isso porque, homens e mulheres eram levados em navios do tráfico negreiro para serem escravizados, principalmente nos países das Américas.
Os navios negreiros carregavam muito mais que vidas. Eram culturas, línguas, modos de vida diferentes que foram interrompidos pela escravidão. Historicamente, acredita-se que um total de 11 milhões de africanos tenham sido deslocados de sua cultura e país. Grande parte deles, aliás, veio para o Brasil.
Diáspora Africana
Balantas, manjacos, bijagós, mandingas, jejes, haussás, iorubas, são alguns dos povos africanos que migraram de forma forçada para diversos países, principalmente os países americanos. Os africanos escravizados tiveram que reconstruir sua identidade em lugares estranhos, que não combinavam com a cultura que estavam acostumados.
Assim que eram colocados nos navios negreiros, os povos africanos já não tinham mais identidade. Deixavam para trás preciosidades da vida, como as histórias, as religiões e os costumes.
Quando chegavam ao país de destino, como o Brasil, por exemplo; eram identificados pelo nome dos portos onde desembarcavam ou por nomes que os traficantes escolhiam.
Por conta disso, acabaram reinventando novas formas de viver e construíram práticas de sobrevivência. Os africanos criaram, dessa forma, sociedades afro-diaspóricas nos principais países das Américas, como Brasil, Cuba, Colômbia, Estados Unidos, por exemplo. Nesse sentido, na falta de identidade e de uma cultura que resgatasse o passado, os povos africanos começaram a criar novas identidades.
Nos países que residiam, foram surgindo novas formas de identidade, como os bantus – povos que se localizavam no centro-sul do continente. Além disso, os escravizados que nasceram na América, por exemplo, eram denominados crioulos. Após o período de escravidão, o termo correto utilizado passou para afrodescendentes.
Continente Africano
O Continente Africano é formado por 55 países. Juntos, englobam uma rica diversidade cultural, além de características extremamente marcantes. São diversos povos, modos de vida e histórias que se espalham pelo continente. A África, de forma geral, ocupa uma posição geográfica muito curiosa.
Isso porque, o meridiano de Greenwich, a linha do Equador e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio atravessam o continente. Assim, a África é conhecida, além da diversidade cultural, pelas savanas e as paisagens que encantam. Entretanto, guerras, pobreza, fome e epidemias também são cenários que marcam o continente até os dias atuais.
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Fontes: Palmares, Geledes, Estudo Prático e Scielo
Imagens: UFMG, África do Lado de Ká e História e Cultura