O que é radioastronomia? Origem, radiotelescópios e captação de dados

A radioastronomia é um ramo recente da ciência e estuda o universo e seus componentes, a partir das frequências das ondas de rádio.

O que é radioastronomia? Origem, radiotelescópios e captação de dados

A radioastronomia é um ramo da astronomia que estuda os corpos celestes que estão no universo. Para que isso seja possível, são usadas ferramentas que captam todos os tipos de radiação eletromagnética, como raios gama, ultravioleta e outros.

Todavia, as ondas de rádio provenientes do espaço são captadas por meio de radiotelescópios, um tipo de telescópio mais potente, constituído por uma antena grande (em formato curvo), com dezenas ou até mesmo centenas de metros de diâmetro.

Descoberta no início da década de 1930, a radioastronomia ainda é um ramo recente da ciência astronômica e vem sendo estudada, permitindo que a comunidade científica descubra objetos até então desconhecidos.

Origem da radioastronomia

A radioastronomia teve origem na década de 1930, a partir de estudos desenvolvidos pelo engenheiro eletrônico e físico, Karl Guthe Jansky. Ela foi descoberta enquanto Jansky trabalhava investigando a origem de ruídos que acabavam por interferir na emissão de ondas curtas transatlânticas de radiotelefone.

Karl Guthe Jansky, o grande nome por detrás da radioastronomia.

Assim, Jansky conseguiu identificar duas fontes de interferências, que eram tempestades elétricas. Entretanto, a terceira causa de todos os ruídos só foi descoberta após um ano inteiro de estudos.

Após várias pesquisas, o resultado apontou que o sinal constante tinha origem no céu. Nesse sentido, deu-se origem aos primeiros registros de captação de ondas vindas de corpos celestes, consequentemente chamados de radioastronomia.

A radioastronomia começou a ser bastante usada após a Segunda Guerra Mundial e se tornou uma das linhas de pesquisa mais importantes. Com o seu desenvolvimento, foi possível descobrir objetos distantes da Terra, como é o caso dos quasares, estrelas com emissões grandiosas, como se fossem uma centena de galáxias reunidas.

Os radiotelescópios

Na radioastronomia, o instrumento usado para captar os sinais emitidos por estrelas, galáxias, quasares e corpos existentes no espaço sideral é conhecido como radiotelescópio. De maneira simples, esse instrumento pode ser comparado a uma antena de rádio gigante, equipada com um receptor de sinal bastante sensível.

O que é radioastronomia? Origem, radiotelescópios e captação de dados
Radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico.

Explicando melhor a ferramenta usada pela radioastronomia, cada radiotelescópio é formado por uma antena grande em formato curvo, podendo ter dezenas ou até mesmo centenas de metros em seu diâmetro. Um conjunto de radiotelescópios trabalhando ao mesmo tempo acaba formando um interferômetro.

Todavia, a maioria dos radiotelescópios possui também um gravador, que armazena o conteúdo para outras análises. Além disso, possuem também um sintonizador que permite a escolha da frequência de captação de sinais.

Radiotelescópios pelo mundo

O maior radiotelescópio do mundo (RATAN-600) está localizado na Rússia e tem uma antena com mais de 570 metros de diâmetro. Entretanto, o mais famoso radiotelescópio está na cidade de Arecibo, em Porto Rico.

Sua antena tem 305 metros de diâmetro e foi construído em uma cratera de um vulcão extinto. Considerado como o maior instrumento fixo do gênero, ele foi utilizado em 1974 para transmitir uma mensagem com informações sobre o nosso planeta, na esperança de que outras formas de vida captassem-na.

O que é radioastronomia? Origem, radiotelescópios e captação de dados
Rádio Observatório de Itapetinga, localizado em Atibaia (SP).

Outros radiotelescópios importantes são o VLA (Very Large Array), no Novo México; o Alma (que funciona com 66 antenas), no Chile – que detectou uma estrutura espiral em volta de uma estrela antiga e o Allen, que quando finalizado contará com 350 antenas trabalhando em conjunto.

No Brasil, a radioastronomia é representada pela Rádio Observatório de Itapetinga (ROI), o principal radiotelescópio do país. Sua antena chega a aproximados 14 metros de diâmetro. Outros exemplares da ferramenta estão no Ceará e em Cachoeira Paulista, em São Paulo.

Radioastronomia e a captação de ondas

O radiotelescópio funciona de maneira bem simples. Sua antena em formato parecido com os das parabólicas, coleta o sinal e envio do mesmo para o receptor. Assim que o sinal é enviado para o receptor, ocorre uma amplificação que logo é enviada para o gravador e analisada posteriormente.

O que é radioastronomia? Origem, radiotelescópios e captação de dados
Olhar Digital.

Todavia, os corpos celestes emitem, além da luz visível, a luz infravermelha, os raios X, os raios ultravioletas, os raios gama e os sinais de rádio. Assim, de acordo com a frequência da onda, é possível ter conhecimento do tipo de elemento encontrado no céu, dentro da cobertura dos radiotelescópios.

Essa principal ferramenta usada pela radioastronomia é capaz de determinar elementos de um objeto, além de captar as galáxias existentes, estrelas e quasares, quase sempre distante da nossa Via Láctea.

Então, o que achou da matéria? Se gostou, leia também: Luas de Saturno – Quais são, características e origem dos nomes.

Fontes: Site Astronomia, Tecmundo, Lidy Monteiro

Imagens: Agência Pixel, Science Source, Tecnoblog, Cidade e Cultura, Olhar Digital

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