Alfred Nobel, quem foi? Biografia, estudos em química e Prêmio Nobel

Alfred Nobel foi um cientista e empresário sueco. Ficou conhecido pela invenção da dinamite e responsável pela criação do Prêmio Nobel.

Alfred Nobel

Alfred Nobel nasceu em Estocolmo, na Suécia e foi um famoso cientista e empresário no século XIX. Seu nome ficou conhecido por invenções atribuídas a ele, como é o caso da dinamite, explosivo com grande poder destrutivo.

Todavia, ele também inventou outros explosivos, patenteou denotadores, além de entrar no ramo da exploração de petróleo, com uma refinaria. Alfred Nobel também explorou a produção de tecidos sintéticos.

A princípio, o químico sueco viveu boa parte de sua vida em Paris, além de ter passado uma parte da vida na Rússia, com sua família. Antes de morrer, deixou testamento que destinava boa parte de sua fortuna para a criação da instituição que organiza o Prêmio Nobel, que leva seu nome como homenagem.

Quem foi Alfred Nobel?

Alfred Nobel nasceu em Estocolmo, na Suécia, em 21 de outubro de 1883. Seus pais eram Immanuel Nobel e Karolina Andriette Nobel. Era o terceiro de oito filhos, entretanto a pobreza extrema em que viviam fez com que ele e mais três irmãos conseguissem sobreviver.

nobel inventor
Alfred Nobel ficou reconhecido também pelos estudos com a nitroglicerina

Primeiramente, o interesse científico veio em observar o trabalho de seu pai, engenheiro e inventor. Em uma tentativa de melhorar de vida, Immanuel Nobel se estabeleceu em São Petersburgo, na Rússia.

Com o sucesso financeiro fabricando máquinas e explosivos durante a Guerra da Crimeia (1853-1856), logo depois o pai levaria Alfred e toda a família para viver juntos.

Aproveitando o bom momento financeiro, Nobel conseguiu estudar. Com os melhores tutores disponíveis, Alfred Nobel estudou química e literatura. Foi nesse período também, que ele se tornou fluente em outros idiomas: sueco, russo, inglês, francês e alemão.

Alfred Nobel: cientista, químico e inventor

Em 1850, Alfred Nobel foi até Paris e trabalhou em um laboratório de química com os cientistas Jules Pélouze e Ascanio Sobrero, este último inventor da nitroglicerina. Nobel, inclusive, passou boa parte da vida estudando este explosivo com poder de destruição alto e ao mesmo tempo instável.

Em 1851, ele estudou nos Estados Unidos com o cientista Johan Ericsson, também sueco. No ano seguinte, Alfred Nobel retornou à Rússia para trabalhar com seu pai. Lá ele ficou até 1856, enquanto durou a boa fase da empresa, que fornecia armamentos e explosivos para os russos. Com o final da guerra, a empresa enfrentou sérias dificuldades financeiras.

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Alfred Nobel na juventude.

Nobel retornou para a Suécia e continuou seus estudos com explosivos, além de procurar uma maneira segura de fabricar nitroglicerina. Nessa época ele inventou e patenteou um modelo de detonador que foi bastante usado no mundo inteiro. Além disso, começou a produzir nitroglicerina em Estocolmo.

Enquanto produzia sua nitroglicerina, Nobel teve um grave acidente em sua pequena fábrica. Uma explosão que aconteceu durante a preparação dessa substância acabou matando cinco pessoas, entre elas seu irmão mais novo Emil.

Invenção da dinamite

Os anos de estudo e trabalho de Alfred Nobel em encontrar um tipo de nitroglicerina segura lhe deram retorno e em 1867, ele inventou a dinamite ao misturar nitroglicerina com diatomito.

Essa mistura deu resultado a uma pasta mais estável, que se revelaria como um explosivo de alta qualidade. O nome dinamite veio da palavra grega dynamis, que significa poder. Assim, esse explosivo poderoso ganhou fama no mercado, sendo um dos mais usados e mais seguros do que grande parte dos explosivos.

dinamite
Nobel foi o pai da dinamite.

Todavia, a dinamite lhe rendeu retorno financeiro, e assim ele se tornou um grande industrial, com fábricas na Europa e nos Estados Unidos e uma grande fortuna. Ele também desenvolveu outros explosivos, como é o caso da nitroglicerina gelatinizada e balistita.

Nobel também construiu uma refinaria no Azerbaijão, logo após seu irmão encontrar petróleo. Além disso, produziu borracha e couro sintético e de seda artificial. Nesse sentido, o sucesso nos negócios traduzia sua fama de grande empresário do século XIX.

Últimos anos e morte de Alfred Nobel

Alfred Nobel morreu em 10 de dezembro de 1896, em sua residência na Itália, após um derrame cerebral. Ele tinha 63 anos e havia sido dono de 355 patentes e mais de 90 fábricas de explosivos e munições pelo mundo todo.

Nesse sentido, o reconhecimento internacional lhe rendeu homenagens ao longo da vida. Todavia, foi reconhecido pela Real Academia Sueca de Ciências, tornando-se membro dela logo depois. Alfred ainda recebeu um doutorado honorário da Universidade de Uppsala, em 1893.

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Todavia, Nobel morreu sem deixar filhos ou constituir família. Contudo, há indícios de que ele possa ter sido apaixonado por sua governanta, Bertha, que teria deixado o emprego para se casar, adotando o nome de Bertha Von Suttner, pacifista reconhecida que se tornaria amiga de Nobel.

O surgimento do Prêmio Nobel

Antes de morrer, Alfred Nobel havia deixado um testamento em que destinava que 94% de sua fortuna fosse usada para criar um prêmio que premiasse pessoas que teriam realizado grandes ações em benefício de uma comunidade e da humanidade.

Em 1900 foi criada a Fundação Nobel, que administraria os fundos deixados na herança de Alfred Nobel. O prêmio seria oferecido nas áreas de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz. A primeira premiação aconteceu em 1901 e atualmente é uma das mais altas homenagens.

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Estudar Fora

Em suma, a destinação da fortuna de Nobel para a criação de um prêmio deste tipo é uma preocupação que ele mesmo tinha com a sua imagem. Justamente por trabalhar e fazer fortuna no ramo dos explosivos e armamentos, Alfred Nobel resolveu deixar um legado positivo para o mundo.

O que achou da matéria sobre Alfred Nobel? Se gostou, confira também: Organização das Nações Unidas – História, países membros e objetivos.

Fontes: Brasil Escola, História do Mundo, Ebiografia, Mundo Educação

Imagens: OhFact!, Jeso Carneiro, Citações do Sampaio, TriCurioso, Estudar Fora

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