Crise de 1929, o que foi? Contexto histórico, causas e consequências

A Crise de 1929 teve início nos Estados Unidos e provocou um enorme colapso do capitalismo, espalhando-se pelo mundo inteiro.

Crise de 1929, o que foi? Contexto histórico, causas e consequências

A Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, foi um momento ameaçador para o sistema capitalista. Ocorrida entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a Crise de 1929 foi um dos momentos mais impactantes da história mundial.

Todavia, a Crise de 1929 aconteceu entre setembro e outubro daquele ano, nos Estados Unidos. Um dos desdobramentos cruciais para a consolidação desta crise foi a quebra da bolsa de valores de Nova York.

Nesse sentido, os eventos econômicos que aconteceram e culminaram na crise e no crash da bolsa de valores duraram até meados da década de 1930. Todavia, a Crise de 1929 marcou a decadência do liberalismo econômico.

Contexto histórico da Crise de 1929

Antes mesmo da Crise de 1929 ter início, os Estados Unidos eram a maior economia do mundo. Na verdade, durante a década de 1920, o país experimentou um grande crescimento econômico, conhecido como Roaring Twenties (Loucos Anos Vinte).

Crise de 1929, o que foi? Contexto histórico, causas e consequências
Durante a década de 1920, o jazz representava a euforia americana.

Nesse sentido, esse período se caracterizou pelo alto consumo de mercadorias, o que dava margem para a consolidação do American way of life. Assim, esses avanços econômicos fizeram com que os Estados Unidos fossem responsáveis por 42% da produção mundial de mercadorias.

Contudo, os Estados Unidos se caracterizaram por ser uma nação credora, no intuito de emprestar dinheiro para os países da Europa, que estavam se reconstruindo após o período das guerras.

Nesse sentido, essa relação econômica gerou uma certa dependência comercial, que sofreu modificações à medida que a Europa se recuperava. Paralelamente, o Banco Central americano fazia empréstimos a juros baixos, no intuito de dar fomento ao consumo da população.

Durante os anos de 1923 e 1929, o país tinha uma taxa média de desemprego em 4%, ao passo que a produção automobilística aumentou em 33%. O número de indústrias por todo o território americano aumentava em 10% e o faturamento do comércio quintuplicou.

Esse cenário de euforia fez com que as pessoas investissem no mercado financeiro. Durante toda a década, a bolsa de Nova York conseguiu investimentos consideráveis das empresas, criando uma falsa sensação de prosperidade.

A quebra da bolsa de valores

Todo o investimento na bolsa e a sensação de que o mercado financeiro ia bem, foi por água abaixo no dia 24 de outubro de 1929. Naquela quinta-feira negra, havia mais ações do que compradores, resultando na queda dos preços e na crise de 1929.

Nesse sentido, os americanos que teriam investido na bolsa de valores acabaram decretando falência após a bolha da especulação estourar. O efeito teve proporções grandiosas, afetando bolsas de valores em Tóquio, Londres e Berlim, que tiveram um prejuízo sem precedentes.

Jornal da época noticia o crash da Bolsa de Valores.

Todavia, a quinta-feira negra ficou marcada pela venda de ações. Ao todo, foram colocadas à venda mais de 12 milhões de ações, gerando uma movimentação no mercado, que entrava em pânico.

A situação continuou por mais quatro dias, até que em 28 de outubro de 1929, mais 33 milhões de ações foram postas à venda. Como resultado disso, o valor das ações caiu drasticamente, ocasionando a quebra da economia americana, que perdia bilhões de dólares.

Causas da Crise de 1929

As causas da Crise de 1929 estão relacionadas aos créditos financeiros com juros baixos e, também, à falta de regulamentação da economia americana.

Paralelamente, a indústria seguia acelerada e a população já não consumia na mesma proporção, gerando estoques de produção.

Desempregados tomavam conta das ruas.

Na Europa, por sua vez, os países já haviam conseguido a reestruturação econômica e os créditos que vinham da América já não eram necessários.

O mercado financeiro experimentava a especulação da bolsa, que tinha vários investimentos. Assim, com a diminuição do consumo e menos investimentos do setor industrial, uma maneira de diminuir o déficit da indústria era com a demissão de funcionários.

A Crise de 1929 e suas consequências

A Crise de 1929 trouxe severas consequências para os Estados Unidos, sobretudo para a economia americana, espalhando-se por todo o país. Entre 1929 e 1933, o país apresentou queda de 50% no PIB, além de taxas de desemprego em 27%.

O presidente americano Franklin Roosevelt.

Nesse sentido, com a queda das importações e das exportações, que experimentaram uma baixa vertiginosa, os empréstimos internacionais diminuíram em 90%. O setor automobilístico também andava em baixa e o salário nas linhas de produção caía pela metade.

Todavia, o cenário geral era de falência de milhares de pessoas, empresas e bancos. O Estado americano interveio na produção industrial e agrícola, e criou um plano de recuperação, conhecido como New Deal (Novo Acordo).

Então, o que achou da matéria sobre a crise de 1929? Se gostou, leia também: O que são blocos econômicos? Origem, tipos de grupos e países envolvidos.

Fontes: Brasil Escola, Politize, Toda Matéria, Brasil Escola, Todo Estudo

Imagens: La Soga, Uppermag, Suno Research, O Povo, The Nation

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