O estudo da tabela periódica e, mais profundamente, a classificação dos elementos químicos, costuma provocar um nó na cabeça de muitos estudantes.
Isso ocorre porque são muitos os componentes encontrados na natureza e que precisam ser estudados de acordo com suas propriedades físicas e químicas.
Por isso, nada mais importante do que saber o modo como é montada essa tabela universal dos elementos químicos. Conheça abaixo como são feitas essas classificações, qual a mais utilizada e como ela é feita, além das composições que a definem.
Classificação dos elementos
A classificação periódica dos elementos é feita com base na Tabela Periódica. Esse esquema agrupa os 118 elementos químicos encontrados até hoje na natureza e que são organizados a partir de critérios distintos.
Em primeiro lugar, os elementos que estão em linhas iguais constituem os períodos, que são 7, enquanto as colunas (18 ao todo) são denominadas grupos ou famílias, segundo seus números atômicos.
Sendo assim, existem sete períodos ou camadas, separadas de acordo com letras do alfabeto. São elas a K (1ª camada), L (2ª camada), M (3ª camada), N (4ª camada), O (5ª camada), P (6ª camada), Q (7ª camada).
Por outro lado, essas 18 colunas podem ser divididas em famílias. A família A são os elementos representativos, ao passo que a família B abriga os elementos de transição.
A primeira coluna, ou grupo 1, por exemplo, é a dos metais alcalinos e a última, o grupo 18, a dos gases nobres. Lembrando que os elementos que estão em um mesmo grupo possuem propriedades semelhantes, tais quais brilho, solidez, condução de calor e eletricidade, entre outros.
Conheça abaixo como é feita essa classificação dos elementos em conjuntos, as chamadas séries químicas, de acordo com a sua configuração eletrônica.
Configuração eletrônica dos elementos
O primeiro conjunto de classificação é o dos elementos representativos, pertencentes aos grupos 1, 2 e do 13 ao 17.
Ademais, os elementos ou metais de transição são os grupos de 3 a 12. Nesse sentido, há também os elementos ou metais de transição interno, que pertencem às séries dos lantanídeos e dos actinídeos (duas colunas horizontais posicionadas abaixo do restante).
Em último lugar, estão os gases nobres, pertencentes ao grupo 18.
Todavia, a classificação dos elementos mais comum é feita segundo as propriedades físicas e químicas dos elementos, conforme será visto abaixo.
Propriedades físicas e químicas
Essa primeira classificação dos elementos é feita em cinco grandes grupos: Metais, Não metais, Semimetais, Gases Nobres e Hidrogênio.
Metais
Os metais constituem a maior parte dos elementos existentes na tabela, isto é, dois terços ou 87% da quantidade total. Entre os mais comuns, estão o ouro, cobre, alumínio, ferro e prata.
Entre suas características estão o brilho metálico, a solidez (com exceção do mercúrio – líquido em temperatura ambiente), a condução de calor e eletricidade, são maleáveis (formam lâminas) e dúcteis (formam fios).
Classificação dos elementos – Não metais ou Ametais
São os mais abundantes da natureza, totalizando, ao todo, 11. O carbono (C), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P), enxofre (S), flúor (F), selênio (Se), iodo (I), cloro (CI), bromo (Br) e astato (At).
Essa classificação dos elementos é feita de acordo com as propriedades opostas às dos metais. Desse modo, não são bons condutores de calor e eletricidade, não possuem brilho característico (exceto o Iodo e a Grafita), não são dúcteis e tampouco maleáveis.
Semimetais
Essa classificação está em desuso desde 1986, pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada). Entretanto, muitos ainda utilizam essa definição devido à presença de características intermediárias às dos metais e ametais.
Ao todo, são 7 elementos: o boro (B), silício (Si), germânio (Ge), arsênio (As), telúrio (Te), antimônio (Sb) e polônio (Po).
Segundo as tabelas periódicas que já não usam essa classificação, os elementos germânio, antimônio e polônio são considerados metais. Enquanto isso, o boro, silício, armênio e telúrio são não metais.
Classificação dos elementos – Gases nobres
A classificação desses elementos, que são 6 ao todo, representam os elementos da família 18 (VIII-A ou zero). São eles o hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio.
Eles pertencem a essa divisão pois, além de serem gases em condições ambientes, tem como principal característica a inércia química, isto é, são encontrados na natureza de forma isolada, além de formarem compostos com outros elementos de modo espontânea.
Hidrogênio
O hidrogênio é classificado à parte por ter um comportamento único. Em algumas tabelas, ele aparece na parte central acima, vindo na família 1, nos metais alcalinos, devido à presença de um único elétron em sua camada de valência.
Ademais, é o elemento mais abundante do universo e pode se combinar com metais, ametais ou mesmo semimetais. É muito inflamável em temperatura ambiente e pode ser encontrado nas altas camadas da atmosfera, junto a outros elementos.
E aí, o que achou de saber um pouco mais sobre a classificação dos elementos periódicos? Então, confira também quais são as características da tabela periódica.
Fontes: Manual da Química, Brasil Escola, Mundo Educação, Brasil Escola