A invenção da imprensa é atribuída a Johannes Gutenberg, ourives e inventor alemão, que viveu entre 1396 e 1468, na cidade de Mainz. Essa invenção representou um grande avanço e uma mudança na maneira de divulgação e leitura de escritos.
Todavia, a imprensa foi desenvolvida entre 1439 e 1440, a partir da confecção e combinação de tipos móveis, ou símbolos que eram moldados em chumbo. Após serem misturados em uma tinta à base de óleo de linhaça, eram impressos em papel graças à uma prensa.
Entretanto, a existência desse tipo de impressão data desde o século XI, na China. Outros modelos também foram desenvolvidos na própria Europa, porém, coube a Gutenberg aperfeiçoar e popularizar outro método de impressão.
Contexto histórico da invenção da imprensa
Antes da invenção da imprensa, a escrita era uma prática restrita, com modelos de réplica muito limitados. Um exemplo era a escrita dos povos sumérios, os papiros dos egípcios, ideogramas chineses; todos disponíveis a um grupo muito pequeno de pessoas.
Durante a década de 1430, Gutenberg conseguiu aprimorar os modos de impressão e acabou sendo relacionado à invenção da imprensa. Posteriormente, após a impressão da Bíblia (por volta de 1440), a imprensa ganhou mais espaço, sendo utilizada em grande escala.
Assim, foi de imensa serventia para Martinho Lutero e seu empreendimento, conhecido como Reforma Protestante. Naquele tempo, Lutero produzia escritos, os panfletos luteranos, que começaram a ser distribuídos em 1517 e foram rodados em réplicas da máquina de Gutenberg.
De um modo geral, a invenção da imprensa revolucionou o modo como a leitura era vista. A máquina de Gutenberg proporcionou uma reviravolta nos meios de produção de livros, que antes eram todos feitos à mão, demandando muito tempo até ficarem prontos.
Nesse sentido, a partir da invenção da imprensa foi possível imprimir várias cópias. O processo era feito da seguinte forma: moldes eram feitos com os tipos móveis e a partir destes, imprimia-se cópias de acordo com a capacidade do estoque de tinta (feita à base de óleo).
Invenção da imprensa: primeiras impressões
Com a invenção da imprensa, o primeiro livro impresso foi a Bíblia. Contudo, a versão de Gutenberg desejava economizar papel, o que resultou em páginas feitas com duas colunas de 42 linhas cada.
A versão da Bíblia obtida com a invenção da imprensa conta com 641 páginas e 10 seções. Ao todo foram feitas 300 cópias e, atualmente restam cerca de 40 versões. Todavia, as versões ainda são diferentes, visto que existem exemplares com letras pintadas à mão.
Nesse sentido, a invenção da imprensa por Johannes Gutenberg proporcionou um novo modelo de produção de livros. Com a Bíblia produzida em larga escala e em uma língua que não fosse o latim, a Reforma Protestante ganhou força, pois a sociedade conseguia ler em alemão e Martinho Lutero divulgou de forma ampla as suas ideias.
A invenção da imprensa também se alastrou pela Europa e cidades importantes do continente possuíam pequenas oficinas de impressão. Em 1473, por exemplo, havia prensas na Espanha, além de equipamentos por Lisboa, Estocolmo e até mesmo na Cracóvia.
Você sabia?
A invenção da imprensa não foi um evento exclusivo da sociedade europeia. Prática milenar, a escrita tem indícios com os sumérios, egípcios e chineses. Nesse sentido, na China do século XI, o inventor Bi Sheng foi o primeiro a fazer algo semelhante.
A máquina desenvolvida por Gutenberg funcionava assim: os tipos móveis moldados em chumbo (caracteres) ficavam em uma prancha de madeira. Assim, os moldes recebiam tinta e eram prensados, gerando um texto em questão de minutos.
O conjunto de papéis impressos a partir da invenção da imprensa (em tipos móveis) era conhecido como códice, do latim codex.
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Fontes: História do Mundo, Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Educação
Imagens: Fala! Universidades, Medium, Super Interessante, UFRN