Embora a Antiguidade caracterize-se por diversos fatores, certamente um dos mais memoráveis foi o helenismo. Difundida por Alexandre Magno, ou Alexandre, o Grande, a cultura grega, também chamada helênica foi incorporada nas regiões conquistadas pelo rei macedônico.
Em suma, ao passo em que o Império Alexandrino expandiu-se, culturas foram miscigenadas. Só para ilustrar, Alexandre era um grande apreciador da cultura persa. Como resultado disso, ele integrou-a à cultura grega e passou a transmiti-la pelas regiões dominadas.
Dessa forma, esse processo almejou criar uma cultura universal reunindo elementos de diversos povos, mesclando o Ocidente e o Oriente. Logo, esse período recebeu o nome de Helenístico.
Ademais, essa influência enraizou-se com sucesso nos lugares que acessou, pois mesmo após a queda de Alexandre Magno, o helenismo mostrou-se predominante nesses territórios. Aliás, logo abaixo é possível encontrar mais informações sobre o Período Helenístico.
Contexto Histórico
O período helenístico foi marcado pelo domínio da Macedônia sob a Grécia. Naquela época, os macedônios habitavam uma região situada no norte da Grécia. E por muito tempo, esses povos eram chamados de bárbaros pelos habitantes da região.
Logo, em 338 a.C. os gregos perderam a Batalha de Queroneia, para as forças macedônicas. E em pouco tempo eles dominaram toda a Grécia. Logo depois, em 336 a.C., o imperador Filipe II foi assassinado, deixando o trono para seu filho Alexandre Magno. Ele foi responsável por grandes conquistas de regiões, o que o tornou responsável pelo maior império até então conhecido.
Dessa forma, Alexandre- também conhecido como Alexandre, o Grande, foi o principal responsável pela cultura helenística. E o seu império estendeu-se pelo Egito, Mesopotâmia, Síria, Índia e Pérsia. O que o ajudou a formar uma nova civilização.
A Civilização Helenística
Um dos primeiros passos para o estabelecimento de uma nova civilização foi a língua. Ao adotar o grego como língua comum, oficialmente, iniciou-se o processo de interpenetração cultural. E foi nesse momento que algumas instituições permaneceram próximas ao padrão grego. Porém, em alguns prevaleceu elementos orientais. E no meio dessa mistura, se iniciou o período helenístico.
Ademais, um dos pontos chaves para a extensão da cultura helenística foi a construção de templos, ágoras e ginásios. Sendo esses responsáveis pela transmissão de cultura grega. O centro de cultura principal, localizava-se no Egito, na cidade de Alexandria. Aliás, foi nesse lugar onde houve a maior biblioteca do mundo antigo: a Biblioteca de Alexandria.
Apesar da morte do imperador, a cultura helenística continuou existindo, pois era caracterizada como o resultado da mistura das culturas. Afinal, foi por conta dele que a cultura grega expandiu-se e alastrou-se pelo oriente. Além de que, todos os povos conquistados por Alexandre conviveram com a cultura grega.
Por fim, vários historiadores salientam que é importante entender que esse período foi totalmente elitizado. Pois, a expansão da cultura grega e a sua apropriação entre as diversas sociedades deu-se, principalmente, entre as elites. Sendo essas frequentadoras de espaços destinados à difusão da cultura grega.
O seu final ocorreu quando, depois um longo período de profusão da cultura helenística, uma fusão de diversas sociedades e culturas – gregos, persas, egípcios – os romanos dominaram o projeto expansionista e findaram assim com o antigo Império Macedônico.
O Impacto do Período Helenístico
Sabe-se que esse período foi bastante fundamental para grandes descobertas. E seu impacto expandiu-se até às artes, literatura e ciência.
O helenismo e a literatura
No quesito preservação a literatura helenística não saiu na melhor. Por isso, hoje em dia só restaram alguns fragmentos de obras daquela época. Porém, sabe-se que houveram dois grandes nomes de destaque:
- Calímaco: escreveu hinos, dois poemas épicos e epigramas
- Teócrito: foi responsável pela criação do gênero pastoril
O helenismo e a arte
Naquela época as artes e a educação eram restritas à classe nobre. No entanto, haviam detalhes como na arquitetura, que tornavam a arte um símbolo do helenismo. Eles sempre apresentavam traços orientais, que tornavam-se bem explícitos com o aparecimento do arco e da abóbada. Aliás, foi nessa época também que a representação das diferenças raciais, da velhice, da ira, da infância surgiram.
O helenismo e a ciência
Algumas descobertas desse período são úteis até hoje. Foi nesse período que Arquimedes de Siracusa descobriu o cálculo integral. Além disso, a lei da impulsão e inventou também o planetário e a bomba aspirante.
Por fim, na parte astrônoma da coisa, Hiparco de Niceia foi responsável por atribuir ao ano solar a duração de 365 dias e Aristarco de Samos, conseguiu mostrar que o Sol era a parte central do sistema planetário.
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Fontes: TodaMateria, InfoEscola, Significados, Mundo Educação.
Bibliografia:
- DROYSEN, J. G. Alexandre: o grande. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010, p. 330.
- FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
- GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.
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