Satélites naturais são corpos celestes que giram em torno de planetas, podendo também orbitar até mesmo os asteroides. São chamados de luas e também podem ser conhecidos como planetas secundários, sempre orbitando planetas principais.
A ocorrência desses astros no Sistema Solar varia de acordo com o planeta. Por exemplo: a Terra possui apenas uma lua, enquanto que Júpiter possui incríveis 53 luas confirmadas e outras 26 a serem confirmadas.
Entretanto, outras luas encontradas pela galáxia se apresentam maiores do que os próprios planetas principais. É o caso da lua Ganimedes, considerada a maior do Sistema Solar, e a lua Titã, maior lua de Saturno e a segunda maior de todo o sistema. Assim, ambas ainda conseguem ser maiores do que Mercúrio, por exemplo.
Satélites naturais no Sistema Solar
Os planetas do Sistema Solar estão divididos entre rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). Todavia, a ocorrência da existência de satélites naturais varia de acordo com o planeta.
Próximos ao Sol, Mercúrio e Vênus, que ainda são pequenos, não possuem nenhum satélite natural. Por outro lado, a Terra possui apenas um corpo celeste que influencia na regulação das marés, por exemplo. Por isso, vamos conferir a seguir quais são os satélites naturais existentes em cada planeta.
Terra
Hipóteses acerca da Lua terrestre apontam que sua formação está ligada à colisão de um objeto que encontrou a Terra a cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. Por sua vez, este evento teria criado detritos que mais tarde, com a força da gravidade, acabaram por se juntar e formaram o satélite natural.
A Lua está a 384,4 mil km da Terra e sua órbita dura cerca de 27 dias. Sua importância para o nosso planeta é tão grande, que este objeto celeste, ao regular as marés, acaba por diminuir a velocidade de rotação da Terra, mantendo-a estável.
Todavia, a Lua interfere no eixo de rotação da Terra, fazendo com que a variação do eixo de rotação seja baixa. Sem ela, entretanto, a Terra chegaria a se inclinar cerca de 90° em relação à posição do Sol, o que causaria diferenças extremas de temperatura durante o ano.
Marte
As luas Phobos e Deimos são os dois únicos satélites naturais encontrados no planeta. Têm formatos irregulares e são recheadas de crateras, poeira e rochas soltas. Aliás, a composição rochosa das duas luas de Mercúrio aponta para um alto teor de carbono, que se mistura com gelo.
Os dois estão entre os menores e mais escuros satélites naturais do Sistema Solar e, a hipótese que sustenta sua formação aponta que esses corpos celestes eram asteroides que foram capturados pelo campo gravitacional de Marte.
Satélites naturais de Júpiter
Primeiramente, o planeta possui um total de 79 satélites naturais, dos quais 53 estão confirmados e outros 26 são provisórios. Os que mais se destacam são as luas observadas por Galileu em 1610, e por isso chamadas de Galileanos: Io, Calisto, Ganimedes e Europa.
Essas luas possuem características diferentes, como é o caso de Io, com grande atividade vulcânica. Por outro lado, o satélite Europa apresenta superfície com gelo e hipóteses apontam para um oceano líquido abaixo da superfície. Todavia, acredita-se também que seu volume de água seja o dobro do existente na Terra, o que levanta a hipótese de existência de vida.
Ganimedes e Calisto completam a lista. A primeira é a maior lua do sistema solar e possui um campo magnético interno, enquanto que a segunda lua apresenta ocorrência grande de crateras.
Saturno
Recordista entre os planetas, em Saturno são 82 luas, 53 delas confirmadas e outras 29 em busca de confirmação. Titã, a maior lua desse planeta, é também maior do que Mercúrio e apresenta nuvens, chuva, rios e lagos de hidrocarbonetos líquidos, como metano e etano.
Esta é também a segunda maior lua do sistema solar, perdendo apenas para Ganimedes, em Júpiter. Sua atmosfera, composta basicamente por nitrogênio, levanta hipóteses de vida fora da Terra.
Por outro lado, um astronauta poderia andar em sua superfície sem trajes espaciais. Entretanto, necessitaria de uma máscara de oxigênio e uma proteção para os mais de 100º C do local.
Urano
Seus 27 satélites naturais têm nomes de personagens de Shakespeare e Alexander Pope. As luas mais internas tem gelo e água em sua composição, já as outras continuam com a composição desconhecida. Os satélites de Urano são constantemente destruídos e acabam por formar os anéis ao redor do planeta. Após a condensação de material, novos satélites naturais são formados.
Netuno
Os 16 satélites naturais de Netuno tem na lua Tritão a mais importante de todas. Ela apresenta vulcões de gelo que expelem nitrogênio líquido, metano e poeira, congelando instantaneamente. É um dos satélites naturais mais gelados da galáxia e o único com órbita retrógrada, em direção oposta à rotação de Netuno.
Satélites naturais: a Lua terrestre
A Lua presente na órbita terrestre se formou após a colisão entre a Terra e outro planeta do tamanho de Marte. Assim, poeira e detritos ficaram pela órbita da Terra possibilitando, ao longo de 4,5 bilhões de anos, que o satélite natural tivesse origem.
A importância da Lua para o nosso planeta é inegável: é ela que regula as marés, pois sua gravidade puxa o mar e influencia todo o funcionamento da Terra, regulando, inclusive, temperaturas em todo o globo. Sua atmosfera escassa facilita o encontro de asteroides, meteoros e cometas, que acabaram por desenhar a superfície lunar.
Todavia, a primeira missão à Lua aconteceu em 1959 e foi organizada pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Posteriormente, entre 1961 e 1965, três missões foram enviadas à Lua pelos americanos. Somente em 1969 o homem pisou na Lua, sendo Neil Armstrong o primeiro homem a estar em solo lunar.
Recentemente, em 2003, a União Europeia enviou missões, assim como fizeram o Japão e a China. Em 2007 e 2008 foi a vez da Índia estudar o satélite em suas missões enviadas à Lua.
Então, o que achou da matéria sobre Satélites naturais? Se gostou, leia também: O que são planetas? Definição, tipos e Sistema Solar.
Fontes: Toda Matéria, Info Escola, Todo Estudo, Terra
Imagens: Revista Planeta, Conceitos, Escola Kids, Super Abril, Nasa, Revista Galileu, Olhar Digital, WHillyard, National Geographic, El País