Os tipos de moradia são as diferentes moradas que o homem constrói. Isso de forma individual ou de forma coletiva. Sendo que a intenção é habitar essas moradas que passam a ser o seu lar.
Dessa forma, as moradias são construídas de acordo com as necessidades e as condições de cada pessoa. Na construção, usa-se tanto elementos da natureza, quanto elementos artificiais.
Cada tipo de moradia tem a sua particularidade. Mas todas elas servem de refúgio contra as intempéries da natureza e outras situações de perigo.
As moradias costumam ser adaptadas para cada tipo de local onde são construídas. Por isso, é essencial levar em conta as características geográficas do local.
Por exemplo, deve-se levar em conta o tipo de solo, a presença ou falta de recursos hídricos, o espaço disponível, o clima e etc.
Além disso, os tipos de moradias se relacionam com a cultura de cada povo. Com isso, os tipos de moradias podem servir para identificar elementos culturais, tradições e o desenvolvimento econômico de cada povo.
Por fim, vale destacar que muitas pessoas no mundo não têm um lar. No entanto, ter uma moradia é um direito fundamental de todas as pessoas, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Tipos de moradia mais comuns pelo mundo
As casas seguem fatores geográficos, econômicos, culturais, condições e necessidades de um indivíduo.
Sendo assim, a primeira divisão consta na forma de organização. Ou seja, uma moradia pode ser tanto individual quanto coletiva.
Além disso, o uso de elementos naturais e artificiais, bem como a própria estrutura de construção resultam nos vários tipos de moradia encontrados. Sendo que os principais são:
1- Casa de alvenaria
As casas de alvenaria são as construções tradicionais que têm tijolos, argamassa e telhas como base. A isto, podem ser acrescentados outros itens como, por exemplo, vidro, pedras, concreto e cerâmica.
Além disso, uma casa pode ser construída com um andar (casa térrea) ou mais (sobrado).
Desse modo, vale observar que as casas de alvenaria são moradias coletivas. Contudo, também podem ser agrupadas nos condomínios fechados de alto padrão.
Aliás, o objetivo, nesses casos, é dispor de maior segurança para os moradores. Dessa forma, é oferecida estrutura completa, incluindo áreas de lazer e comércio.
De acordo com geógrafos como Luciana Teixeira de Andrade, condomínios fechados representam novas dinâmicas metropolitanas.
Ao passo que as classes sociais mais baixas eram marginalizadas e viviam em casas nos perímetros urbanos, agora é comum que a elite busque uma forma de vida mais segregada.
2- Edifícios de apartamento
Os edifícios de apartamento são fruto da expansão urbana. Tendo em vista a necessidade de agrupar o maior número possível de pessoas, de maneira confortável, em um mesmo espaço.
Em resumo, são moradias verticalizadas e coletivas, nos quais residem famílias distribuídas em andares.
A construção de um prédio, aliás, é de muita responsabilidade. Portanto, envolve equipe completa de profissionais, como engenheiros civis, arquitetos e eletricistas. Hoje em dia, o mesmo vale para muitas casas.
Curiosamente, a história dos apartamentos vem desde a Antiguidade. Só para ilustrar, na Roma Imperial eram construídos edifícios de até cinco pavimentos para habitação coletiva.
Sendo que esses locais eram construídos nos centros urbanos por cidadão mais ricos e alugados à classes menos favorecidas da sociedade.
3- Palafita
Existem regiões constantemente alagadas pela cheia de rios, onde moram as chamadas populações ribeirinhas.
Por vezes, as pessoas moram em casas construídas com madeira sobre estacas, usando ainda papelão, isopor, plástico e lataria.
Sendo assim, o objetivo é elevar as casas para evitar que sejam invadidas pela água. As palafitas, portanto, são muito comuns em regiões tropicais e equatoriais.
Contudo, podem ser encontradas também em outras partes do mundo, como por exemplo, em favelas e encostas.
As palafitas costumas ser consideradas como assentamentos informais. Isso porque, elas rompem com o padrão espacial habitual. Aliás, aqui no Brasil, esse tipo de moradia é muito popular entre a população ribeirinha.
4- Oca
As ocas, nome que vem do tupi, são moradias típicas das comunidades indígenas. De maneira geral, elas são moradias coletivas feitas com troncos, galhos, cipó, folhas e palhas.
Apesar de parecerem frágeis, as ocas são casas muito resistentes. O tamanho de uma oca vai depender do que a comunidade precisa. Sendo que podem chegar a 30 m de comprimento, e pode comportar até 100 indivíduos.
Outra característica importante das ocas, aliás, é a falta de portas e janelas. Isso permite a livre passagem dos moradores.
5- Casas de pau a pique
Também conhecidas como taipa de mão, essas construções antigas ainda aplicam técnicas rudimentares. Em resumo, elas são feitas por meio do entrelaçamento das madeiras fixas com vigas unidas por barro.
Por outro lado, o telhado pode ser feito com barro, telhas e folhas. E sim, esse tipo de moradia ainda é comum em certas regiões do interior do país.
Além disso, é um método significativo para a arquitetura brasileira, já que ele foi muito usado durante a colonização portuguesa. Isso tanto na construção de casas quanto de igrejas.
Contudo, um grande problema das casas de pau a pique é sua fragilidade.
Isso porque, esse tipo de casa permite a ação dos elementos naturais, como vento, chuva e sol. Assim, podem aparecer rachaduras, fendas, sem contar com a fácil invasão de animais e terceiros.
6- Iglus
Por fim, esses que, com certeza, você deve ter visto em filmes e desenhos! Estereótipo das regiões polares, os iglus são feitos com blocos de neve para abrigar pequeno ou grande número de habitantes, a depender do tamanho.
Habitualmente, os iglus têm construção em forma de cúpula e não dispendem de muita dificuldade ou recursos.
Dessa forma, o objetivo das pessoas que os constroem, certamente, é fugir do frio, além de evitar o ataque de animais.
Modernização das casas e o direito à moradia
Atualmente, vem se discutindo a questão da modernização das casas, que ganharam até o status de inteligentes.
Em síntese, casa inteligente é aquela capaz de realizar funções lógicas e tem uma capacidade de aprender automaticamente a se adequar as necessidades do indivíduo. Esse é apenas um exemplo dos tempos modernos.
Enfim, independente dos tipos de moradia, é de suma importância lembrar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura a moradia como direito fundamental.
Dessa forma, no Brasil, a Constituição de 1988 rege a habitação como direito de todos.
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Fontes: Grupo Escolar; Escola Kids; e VivaDecora.
Bibliografia:
- ANDRADE, Luciana Teixeira de. OS CONDOMÍNIOS FECHADOS E AS NOVAS DINÂMICAS METROPOLITANAS. In: X ENCONTRO DE GEÓGRAFOS DA AMÉRICA LATINA. 2005. [S.L.]. Anais […]. São Paulo; 2005. p. 837-852.
- LIMA, Raquel Rodrigues. EDIFICIOS DE APARTAMENTOS: um tempo de modernidade no espaço privado. 336 f. Tese (Doutorado) – Curso de História do Brasil, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; 2005. Cap. 3.
- MENEZES, Tainá Marçal dos Santos. PERDIGÃO, Ana Klaudia de Almeida Viana; PRATSCHKE, Anja. O tipo palafita amazônico: contribuições ao processo de projeto de arquitetura. Oculum Ensaios; [S.L.], v. 12; n. ;, p. 237; 15 dez. 2015. Cadernos de Fe e Cultura, Oculum Ensaios, Reflexao, Revista de Ciencias Medicas e Revista de Educacao da PUC-Campinas.
- CASAS INTELIGENTES. Lisboa: Centro Atlântico; 2003.