Tigres Asiáticos é o nome dado para o bloco econômico formado por quatro países da Ásia: Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e Hong Kong. Eles são marcados por um excelente desenvolvimento do processo de industrialização, ocorrido a partir da década de 1970.
A princípio, o nome foi dado devido o tigre ser um animal asiático. Além disso, a figura dele representa agilidade e crescimento, exatamente o que os governos esperavam no desenvolvimento dos países.
Os tigres Asiáticos faziam parte da IOE (Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, o objetivos dos países era exportar uma diversa produção para países desenvolvidos.
Logo, no início, o consumo interno não era prioridade e os impostos sobre as mercadorias eram elevados.
Investimento nos países
Antigamente, até os anos 60, a região do continente asiático tinha uma economia totalmente dependente de matérias-primas e exportações de outros locais.
Além disso, a qualidade social dos países era ruim, com taxas elevadas de analfabetismo e condições de trabalho precárias, bem como, salários abaixo do esperado.
Posteriormente, com a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética resolveram procurar apoio de outros países, pois era muito importante ter aliados em uma guerra.
Com isso, alguns governos receberam investimentos dos Estados Unidos e, em troca, viraram aliados.
Logo, surgiu o capital necessário para investimento na industrialização no sudeste da Ásia, em busca de desenvolvimento econômico e melhores condições para o país.
Além do mais, o Japão, que já era desenvolvido na época, investiu também nos Tigres Asiáticos, visando ampliar sua produção por fronteiras.
Nesse ínterim, as décadas seguintes marcaram um dos maiores índices de crescimento do mundo, todo concentrado em uma região.
Principais características
O bloco econômico se destacou por sua singularidade na industrialização da região. Dessa forma, todas as empresas que estavam em desenvolvimento eram voltadas para o comércio exterior.
Por isso, os governos deram total apoio para produção, contribuindo com transporte, comunicação e energia.
Junto aos investimentos estrangeiros na modernização, vieram o reconhecimento de destaque pela parte técnica que estavam exercendo.
Portanto, os países receberam isenção para importação de máquinas necessárias para o desenvolvimento e para gerar lucros.
Outra característica bem marcante no início dos Tigres Asiáticos era a mão-de-obra barata e qualificada. Os trabalhadores eram treinados para realizar com qualidade todo o trabalho.
Entretanto, se comparado aos salários pagos em outros países, eles não recebiam bem. Todavia, eles se destacaram e ficaram bem vistos pelo excelente trabalho realizado com total disciplina.
Em suma, três, dos quatro países que faziam parte dos Tigres Asiáticos, menos a Coreia do Sul, optaram por uma política que visava atrair indústrias transnacionais e, por isso, criaram Zonas de Processamento de Exportações.
Por outro lado, o país sul coreano optou pela instalações de “chaebols”, que são redes de empresas que possuem como características principal os fortes laços familiares. Como exemplo, podemos citar: Samsung, Lucky Gold Star, Hyunday e Daewoo.
Novos Tigres Asiáticos
Como dito anteriormente, os governos dos países investiram muito na capacitação e, com o tempo, a tecnologia foi fazendo cada vez mais parte do dia a dia da população.
Logo, o crescimento econômico tomou conta deles. Com isso, a qualidade de vida melhorou, acumularam capital e tornaram-se países desenvolvidos.
Empresas locais começaram a dar lucro e conseguiram a tão desejada autonomia econômica. Como resultado, resolveram expandir para países vizinhos para que também iniciassem o processo de industrialização.
Os países que fazem parte dos novos Tigres Asiáticos são: Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Os países receberam investimentos oriundos dos quatro primeiros países do bloco econômico e de outros países desenvolvidos.
Por fim, as indústrias dos novos Tigres Asiáticos possuem como foco principal calçados, alimentos, têxteis e brinquedos.
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Fontes: Brasil Escola, Mundo Educação, InfoEscola e COC
Imagens: Suno Research, Estudo Prático e Cola na Web