O que são bacias sedimentares? Saiba como elas contam o passado da Terra

As bacias sedimentares são depressões existentes no relevo e preenchidas por sedimentos orgânicos e por rochas que sofreram erosão.

As bacias sedimentares são depressões existentes no relevo e preenchidas por sedimentos de origem orgânica (vegetais e animais mortos, algas) e por rochas que passaram por processo de erosão.

Elas têm grande valor econômico, já que são fontes de energia de origem fóssil, como petróleo e carvão mineral. Além disso, elas são a maior fonte de informação sobre o passado da Terra, principalmente quanto à fauna e a flora que já existiram na superfície.

Como se formaram

As bacias sedimentares são cavidades na superfície que, com o passar do tempo, se encheram de sedimentos (substâncias ali depositadas). Esses sedimentos são de três tipos e diferentes de acordo com a origem:

  • materiais de origem biológica como restos de animais, fragmentos de conchas, ossos, recifes de coral;
  • materiais depositados pelo efeito da erosão de áreas próximas à bacia pela ação da água, vento ou geleiras;
  • materiais lançados pela água dentro da bacia. Ocorre quando no lugar onde ela está existiu um lago ou mesmo o mar.

Conforme a origem dos sedimentos, as bacias sedimentares se classificam em:

  • aquelas que são constituídas exclusivamente por sedimentos do meio terrestre;
  • as que são constituídas exclusivamente por sedimentos do meio marinho;
  • as que são constituídas por sedimentos de ambos os meios, e são o tipo mais comum.

Um livro de história a ser folheado

A Estratigrafia é a ciência que estuda os estratos (camadas) do relevo. Ela é capaz de contar, por exemplo, que tipo de relevo existiu no local, como ele se formou e modificou no correr do tempo. A Estratigrafia tem condições, inclusive, de afirmar sobre a existência de espécies de animais em uma época determinada. É ela que auxilia o arqueólogo na procura dos dinossauros.

Onde estão as bacias sedimentares?

Quase sempre as bacias sedimentares estão em regiões limítrofes entre placas tectônicas, que formam a camada externa e sólida da Terra, denominada litosfera, e onde estão os continentes e oceanos.

Dessa forma, as bacias sedimentares são classificadas em:

  • bacias extensionais: quando localizadas nas margens construtivas das placas;
  • bacias colisionais: localizadas em margens destrutivas de placas;
  • bacias transtensionais: localizadas nas margens transformantes de placas tectônicas.
  • bacias intra-cratônicas: localizadas longe das placas tectônicas.

O Brasil tem aproximadamente 60% de seu território ocupado por bacias sedimentares, que se dividem em três tipos:

  • as de grande extensão, como as bacias Amazônica, do Parnaíba, do Paraná e a Central;
  • as de menor extensão, como as bacias do Pantanal Mato-Grossense, do São Francisco, do Recôncavo Tucano e a Litorânea;
  • as bacias muito pequenas ou bacias de compartimento de planalto, como as bacias de Curitiba, Taubaté e São Paulo.

Uma riqueza formada em milênios

As bacias sedimentares, assim como a maior parte do relevo terrestre, são áreas que sempre se renovam. Como é contínuo o depósito de sedimentos, elas estão sempre “afundando” (movimento chamado de “subsidência”). Isso quer dizer que cedem sempre espaço para mais camadas de sedimentos que vão sendo depositados. Acontece que esse movimento é lento, leva milhares de anos.

As jazidas de petróleo do mundo estão em bacias sedimentares. No transcorrer de milhões de anos, o material orgânico soterrado se decompôs pela ação de bactérias e da baixa quantidade de oxigênio. Isso originou o petróleo e o gás natural.

Mas já houve também o soterramento de florestas inteiras. Nas bacias sedimentares e passados milhares, os vegetais entraram em processo de sedimentação, formando rochas sedimentares de origem fóssil (carvão mineral).

Não é curioso saber que a natureza trabalhou em milênios para produzir tanta riqueza? Conheça mais de estruturas geológicas lendo sobre os escudos cristalinos.

Fonte: Sua Pesquisa, Info Escola, Mundo Educação.

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