História do papel – Como surgiu e a sua importância desde a Antiguidade

A história do papel teve início na China, no século II, e revolucionou a forma como nos comunicamos até hoje por meio da escrita.

História do papel: como surgiu e a sua importância desde a antiguidade

Você já parou para pensar sobre a importância do papel na nossa vida? Afinal, é através dele que registramos tudo que é escrito em documentos, livros ou qualquer outro material comunicativo. Daí a necessidade de estudar sobre a história do papel.

Antes de sua invenção, o ser humano precisou desenvolver técnicas de comunicação que fossem capazes de expressar o que deveria ser transmitido. Para isso, eram gravados em pedras ou metais símbolos, palavras ou desenhos que estabelecessem a oralidade.

Os tipos mais conhecidos dos primórdios da escrita foram o papiro e o pergaminho. O papiro tem origem egípcia e era feito com junco, uma planta que, ao ser imersa em água, dava origem ao material, semelhante a um tecido.

Por sua vez, os pergaminhos eram feitos a partir do couro curtido de bovinos e, portanto, mais resistentes. Apesar disso, seu custo era muito elevado.

A história do papel

A história do papel que conhecemos hoje teve origem na China, no século II, criado pelo ministro da agricultura Tsai-Lun. Os registros datam a criação do papel no ano de 123 antes de Cristo.

História do papel: como surgiu e a sua importância desde a antiguidade
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Dessa maneira, para produzi-lo, eram misturadas cascas de árvores e restos de tecidos, que eram cozidos e, posteriormente, amassados. Essa massa era espalhada em uma peneira e colocada ao sol para secar.

Tendo em vista o achado que foi essa invenção, os chineses mantiveram esse processo de produção em sigilo por mais de 600 anos, o que só foi descoberto pelos árabes no ano de 751. Em seguida, a técnica foi assimilada pelo Ocidente somente a partir do século XI.

Nesse sentido, um dos primeiros países, fora da China, a se apropriar da técnica de criação do papel foram os espanhóis.

O marco da invenção da imprensa

Durante a história do papel, com a invenção da imprensa, em 1440, os livros tornaram-se acessíveis para a maior parcela do público, o que consequentemente impulsionou a produção de papel. Em contrapartida, máquinas começaram a ser utilizadas na produção do artefato.

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Os holandeses foram alguns dos pioneiros na adoção da força hidráulica pra preparar as fibras que produziram o papel. Contudo, a primeira máquina a criar o papel foi criada na França e aperfeiçoada na Inglaterra, com o método dos irmãos Fourdrinier.

Na Alemanha, as primeiras invenções surgiram no século XII, nas cidades de Kaufheuren e Nuremberg. Por outro lado, a França iniciou a produção em Troyes com o primeiro moinho; enquanto a Inglaterra teve Stevenage como cidade pioneira.

Apesar disso, a invenção era inteiramente artesanal e bastante lenta, uma vez que as folhas de papel eram feitas uma a uma. 

Em contrapartida, a história do papel teve outra grande mudança apenas no século XVIII, com a modernidade das máquinas e do processo de produção desencadeado pela Revolução Industrial, além do avanço intelectual do Renascimento.

O papel nas Américas e no Brasil

A história do papel nas Américas começou primeiro nos Estados Unidos, com a invenção da primeira fábrica, em 1690, na Pensilvânia. Em um intervalo de pouco mais de um século, já existiam mais de 180 fábricas no país, o que dificultava a oferta de tecido, principal matéria-prima que produzia o material.

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Em seguida, a história do papel no Brasil foi marcada pela instalação da primeira fábrica localizada em Andaraí Pequeno, no Rio de Janeiro. O início da produção se deu a partir da vinda da Família Real, que governava sua colônia presencialmente graças à invasão do Império Napoleônico, em Portugal.

O desenvolvimento industrial que avançava no Brasil, por consequência, atraiu a chegada de imigrantes, que fortaleceram a produção do papel com seus conhecimentos.

Importância da história do papel

O papel se tornou um dos produtos mais consumidos em todo o mundo, fazendo parte da história de toda a humanidade ao promover e facilitar os processos de comunicação entre os seres humanos. É através dele que você lê um livro ou assina um documento, por exemplo.

História do papel: como surgiu e a sua importância desde a antiguidade
O eucalipto produz papel de forma sustentável, ou seja, que não produz danos ao meio ambiente.

Atualmente, suas tipificações são várias, já que ele pode ser usado para diversos fins. Tem o papel couché (indicado para o rótulo de embalagens, folhetos e revistas), o papel monolúcido (utilizado na impressão de sacolas e etiquetas) e a cartolina utilizada em trabalhos escolares. Ademais, há os papéis para embalagens e o papelão ondulado, que faz parte de caixas para supermercados.

Ah! E não podemos esquecer do papel higiênico, tão utilizado nos domicílios brasileiros. Esses são apenas alguns dos principais tipos, que contam com a vantagem de serem sustentáveis e não agredirem o meio ambiente.

No Brasil, 95% dos papéis são feitos de troncos de árvores cultivadas. Dessa forma, a mais utilizada é o eucalipto, que possui um rápido crescimento.

E aí, o que você aprendeu sobre a história do papel? Saiba mais sobre o assunto no texto sobre a Escrita. Boa leitura!

Fontes: Tecnicopias, Portal São Francisco, Cola da Web, Unesp

Imagens: ML Paper, J3 Notícias, Exame, Historiando, Timbeter

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