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Revolução Constitucional – O que foi, quando ocorreu e impactos
Como reação ao governo de Getúlio Vargas, a Revolução Constitucional de 1932 foi um levante militar que aconteceu em São Paulo

Primeiramente, a Revolução Constitucional de 1932 foi uma reação das elites brasileiras aos rumos tomados pela política brasileira com o governo de Vargas.
Além disso, a fim de acabar com as oligarquias, novos representantes do poder decidiram extinguir o Congresso Nacional. Além disso, os deputados das assembleias estaduais também forem extintos. Para substituí-lo novos delegados e interventores precisaram ser nomeados com a aprovação do presidente.
Apesar do nome Revolução Constitucional ser muito utilizado, não é o mais indicado por historiadores. Principalmente pela movimentação originada por setores conservadores, o nome mais apropriado é Movimento Constitucionalista de 1932.
Causas da Revolução

Inicialmente, a Revolução de 1930 depôs o então presidente Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes. Com isso, Getúlio Vargas chegou ao poder.
Antes disso, durante a Primeira República, São Paulo era o estado de maior força política e econômica do país, graças à produção de café. Como o produto era subsidiado por recursos federais, o governo tinha muitas despesas com todo o processo.
Com o governo de Vargas, paulistas perderam hegemonia, mas esperavam que o presidente convocasse eleições para a Constituinte. Apesar disso, a decisão não era tomada. Nesse cenário, uma forte oposição foi formada pelos fazendeiros paulistas insatisfeitos, além da participação de comerciantes, profissionais liberais e estudantes universitários.
No dia 23 de maio de 1932, no centro de São Paulo, foi organizado um ato político em favor de novas eleições. Na ocasião, a política agiu com truculência e provocou a morte de quatro estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
A Revolução Constitucional de 1932

Também chamado de Guerra Paulista, o movimento foi a primeira grande ação contra o governo de Vargas, além do último conflito armado do Brasil.
O movimento exigia do Governo Provisório a convocação de eleições para um novo presidente e o desenvolvimento de uma nova Constituição. No dia 9 de julho, Pedro de Toledo o interventor do estado de São Paulo – cargo equivalente ao de governador, liderou o início da revolta.
Mais de 200 mil voluntários fizeram parte do levante, incluindo 60 mil combatentes. Por outro lado, o governo Vargas utilizou 100 mil soldados para o combate. As forças paulistas esperaram apoio dos governos de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mas nenhum estado aderiu ao combate. Cercado de tropas federais, os paulistas precisaram pedir apoio à população a fim de conseguir ouro para bancar armamentos e alimentos.
No dia 2 de outubro, as tropas paulistas se renderam. Apesar disso, ainda houveram mais dois dias de combate, totalizando 87 dias de conflito.
Consequências da Revolução Constitucional

Oficialmente, foram registrados 934 mortes. Apesar disso, estimativas indicam um número de até 2200 vítimas. E ainda que tenham sido derrotados em batalha, os paulistas atingiram seus objetivos.
Por causa do levante, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte no ano de 1933. Um ano depois, a nova Constituição incluía representação classista de empregados, empregadores, profissionais liberais e funcionários públicos, no Congresso Nacional. Além disso, a Chapa Única por São Paulo Unido foi vitoriosa na Constituinte.
Em 1934, a Assembleia Constituinte que faria a nova Carta Magna – substituindo a Constituição de 1891 – do país foi reunida, mas ela nunca foi elaborada. Isso porque, em 1937, um outro golpe instituiu o Estado Novo. Nesse período, a Intentona Comunista tentou derrubar Vargas mais uma vez.
Fontes: Brasil Escola, InfoEscola, Toda Matéria
Imagem de destaque: Rede de Experiências