Crátons, o que são? Conceito, como se formam, tipos e características

Os crátons são formações terrestres marcadas pela estabilidade e pela longa formação de sua estrutura, composta por dois tipos de rochas.

Crátons: o que são, como se formam, tipos e características

Os Crátons ou Cratões são estruturas geológicas conhecidas pela sua estabilidade tectônica e pela densidade de suas rochas. Ademais, elas se formaram há mais de dois bilhões de anos, ainda durante a era Pré-Cambriana.

Eles ocupam, aproximadamente, um quarto das terras emersas do planeta e, ao longo de 100 milhões de anos, não sofreram ações diretas de fenômenos como o vulcanismo e o tectonismo.

Desse modo, suas rochas, metamórficas e magmáticas em sua maioria, sofrem ação apenas externa, isto é, em virtude da atuação de elementos como água, vento e ar. Em conformidade com isso, o relevo das áreas onde se localizam os Crátons contam com planaltos de baixas altitudes e depressões relativas.

Conheça abaixo um pouco mais sobre a origem dos Crátons, suas divisões e características.

Como eles se formam?

Os Crátons, como estruturas mais antigas do relevo terrestre, tiveram origem com a formação do planeta Terra, há bilhões de anos.

Sendo assim, a Terra passou por um período intenso de transformações, ao dar origem às rochas sólidas a partir da pressão das camadas superiores da estrutura, bem como ao sofrer interferência das altas temperaturas no subsolo.

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Antes disso, a Terra era recoberta por uma camada de rocha líquida, formada por magma ou lava, que foi se resfriando e adquirindo a forma sólida.

Composição dos crátons

Em síntese, os Crátons são formações terrestres bastante estáveis, que não sofrem ações geológicas intensas como terremotos. Suas principais rochas são as magmáticas ou ígneas e as metamórficas.

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As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e consolidação do magma. Alguns dos seus principais exemplos são o basalto, o diorito e o granito.

Por outro lado, as rochas metamórficas se formam a partir de processos de modificação de outras rochas, que se transformam por conta da interferência da temperatura e pressão interna terrestre. Podemos citar a ardósia, o gnaisse e o mármore.

Tipos de Estruturas geológicas

No início desse texto, afirmamos que os Crátons são “estruturas geológicas”. Mas o que é isso?

A estrutura geológica de uma formação terrestre se caracteriza em virtude da composição das rochas que a formam, considerando eventos como a origem e a idade, que, por sua vez, sofrem interferências de fatores internos e externos.

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Dessa forma, as estruturas geológicas podem ser classificadas (além dos Crátons) em:

Dobramentos modernos: Contém rochas mais flexíveis e maleáveis em sua composição. Elas estão localizadas em uma área próxima ao contato com as placas tectônicas, as chamadas zonas convergentes. Por isso, esses dobramentos formam-se em um processo lento e contínuo, formando assim as montanhas.

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Bacias sedimentares: São formadas por sedimentos orgânicos como restos de algas, vegetais e animais em decomposição e também por outras rochas em erosão. Além disso, essas depressões (cavidades) são muito importantes para a economia por guardarem fontes de energia, tais como o petróleo e o carvão mineral.

Tipos de Crátons

Por sua vez, os Crátons podem formar dois tipos de formações: os Escudos cristalinos e as Plataformas.

Escudos cristalinos ou Maciços Antigos são estruturas formadas por rochas cristalinas, isto é, ígneas e metamórficas, e caracterizam os planaltos.

Em outras palavras, essa é uma região extremamente exposta à degradação ocasionada pelos agentes externos (chuva, calor e vento) devido à ação de milhões de anos sobre a formação rochosa.

Por conseguinte, essas rochas ficam visíveis a olho nu e chamam a atenção pelo seu alto interesse econômico. São elas: o ferro, o cobre, o ouro e o manganês, entre outras.

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Em segundo e último lugar, estão as Plataformas continentais. Esses Crátons são constituídos a partir da deposição de sedimentos, conhecidos como bacias sedimentares.

Em geral, apresentam-se em camadas e, por isso, são formadas por regiões de depressões relativas. Nesses casos, a deposição supera a desagregação, garantindo o acúmulo de materiais em suas superfícies.

Em resumo, os Escudos cristalinos se formam a partir da erosão de rochas magmáticas e metamórficas. Ademais, eles podem surgir em áreas onde o magma se solidificou, próximo a locais onde há erupção vulcânica.

Por sua vez, as Bacias Sedimentares ou Plataformas são formadas a partir do acúmulo de sedimentos, que se originaram a partir do desgaste de áreas montanhosas mais elevadas.

Crátons no Brasil

Os escudos cristalinos ocupam cerca de 36% do território brasileiro, presentes em sua maioria no litoral, região Centro-Oeste e Extremo Norte do país.

Enquanto isso, as bacias sedimentares compõem os outros 64%, distribuídos conforme o mapa abaixo.

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Fontes: Brasil Escola, Infoescola, Mundo Educação, Prepara Enem, Educa Mais Brasil

Imagens: ProEnem, Toda Matéria, Dreamstime, Stoodi, Go Out Side, Pensamento verde. Tudo Geo.

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