A Batalha de Termópilas foi um conflito, entre persas e espartanos, que ocorreu durante a Segunda Guerra Médica. As Guerras Médicas foram uma série de conflitos armados entre os gregos e o Império Aquemênida, durante o século V a.C.
Na época, os persas eram chamados pelos gregos (espartanos) de “medos”. Por conta disso, o nome Guerras Médicas, que também são conhecidas como Guerras Greco-Persas ou Greco-Pérsicas.
Um dos principais motivos para o desenrolar das guerras, inclusive a Batalha das Termópilas, foi o expansionismo dos persas. Ou seja, naquele tempo, o Império Persa adquiriu prestígio político ao conquistar todo o território da Ásia Menor e o território do Egito.
O Império Persa disputava os territórios com os gregos, que eram obrigados a pagar altos tributos aos medos. Além disso, os gregos (espartanos) também eram obrigados a construir estradas e fornecer soldados para as guerras.
Causas da Batalha das Termópilas
Os altos impostos, a construção forçada de palácios e estradas e a perda de soldados -que eram mandados para as guerras – fizeram as colônias gregas se revoltar. Apesar da revolta, e da ânsia por direitos iguais, os gregos foram derrotados pelos persas.
Os conflitos foram o principal motivo para o início da primeira Guerra Médica, que foi vencida por Atenas, após a batalha de Maratona. O Império Persa, liderado pelo rei Xerxes, não estava satisfeito com a situação política e ordenou uma nova invasão à Grécia.
A principal causa da Batalha de Termópilas foi a vontade do então rei do Império Persa, Xerxes, em conquistar ainda mais territórios. Na época, o anseio era conquistar o território e o povo espartano, que se recusou à dominação.
A cidade-estado de Esparta era governada pelo rei Leônidas que, junto dos espartanos, se rendeu à ação de Xerxes. A única forma de deter o rei persa era armando um conflito contra o Império Persa.
Porém, naquela época, o rei espartano encontrou dificuldades para reunir as tropas, já que grande parte da sociedade espartana comemorava as vitórias do deus Apolo, além dos Jogos Olímpicos que ocorriam na Grécia.
Os 300
Com os Jogos Olímpicos ocupando a rotina dos gregos, qualquer conflito bélico estava impossibilitado de ocorrer. Porém, a ameaça persa se aproximava cada vez mais, com o exército de 300 mil homens liderados por Xerxes, que daria início à Batalha de Termópilas.
Do lado espartano, o rei Leônidas conseguiu reunir apenas 301 soldados. Ou seja, a disparidade entre os exércitos era absurda. Porém, o número inferior de soldados não foi motivo para desistência. Com isso, motivados a vencer a guerra, os espartanos conseguiram retardar o ataque dos persas.
Entretanto, o rei Leônidas não contava com um empecilho, que acabaria matando toda a tropa espartana. Um dos soldados, Efialtes – que havia sido impedido de guerrear – traiu o próprio exército e entregou as estratégias espartanas aos solados persas.
Como forma de se vingar do rei Leônidas, por ter o impedido de lutar na guerra, Efialtes mostrou um caminho aos persas que acabaria de vez com a batalha. O caminho levou os espartanos até Termópolis, um desfiladeiro localizado na Grécia.
Na ocasião, os espartanos foram cercados por completo pelos persas que, aproveitando a situação, massacraram os homens de Leônidas na Batalha das Termópilas. O rei espartano teve sua cabeça cortada que, por fim, foi empalada de forma violenta.
O preço da vitória persa
Em síntese, os persas saíram vitoriosos da Batalha das Termópilas. Mas não se enganem! Apesar de o exército espartano contar com apenas 300 homens, os persas tiveram dificuldades em vencê-los.
Além disso, a Batalha das Termópilas é motivo de estudo até os dias atuais, justamente pela bravura que o exército espartano demonstrou no conflito, mesmo depois da morte do rei Leônidas.
Após a vitória persa, o Império liderado por Xerxes foi enfraquecido de diversas formas. Isso porque, o rei Leônidas – com seus 300 homens – conseguiram retardar o exército persa e, com isso, os gregos tiveram tempo de fugir da cidade antes mesmo que os persas chegassem.
Dessa forma, os persas destruíram a cidade de Atenas – que a essa altura, estava vazia – mas acabaram derrotados na batalha naval de Salamina. A batalha foi travada entre persas e atenienses, que lutavam para deter o expansionismo do rei Xerxes.
Inclusive, após a derrota, Xerxes não teve outra opção a não ser fugir. Nesse sentido, voltou para Pérsia e foi assassinado, algum tempo depois.
Aliás, o ex-soldado espartano, Efialtes – que entregou as estratégias do próprio exército – acabou assassinado, sem receber nenhuma recompensa pela qual esperava.
Cinema e a Batalha das Termópilas
A Batalha das Termópilas é motivo de estudo até os dias atuais. Além disso, os 300 guerreiros de Leônidas motivaram a cinematografia e viraram tema de filmes de Hollywood. E não é pra menos! Afinal, foram 300 homens lutando contra um exército de 300 mil.
Em síntese, tudo o que se sabe sobre a batalha foi relatada pelo historiador Heródoto. Entretanto, o historiador utilizou de exageros e falácias para explicar o que realmente aconteceu. Porém, os exageros de Heródoto podem ser vistos nos filmes e quadrinhos que foram produzidos com a temática da batalha.
Por fim, na cinematografia, o primeiro filme – “300 de Esparta” (“300 Spartans”) – foi criado em 1962, dirigido por Rudolph Mate. Mais tarde, Zack Snyder dirigiu o segundo filme com a temática da batalha, “300”, inspirado na história em quadrinhos “Os 300 de Esparta”.
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Fontes: História do Mundo, Info Escola, Educação UOL e Meu Artigo Brasil Escola
Imagens: Direção Concursos, Aventuras na História, Orbis Defense, História de la História, Miletiano e Just Watch