O corpo humano produz diversos hormônios responsáveis por manter em equilíbrio as funções biológicas do organismo. Dentre esses hormônios está o cortisol, também conhecido como hormônio do estresse. A principal função desse hormônio é regular os níveis de estresse que a vida moderna causa.
Em síntese, quando passamos por períodos estressantes, como trabalhar constantemente sem pausa, o nível de estresse no corpo aumenta. Consequentemente, o hormônio do cortisol é liberado de forma descontrolada, causando sérios efeitos no organismo. Porém, quando controlado, o hormônio do estresse é benéfico para o corpo.
Ou seja, para manter o equilíbrio, os níveis do hormônio devem permanecer elevados durante o dia – para que o corpo tenha energia. Já durante a noite, é comum que o hormônio adquira níveis baixos e, assim, o controle hormonal se mantenha em constância. Porém, com a vida cada vez mais corrida, é difícil controlar os altos e baixos do hormônio do estresse.
Mas afinal, o que pode ocorrer se os níveis do hormônio do estresse estiverem em desiquilíbrio? Vamos descobrir!
Definição de cortisol
O cortisol é o hormônio que controla os estímulos que recebemos do meio externo, ou seja, em momentos de estresse ou raiva. De forma geral, o hormônio é responsável por manter em equilíbrio os níveis de estresse ao longo do dia. Sendo assim, o comum é que, durante o dia, o hormônio permaneça consideravelmente elevado e, durante a noite, esse nível diminua.
Em síntese, o hormônio do estresse é produzido na parte mais externa das glândulas suprarrenais, chamada de córtex supra renal. Assim, quando o corpo é submetido à situações de estresse, é o cortisol que libera estímulos para que possamos reagir da melhor maneira às situações.
Então, imagine uma pessoa que está constantemente passando por situações estressantes. Nestes casos, a liberação do hormônio do estresse mantém altos níveis em constância e, consequentemente, o corpo reage de forma negativa. Os sintomas do desiquilíbrio do cortisol aparecem tanto quando o nível está elevado e, também, quando o hormônio está sendo produzido de forma reduzida.
Nível de cortisol baixo
Em alguns casos, o nível do hormônio do estresse pode ser produzido de forma reduzida. Isso ocorre quando as glândulas adrenais apresentam alguma disfunção, como depressão crônica ou inflamação. Além disso, a falta de corticoide no corpo, como prednisona ou dexametasona, pode alterar os níveis de cortisol, reduzindo sua produção no organismo.
Assim, quando o hormônio do estresse está baixo os sintomas mais comuns são:
- Falta de energia e fadiga;
- Ausência de apetite;
- Músculos e articulações doloridos;
- Febre baixa;
- Infecções e anemia;
- Hipoglicemia;
- Pressão baixa.
Cada um dos sintomas depende da produção de cortisol no organismo, pois o hormônio faz parte das funcionalidades biológicas do corpo. Nesse sentido, quando há a presença desses sintomas, é recomendado o uso de corticoides para manter os níveis hormonais em equilíbrio.
Nível de cortisol alto
Assim como a produção reduzida do hormônio do estresse causa consequências no corpo, os níveis elevados também apresentam sintomas. O cortisol alto é provocado pelo consumo de corticoides em excesso. Além disso, alterações nas glândulas suprarrenais provocadas por estresse ou algum tumor, também provocam alteração.
Os sintomas mais comuns, neste caso, são:
- Aumento do peso e perda de massa muscular;
- As chances de osteoporose aumentam;
- Baixo crescimento;
- Dificuldade na aprendizagem;
- Testosterona diminuiu;
- Desidratação e vontade excessiva em urinar;
- Diminuição da libido;
- Período menstrual irregular;
Cortisol no organismo
A liberação do cortisol no organismo é feita pela glândula suprarrenal. Normalmente, o copo entende que os níveis de produção do hormônio devem ser elevados durante o dia e, durante a noite, o nível se estabilize. Na teoria, durante a noite, é o momento em que o corpo se prepara para descansar.
Porém, a rotina dos seres humanos está cada vez mais alterada por diversos fatores. Dentre eles está a falta de atividades de proporcionam prazer, como lazer e descanso, além da alteração dos ciclos circadianos. Ou seja, quando a pessoa não mantém uma rotina de sono e pratica exercícios quando o corpo está se preparando para descansar.
Dessa forma, essas ações acabam desencadeando na liberação desequilibrada do hormônio do estresse no organismo. O desiquilíbrio hormonal, com o tempo, se torna acumulativo e a glândula suprarrenal perde a capacidade de elevar ou diminuir o cortisol no corpo. Com isso, o organismo perde de forma gradual a produção do hormônio do estresse, evoluindo para um quadro de hipocortisolismo.
O que é hipocortisolismo?
Em síntese, o hipocortisolismo é caracterizado como a redução do nível de produção do hormônio do estresse. As principais causas são hábitos pouco saudáveis, além de períodos constantes de estresse. Quando a pessoa possui hipocortisolismo o processo de envelhecimento é acelerado, além do surgimento de diversas doenças degenerativas.
Mantendo o cortisol em equilíbrio
Para que a produção de cortisol se mantenha em equilíbrio, é preciso adotar algumas medidas diárias. Nesse sentido, as chamadas “atividades de reabastecimento”, como meditação e yoga, são as mais recomendadas. Isso porque, atividades de relaxamento da mente auxiliam o corpo a se manter no presente.
Caso os níveis de estresse estejam muito elevados, trocar os exercícios físicos de alta intensidade por práticas mais leves, como natação e caminhada, pode ser vantajoso. Além disso, os altos níveis de cortisol podem diminuir consideravelmente no contato com a natureza. Invista, também, em alimentos que sejam ricos em magnésio. Ou seja, são alimentos que auxiliam no sono restaurador e no equilíbrio do cortisol.
Exame
A princípio, a avaliação do nível de cortisol no organismo por ser feito de três formas, sendo elas:
- Exame por meio da saliva – neste caso, o exame analisa a quantidade de cortisol na saliva. Ou seja, por meio do exame salivar é possível identificar estresse crônico ou diabetes, por exemplo;
- Exame por meio da urina – o exame é feito analisando a quantidade de cortisol livre na urina;
- Exame de sangue – neste exame o sangue é coletado para analisar o nível de cortisol livre e proteico no material sanguíneo. Além disso, por meio do exame de sangue é possível diagnosticar a Síndrome de Cushing.
Em síntese, os níveis de cortisol no organismo sofrem variações ao longo do dia. Por conta disso, para analisar o hormônio no corpo, a coleta do material é feita em duas partes: de manhã, entre 7 e 10h, e na parte da tarde, às 16h. O exame realizado na parte da manhã é chamado de exame do cortisol basal ou exame do cortisol 8 horas. Já o exame realizado às 16h recebe o nome de exame do cortisol 16 horas.
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Fontes: Manipule, Longevidade Saudável e Cuidaí
Imagens: Instituto Ana Paula, Revista Vida e Arte, Nutrativa e Viva Bem UOL