O ecossistema é formado por ciclos biogeoquímicos, responsáveis pelo movimento dos elementos químicos na natureza. Essa movimentação ocorre por meio dos seres vivos e de camadas, como a atmosfera, biosfera, litosfera e hidrosfera. Um dos ciclos que participam dessa movimentação é o ciclo do carbono.
Assim, o ciclo tem início com os seres vivos, principalmente plantas e organismos autótrofos, na realização da fotossíntese. Isso porque, para que o processo químico orgânico ocorra, os organismos vivos absorvem o carbono para, em seguida, liberar oxigênio na atmosfera.
Isso faz com o que os ciclos do oxigênio e do carbono estejam interligados, dependendo um da ação do outro. Logo, o carbono retorna à natureza por meio da respiração dos seres vivos, além da decomposição. Contudo, o processo cíclico do carbono pode ser acelerado pelas ações humanas, como as queimadas.
Ciclo do carbono
Em síntese, o ciclo do carbono começa com as plantas e organismos autótrofos. Ou seja, esses seres – ao absorverem carbono e energia solar – realizam o processo de fotossíntese. Em seguida, as plantas liberam oxigênio e açucares para a superfície terrestre.
Assim, os açúcares – também chamados de glicose – são consumidos pelos seres vivos e de mais plantas. Logo, as plantas e demais seres vivos devolvem para a atmosfera CO2 por meio da respiração celular.
Quimicamente falando, todo o processo cíclico do carbono pode ser representado da seguinte forma:
6CO2 + 6H2O + energia (luz solar) → C6H12O6 + 6O2 (fotossíntese)
C6H12O6 (matéria orgânica) + 6O2 → 6CO2+ 6 H2O + energia (Respiração)
Com isso, o carbono pode ser encontrado de duas maneiras, na forma orgânica ou inorgânica. Isso porque, o carbono é um elemento químico encontrado com grande facilidade na natureza. Porém, quase toda a porcentagem desse elemento, cerca de 99%, se encontra na forma inorgânica. Ou seja, representa a forma sedimentar.
Além disso, o ciclo do carbono faz parte de uma estrutura cíclica maior, denominado de ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode ocorrer de forma lenta ou rápida. Em outras palavras, ciclo geológico ou biológico, respectivamente.
Neste caso, o ciclo geológico do carbono ocorre na forma sedimentar. Já o ciclo biológico ocorre nos organismos vivos e mortos.
Portanto, o ciclo do carbono é de extrema importância. Isso porque, o carbono é parte da estrutura orgânica molecular de todos os seres vivos. Além do mais, está presente em rochas, oceanos e na atmosfera compondo a parte sedimentar do Planeta.
Ciclo geológico e biológico do carbono
O carbono é um elemento encontrado em praticamente todos os ambientes da natureza. Assim, o ciclo geológico é responsável pela regulagem da quantidade de carbono no solo, rochas, meios aquáticos e na atmosfera. Por conta disso, é considerado um ciclo mais lento quando comparado ao biológico.
Logo, uma das formas de movimentação do carbono ocorre no ciclo geológico por meio da água. Isso porque, o elemento se dissolve no meio aquático ocasionando na troca de CO2 entre a água e a atmosfera.
Além disso, quando o CO2 se dissolve na água da chuva temos como resultado uma solução ácida, ou seja, o H2CO3. Por fim, no ciclo geológico, o CO2 pode ainda ser liberado na atmosfera pela ação vulcânica.
Por outro lado, o ciclo biológico ocorre por meio dos seres vivos, no meios aquático ou terrestre. Assim, o ciclo tem início quando plantas ou organismos que realizam fotossíntese, absorvem energia para realização desta tarefa. Os organismos fotossintetizantes, neste caso, liberam na atmosfera moléculas de oxigênio (O2).
A partir da produção de matéria orgânica, os seres heterótrofos consomem moléculas de energia que contém carbono, absorvido pelos seres fotossintetizantes. Em seguida, o carbono é devolvido à natureza por meio da respiração e do processo de decomposição dos seres vivos.
Ciclo do carbono e as ações humanas
O ciclo do carbono, dividido em biológico e geológico, apresenta níveis de velocidade diferentes. Entretanto, existem ações humanas que aceleram o ciclo, como as queimadas. Com isso, o carbono é liberado em grandes quantidades na atmosfera alterando o efeito estufa.
O efeito estufa, portanto, é um fenômeno natural, que garante que a superfície da Terra se mantenha aquecida. O fenômeno é possível por conta da presença de gases na atmosfera, como o gás carbônico e o gás metano. Porém, com ações como a queima de combustíveis fósseis, a liberação desses gases é feita de maneira elevada.
Então,quando os gases do efeito estufa sofrem alteração, o aquecimento da superfície terrestre se modifica. Com a temperatura do Planeta elevada, ocorre o que chamamos de aquecimento global. Isso significa que existem altas concentração dos gases, principalmente de CO2.
Por fim, o aquecimento global pode trazer inúmeras consequências. Dentre elas, alterações climáticas, elevação do nível do mar, biodiversidade prejudicada, além de impactos na saúde humana e dos animais.
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Fontes: Toda Matéria, Brasil Escola e Biologia Net
Imagens: Mata Nativa, Vivendo Ciências, Estudo Kids, Ciência Hoje e Estudo Prático