O desenvolvimento da sociedade romana aconteceu na região conhecida como Lácio, na Península Itálica, em meados de 750 a.C.
Um dos fatores que marcou a evolução desse povo foi a estrutura social que teve como principal base a constituição de quatro grupos principais: patrícios, plebeus, clientes e os escravos.
Os quatros principais grupos que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade romana, estiveram presente durante o período monárquico, que durou de 753 a 509 a. C
Origem de Roma
A península itálica já era habitada por diferentes povos, entre meados de 700 a.C. Em suma, cada povo tinha suas próprias características e culturas.
Exemplificando, a divisão era feita entre os militaristas etruscos que habitavam ao norte, os sabinos e latinos que se concentravam no centro, além dos gregos que estabeleceram suas colônias na costa sul da península.
Outro fator importante para o surgimento da sociedade romana, foi a formação desses povos às margens do rio Tibre, uma vez que as terras ao redor favoreciam o plantio e o desenvolvimento dos povos que ali habitavam.
A região do Tibre era estratégica, já que se expandia o acesso ao mar, se tornando uma ponte que favorecia o fluxo de mercadorias para os povos da África e da Ásia.
Em consequência da localização do rio Tibre, e por sua posição estratégica de plantio e de rotas comerciais, os povos que habitavam o centro da península construíram uma fortaleza para se defenderem dos ataques e invasões realizadas pelos povos Etruscos.
Sendo assim, foi a partir dessa união, em torno da fortaleza, que nasceu a sociedade romana.
Por outro lado, a consolidação da sociedade romana só se deu a partir da conquista dos Etruscos sobre a fortaleza construída pelo povo do centro. Estes haviam fundado na região do Lácio a cidade de Roma, que era comandada pelo rei Rômulo.
A lenda por trás da monarquia romana
Em síntese, não existem registros históricos que confirmem a fundação de Roma. Dessa forma, a história sobre como se constituiu a monarquia romana são baseadas em mitos.
O mito relata a história dos irmãos gêmeos, Remo e Rômulo. Eles seriam descendentes do herói de Troia, Enéias e filhos do deus Marte com a humana Reia Sílvia, filha de Numitor, rei de Alba Longa.
Ainda segundo o mito, os gêmeos teriam sido jogados no rio Tibre pelo tirano Amúlio, irmão do rei Numitor. Eles teriam sido encontrados por uma loba que os amamentou e os cuidou.
Os irmãos cresceram e Remo teria sido levado por pastores até o rei Amúlio, que o aprisionou. Rômulo teria descoberto toda a história sobre o seu nascimento e ido até o palácio, matando Amúlio e libertando o irmão e o avô, Numitor.
Como forma de recompensa, Numitor teria concedido aos netos fundar uma cidade às margens do Tibre. Remo foi até o Aventino onde viu seis abutres sobrevoando o monte.
Em seguida, Rômulo teria ido até Palatino e avistado doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando como um recinto sagrado da cidade. Remo, tomado pela inveja, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo.
Sociedade romana
A sociedade passou, ao longo dos anos em que existiu, por várias configurações, como o período Monárquico, Republicano e o Império Romano.
Nesse ínterim, uma das características que constituíram a formação da sociedade romana, foi a divisão entre os grupos que se dividia entre patrícios, plebeus, clientes e os escravos.
Patrícios e Plebeus
Basicamente, os patrícios faziam parte da nobreza, eram detentores de propriedades e terras, além de pertencerem a linhagem dos clãs que fundaram a cidade de Roma.
Outra característica desse grupo foi a estruturação do governo, isto porque os patrícios eram os únicos que desfrutavam dos benefícios políticos de Roma.
Do outro lado estavam os plebeus, estes nãos faziam parte da descendência fundadora de Roma. Ou seja, eram pequenos proprietários, comerciantes ou artesãos.
Em suma, os plebeus tinham pouca representatividade política, o que acabou ocasionando tensões e crises na sociedade romana.
Sociedade Romana – Clientes e escravos
Os clientes eram o grupo que estavam entre os ricos e os pobres. Eles eram protegidos pelos patrícios e se destacavam em consequência da prestação de favores e tarefas, como o militarismo.
Porém, embora fossem livres, eram dependentes da classe que serviam.
Por fim, estavam os escravos, isto é, os miseráveis da sociedade romana. Eles eram os bens de posse de quem os comprava.
Em suma, os escravos eram estrangeiros capturados durante a guerra em outras regiões ou membros da sociedade que passavam a dever outros cidadãos mais ricos e tinham que servir quem estavam devendo.
Em conclusão, esses quatro grupos constituíram a base principal e a formação da sociedade romana.
Dessa forma, a configuração do povo romano estava classificada entre as classes altas e as classes subalternas. Afinal, ambas classes viviam as constantes desigualdades que, basicamente, recaia em que era, ou não, livre.
E aí, gostou de saber mais sobre a formação da sociedade romana? Confira também nosso conteúdo sobre Roma Antiga: costumes, política e a vida no maior império da História.
Fonte: Incrível História, História do mundo, Mundo educação e Info escola
Imagens: Blog de apontamentos escolares, Mitos e Lendas, Info Escola e Educa Mais Brasil