Fidel Castro: a biografia do líder da Revolução Cubana

Fidel Castro foi um dos nomes mais importantes na história da política cubana. Comunista, governou o país por quase 50 anos.

Fidel Castro, quem foi? História de vida, governo de Cuba e últimos anos

Fidel Castro foi uma das figuras políticas mais conhecidas durante o século XX, por conta da liderança na Revolução Cubana e do governo cubano, que durou quase 50 anos.

Comunista e líder revolucionário, Castro se tornou Presidente do Conselho de Estado da República de Cuba, em 1976, e, posteriormente, primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba.

Como parte do caminho político, Fidel Castro assumiu a política de Cuba e implantou a ditadura militar no país. Ao todo, seu governo durou 49 anos, e sua história pode ser acompanhada em diversos livros, artigos, filmes e entrevistas, que contam a trajetória de poder do líder revolucionário.

A vida na política só teve fim, em 2008, quando Castro foi afastado do poder político devido a complicações na saúde. Durante seu governo, Fidel Castro foi elogiado por conta dos feitos na educação e no sistema de saúde, mas foi criticado por ter levado a ditadura militar por 49 anos.

Primeiros anos de Fidel Castro

Fidel Castro, nascido no dia 13 de agosto de 1926, era filho de Ángel Castro y Argiz. Seu pai, muito rico e detentor de terras, possuía diversas plantações de cana-de-açúcar. Uma delas ficava localizada em Birán e, por conta da importância das terras, um povoado começou a se desenvolver na região.

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Foi neste povoado que Fidel de Castro nasceu, vindo, portanto, de família rica e bem sucedida. Seu pai, Ángel Castro, na verdade, era espanhol. Porém, construiu a vida em Cuba, após ser enviado para o país, em 1898, enquanto ocorria a Guerra Hispano-Americana.

Assim que foi mandado para Cuba, Ángel Castro começou a trabalhar em uma grande empresa, a United Fruit Company. Com o dinheiro adquirido no trabalho, Ángel Castro conseguiu montar a própria empresa para trabalhar com a produção de cana-de-açúcar. Por conta disso, Ángel se tornou um dos homens mais ricos e com o maior número de terras na região.

Na época em que Ángel construía seu patrimônio, ele já era casado com Mirta Díaz Balart. Entretanto, Fidel Castro foi fruto de um relacionamento extraconjugal. Ou seja, Fidel era filho de Ángel com Lina Ruz González, que, mais tarde, se tornaria a segunda esposa de Ángel.

Por conta da relação informal que Ángel estabeleceu com Lina Ruz González, Fidel Castro só foi registrado nove anos após o seu nascimento. A data de registro, portanto, foi em 1935. Além de Fidel, Ángel teve mais seis filhos com Lina: Angelita, Ramón, Raúl, Juanita, Emma e Augustina.

Início da vida política

A vida política de Fidel Castro iniciou quando o revolucionário ainda era bem jovem. Aos seis anos, Fidel foi mandado para Santiago de Cuba, onde estudou no Colégio La Salle e no Colégio Dolores. Após se formar no primário, Fidel deu início aos estudos em um colégio jesuítico, conhecido por ser uma das instituições de ensino mais renomadas da época.

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Exame

Porém, a política em si entrou na vida de Fidel assim que ele ingressou no curso de Direito, em 1945, na Universidade de Havana. Na Universidade, Fidel Castro conheceu ideias e caminhos revolucionários até então desconhecidos por ele. Naquele momento, o jovem se aprofundou em diversos estudos, principalmente relacionados à política cubana.

Por conta do interesse político, Fidel logo se tornou parte de grupos militantes dentro da Universidade. Com o passar dos anos, a figura do jovem já era conhecida por grande parte dos estudantes. Durante os períodos na faculdade, Fidel se dedicou a publicar artigos, abraçou ideais nacionalistas e se tornou delegado da Federação de Estudantes Universitários.

Formação revolucionária de Fidel Castro

Além disso, no mesmo período em que estava em diversas atividade universitárias, Fidel Castro se filiou ao Partido do Povo Cubano. Na época, o partido possuía ideais progressistas, mesmo que de forma leve, além de tendências nacionalistas.

Fidel Castro também fez parte da Legião do Caribe. Em síntese, o grupo era composto por revolucionários que lutavam contra os regimes totalitários impostos na América Central e no Caribe. Além do mais, Fidel também participou de movimentos revolucionários em Bogotá, no qual teve que se abrigar na embaixada cubana para não ser preso.

Após tantos acontecimentos, Fidel Castro decidiu focar nos estudos e terminar a faculdade de Direito, em 1950. Em seguida, após concluir o curso, Fidel montou seu próprio escritório de advocacia, no qual dava suporte às pessoas mais pobres. Neste momento, a política cubana se tornou ainda mais próxima das vontade de Fidel.

Com a aproximação dos interesses políticos, e a fim de dar continuidade aos ideais revolucionários que seguia na Universidade, Fidel Castro decidiu se candidatar a deputado no Congresso cubano. Entretanto, as eleições não chegaram a ocorrer, por conta do golpe militar, apoiado pelos Estados Unidos e implantado por Fulgêncio Batista.

Na época, Fidel Castro não aceitou a imposição política de Fulgêncio e decidiu lutar pelos direitos previstos na Constituição cubana. A forma encontrada para vencer o ditador Fugêncio foi pela revolta armada, que ficou conhecida como Ataque ao Quartel Moncada.

Ataque ao Quartel Moncada

O Quartel de Moncada era o principal local utilizado por Fugêncio para guardar armas. Então, Fidel Castro organizou um ataque ao Quartel, com o intuito de pegar as armas e distribuir à população, para que assim fosse iniciada uma ação contra a ditadura de Fugêncio. O ataque foi um dos principais eventos que antecedeu a Revolução Cubana.

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Observador

Para que o ataque fosse realizado, Fidel ficou encarregado de reunir, juntamente com seu irmão, Raúl Castro, um grupo de 160 homens.

O objetivo da invasão ao Quartel, localizado em Santiago de Cuba, era resgatar armas e distribuir para a população. Entretanto, como o grupo de homens reunidos era formado, em sua maioria, por estudantes sem experiência, a ação foi um total fracasso.

No dia do ataque, em 26 de julho de 1953, os homens liderados por Fidel não conseguiram adentrar o Quartel Moncada e, como consequência, Fidel Castro acabou sendo preso. Após o ocorrido, o líder revolucionário foi levado à julgamento, no qual fez sua própria defesa, e acabou sendo condenado a 15 anos de prisão.

Apesar da pena extensa, Fidel não permaneceu na prisão por muito tempo. Isso porque, após dois anos que estava preso, Fugêncio decidiu dar anistia a todos os presos que haviam sido capturados por questões políticas. Assim, Fidel e os demais companheiros tiveram liberdade no dia 15 de maio de 1955.

Após sair da prisão, Fidel Castro deu início ao Movimento Revolucionário, no dia 26 de julho, e em seguida foi para o México.

Revolução Cubana

Após seguir para o México, Fidel Castro se encontrou com seu irmão Raúl Castro e mais alguns cubanos, que eram contrários ao governo imposto por Fugêncio Batista.

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No mesmo período, o líder revolucionário cubano se encontrou com Che Guevara, líder revolucionário argentino que havia fugido da Guatemala, após o golpe militar que acabou com o governo de Jacobo Arbenz.

Fidel Castro percebeu que, com a ajuda de Che, era possível juntar um grupo de revolucionários para lutar contra a ditadura de Fugêncio. Nesse sentido, Fidel convidou Che para que, juntos, pudessem formar uma ação revolucionária e, com isso, Che aderiu ao MR 26-7, ou seja, o Movimento de 26 de julho. 

Toda ação foi montada ainda em território mexicano. Fidel Castro contou com o apoio de cubanos que estavam vivendo no país, bem como nos Estados Unidos. Após formado o grupo, Fidel comandou o movimento de travessia em direção à Cuba. A travessa foi feita no iate Granna. 

Empecilhos no caminho

Em síntese, não foi fácil assim que o grupo chegou às proximidades cubanas. Isso porque Fidel enfrentou diversos problemas e, quando estava quase chegando em Cuba, o iate foi alvo de uma emboscada preparada pelos apoiadores de Fugêncio. 

Por conta de uma atraso que ocorreu no momento da travessia, o grupo que apoiava Fidel se desencontrou com o iate. O ocorrido foi propício para que o exército cubano chegasse até o iate e prendesse os seguidores do revolucionário cubano.

Kultura

Além dos presos, o exército de Fugêncio deixou muitos mortos, dentre os 82 homens que participavam da ação. Apesar disso, Fidel, Che e Raúl conseguiram fugir para a cidade de Sierra Maestra, onde era difícil de serem encontrados. 

Em Sierra Maestra, Fidel Castro conseguiu o apoio dos camponeses, já que passou quase dois anos se escondendo da ditadura cubana. Já no final de 1958, a população do campo, bem como na cidade, apoiavam Fidel que, olhando o panorama da situação, conseguiu enfrentar o exército cubano. 

Por conta da forte pressão posta pelo grupo de rebeldes liderados por Fidel, Fugêncio não teve outra alternativa a não ser fugir de Cuba. Como destino, o ditador escolheu a República Dominicana. Fidel, por outro lado, entrou em Havana, capital de Cuba, no dia 8 de janeiro de 1959. 

Ao chegar na capital cubana, Fidel Castro foi recebido por uma multidão que se mostrava empolgada com o futuro da política no país. Dessa forma, o líder cubano deu início ao novo governo cubano, reestruturando diversas partes que haviam sido desmanteladas durante a ditadura de Fugêncio. 

Os 50 anos de Fidel Castro no poder

Fugêncio Batista, que havia tomado o poder em Cuba com o apoio dos Estados Unidos, não era mais ditador no país. Agora, com a política sendo guiada por Fidel Castro, os EUA viram no líder cubano uma ameaça. 

Isso porque Fidel, como forma de reestruturar a política de Cuba, começou a implementar diversas medidas, como a expulsão das empresas norte-americanas do país. A ideia era tornar a economia cubana mais nacionalista. A medida fez com o que os EUA se afastassem de Cuba e, como consequência, Cuba se aproximou da União Soviética. 

Exame

Os EUA, como forma de se tornar totalmente livre das imposições cubanas, rompeu as relações diplomáticas com Cuba. Além disso, o governo norte-americano planejou um ataque contrarrevolucionário na Baía dos Porcos. Porém, a ação não foi bem sucedida e acabou fracassando. 

Nesse sentido, Cuba se tornou um país isolado, tanto politicamente como economicamente, sendo a União Soviética um dos principais apoiadores dos cubanos. Ao todo, Fidel Castro permaneceu no poder durante 49 anos e se afastou da política por conta de problemas de saúde. 

Por fim, Fidel Castro acabou falecendo no dia 25 de novembro de 2016, depois de receber críticas e elogios devido à atuação política. Assim que se afastou do governo de Cuba, entre 2008 e 2018, o país ficou sob a liderança de seu irmão, Raúl Castro. 

O que achou da matéria? Se gostou, aproveita para conhecer outros nomes importantes da história, como Alfred Nobel e Mao Tsé-Tung. 

Fontes: Toda Matéria, Brasil Escola, Mundo Educação e Aventuras na História 

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