Após a Segunda Guerra Mundial o mundo se via dividido pelo capitalismo e socialismo. De um lado, países que acreditavam no livre comércio proporcionado pelo capitalismo. Do outro, pessoas acreditando que o socialismo poderia ser uma forma melhor de futuro. Nesse sentido, a Primavera de Praga foi um momento político em que a população da Tchecoslováquia lutava por fugir das doutrinas extremistas dos socialistas soviéticos.
Assim, os tchecos queriam formas de política, economia e liberdade de expressão não tão radicais quanto o socialismo de Stalin pregava. Em 1968, guiado pelo chefe de Estado Alexander Dubček, os tchecos buscavam liberdade de expressão, de imprensa e queriam seguir uma nova linha socialista. Entretanto, a ideia não foi bem vista pelos de mais países socialistas, integrantes do Pacto de Varsóvia comandado pela URSS.
Alexander Dubček pretendia com as novas ideias tornar o socialismo mais humano. Para isso, Dubček, que era Secretário-geral do Partido Comunista Tcheco, começou a investir em diversas medidas para tornar possível a liberdade de expressão e civil no país.
Primavera de Praga
Após Alexander Dubček assumir o poder do PC Tcheco, as reformas para tornar o socialismo mais humano começaram. Dessa maneira, dentre as ideias defendidas por Dubček estavam a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa. Além disso, a formação de novos partidos políticos. Entretanto, as medidas adotadas não agradaram em nada os líderes soviéticos que defendiam os ideais de Stalin.
Nesse sentido, os líderes dos países que faziam parte do Pacto de Varsóvia decidiram se reunir junto ao líder tcheco. Assim, a reunião tinha o objetivo de discutir as medidas tomadas por Dubček e, de certa forma, tentar impedi-lo. Visto isso, após o convite para a reunião que retardaria a nova onda de transformações políticas, o líder tcheco se recusou a participar. A recusa firmava a vontade da população que ansiava por mudanças no cenário político.
Dubček não desistiria das medidas que queria adotar para a população da Tchecoslováquia. A rejeição por um diálogo entre os outros líderes socialistas fez com o que a URSS tomasse a decisão de invadir a capital tcheca. Assim, no dia 20 de agosto de 1968, 650 militares da União Soviética invadiram a capital da Tchecoslováquia. Em seguida, o líder tcheco foi deposto de seu cargo. Entretanto, a população que queria mudanças, começou uma série de protestos em resposta à invasão soviética.
Consequências
A população durante a Primavera de Praga se revoltou contra os soldados soviéticos e os jovens estavam à frente das lutas. Assim, tomavam diversas medidas para tentar desenfrear a ocupação soviética como deitar na frente dos canhões. Entretanto, havia aqueles que tentavam um acordo pacífico conversando com os soldados. Porém, as tentativas não surtiram efeito.
Visto isso, após os confrontos ocorridos na capital tcheca o resultado foi a morte de setenta e duas pessoas. Além disso, os confrontos deixaram diversos feridos. A frustração causada nos jovens por não terem conseguido parar o exército soviético fez com o que Jan Palach tomasse uma atitude extrema. Assim, na praça pública, o jovem ateou fogo em seu próprio corpo decidido a acabar com a própria vida.
Por fim, o governo de Dubcek, em 17 de abril de 1969, teve fim. Em seguida, foi substituído por um líder que atendesse às ordens do socialismo soviético. Entretanto, a população não desistiria de tentar um governo mais abrangente e liberal. Assim, após Mikhail Gorbatchev tomar posse do governo russo em 1980, a população tcheca finalmente teria liberdade política e novas formas de governo.
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Fontes: História do Mundo, Brasil Escola e Sua Pesquisa
Fonte imagem destaque: Fernando Eichenberg