A Teoria Crítica surgiu como objeto de estudo da Sociologia, a partir da criação da Escola de Frankfurt. Seu surgimento, entretanto, está associado ao pensamento marxista de estudiosos que trabalhavam no Instituto de Pesquisas Sociais.
Todavia, os integrantes da Escola de Frankfurt trabalhavam de maneira que o conhecimento produzido estivesse também ao alcance do que se encontrasse fora do círculo social e de trabalho do Instituto de Pesquisa Social, a fim de trazer mudanças ou transformações na sociedade.
Nesse sentido, a Teoria Crítica é parte integrante do pensamento dos filósofos da Escola de Frankfurt, que criticavam a ordem política e econômica vigente. Para ambos, esta ordem vigente tem como objetivo transformar a sociedade em algo padronizado.
Origem da Teoria Crítica
A Teoria Crítica teve origem em 1924, na Escola de Frankfurt e no Instituto de Pesquisas Sociais, ambos departamentos do curso de Sociologia da Universidade de Frankfurt, na Alemanha.
Nesse sentido, acreditava-se que a Teoria Crítica deveria ajudar na melhoria do entendimento acerca da sociedade, criticando e mudando o todo. A Teoria Crítica se opõe à visão tradicional, pois esta última se atenta somente a entender e explicar a sociedade.
Apesar de sua origem nos levar ao ano de 1924, a Teoria Crítica só conseguiu se estabelecer no final da década de 1940, após a Segunda Guerra Mundial e os terrores do nazismo. Inclusive, a primeira geração da Escola de Frankfurt era formada, em sua maioria, por judeus.
Nesse sentido, o grupo sofreu com perseguições políticas e acabou dividindo os estudos na Suíça, em Paris e, finalmente, nos Estados Unidos. A dispersão causada pela perseguição do regime nazista fragmentou a produção intelectual em uma série de estudos contraditórios e antagônicos.
Características da Teoria Crítica
A Teoria Crítica encontra-se inserida em uma interpretação materialista, marxista e multidisciplinar, acumulando conhecimento e contribuições em outras matérias. Nesse sentido, é uma ferramenta para analisar a sociedade industrial e os fenômenos sociais contemporâneos.
Todavia, a Teoria Crítica busca a criação de uma sociedade racional e livre, que consiga atender às demandas principais. Assim, além de seu caráter emancipatório, ela ainda revela a manipulação exercida pelo capitalismo na sociedade e, por conseguinte, na economia e cultura.
Procurando entender as diversas formas de expressão, a Teoria Crítica age ao examinar as condições sociais encontradas por grupos ou indivíduos, na esperança de encontrar estruturas escondidas nessas relações que acabam sendo propícias para que haja opressão.
Nesse sentido, agindo de forma a encontrar essas falhas no sistema, a Teoria Crítica desenvolvida no âmbito da Sociologia alemã busca promover mudanças positivas nas vidas das pessoas, a partir do conhecimento e de questionamentos ao sistema.
Principais pensadores
A primeira geração da Escola de Frankfurt, e que desenvolveu a Teoria Crítica enquanto objeto de estudo e de questionamento da sociedade moderna capitalista, é composta por Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse.
Todos os pensadores eram intelectuais de esquerda e se apoiavam nos ideais marxistas. Nesse sentido, suas contribuições foram as mais variadas. Por exemplo, Horkheimer e Adorno fizeram críticas à Indústria Cultural, responsabilizando-a pela manipulação e pela homogeneização da sociedade.
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Fontes: Uol, Brasil Escola, EducaBras
Imagens: Curso Enem Gratuito, Estadão, Comunidade Cultura e Arte, Outras Palavras