As nuvens mais perigosas da Terra, chamadas de Cumulonimbus, são as únicas capazes de produzir granizo, trovões e raios. Devido ao seu tamanho ameaçador, quando vista no céu, muitos já esperam por uma grande tempestade.
Ela tem uma intensa atividade elétrica e faz chover muito. Todavia, está associada a eventos meteorológicos, como uma extrema frente fria. Além disso, é possível ver uma Cumulonimbus, levando em consideração as condições climáticas, com até 400km de distância.
Em suma, suas dimensões revelam que essas nuvens são altas, crescem muito, principalmente, na vertical e costumam chegar até 12 km de altitude.
Porém, em alguns casos, é possível ultrapassar 20km e atingir a estratosfera. Além disso, costumam ter um topo plano, que se parece com uma bigorna. O todo é feito de cristais de gelos e a base por gotículas de água.
Formação das Cumulonimbus
A formação das Cumulonimbus inicia com as correntes ascendentes. Nesta primeira etapa, a nuvem não possui relâmpagos, sendo assim, os cristais de gelo criados começam a produzir partículas de precipitação.
Como dito anteriormente, quando o crescimento chega no limite, o topo dessas nuvens fica semelhante a uma bigorna.
Quando a nuvem encontra uma inversão na temperatura estável, os ventos começam a espalhar outro tipo de nuvem chamada Cirrus. Além disso, é nessa fase que se iniciam os relâmpagos.
Dentro da Cumulonimbus é bem conturbado e irregular, como se estivesse sempre em uma constante tempestade.
Conforme as partículas de precipitação chegam nas regiões mais quentes da nuvem, o ar seco também chega, fazendo com que as partículas evaporem. Como resultado, o ar fica cada vez mais denso.
Logo, quando o ar frio se solta da nuvem e vai de encontro a superfície, ocorrem as rajadas. Além disso, é comum o tempo mudar e iniciar ventos fortes e chuva mais intensa.
Em seguida, a nuvem se expande cada vez mais e se espalha em camadas. A partir daí, o ar frio é predominante.
Apesar das Cumulonimbus aparecerem em qualquer época do ano, são mais comuns em dias mais quentes e, usualmente, no período da tarde, pois o Sol aquece a Terra durante o dia, deixando a troposfera instável.
Podem ocorrer, também, em frentes frias a qualquer hora do dia, dependendo do ar.
Informações Relevantes sobre a nuvem
Os ventos são tão intensificados no seu interior que podem chegar até 100km/h. Bem como, para manter a tempestade, é preciso ter vapor de água suficiente para alimentá-la, caso contrário ela se cessaria.
Em seu ápice de tamanho, pode conter uma energia equivalente à 10 bombas atômicas como a Hiroshima. Apesar de não vermos com tanta frequência as nuvens, quase 2.000 Cumulonimbus estão em formação em cada momento.
Subdivisão das Cumulonimbus
A primeira fase é chamada de Calvus e é considerada a mais tranquila. Por não atingir a altura suficiente e só ter ar quente em seu interior, ela é mais clara e bem definida.
A partir do momento que suas precipitações começam a se transformar em gelo, é o período de transição para a segunda fase.
Na segunda fase, as nuvens são chamadas de Capillatus. É nesse período que ocorrem as tempestades com tornados, raios e granizos. Sua caraterística principal é a presença, ao mesmo tempo, de correntes ascendentes e descendentes.
Posteriormente, quando as nuvens que se forma embaixo de outra nuvem – chamadas de Mammatus – aparecem, significa que a Cululonimbus está passando para mais uma fase.
Com isso, a fase é o estágio Incus, que nada mais é do que a diminuição das grandes tempestades.
Tipos de nuvens no céu
As nuvens são classificadas em camadas (mais altas) ou conectivas (as mais próximas da Terra e que conseguimos enxergar mais).
De acordo com “O Padrinho das Nuvens”, Luke Howard, as principais formações de nuvens são: Cumulus, stratus, nimbus e cirrus.
Em suma, cumulus são nuvens que parecem bolas de algodão. São conhecidas por se formarem na ar quente e logo se esfriarem. Elas são o tipo de nuvem que forma as Cumulonimbus.
Já as stratus, são planas, uniformes, ficam na mesma posição por um tempo maior e costumam ter a cor acinzentada.
A nimbus é parecida com a stratus, porém tem como característica principal a constante precipitação.
Por último, as cirrus são mais altas em relação às outras e costumam estar em regiões mais frias. Além disso, possuem a aparência mais fina e leve.
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Fontes: Tempo Agora, Tempo João Pessoa e Portal São Francisco
Bibliografia:
- ACKERMAN, Steven A.; KNOX, John A. (2013). Meteorology (em inglês). [S.l.]: Jones and Bartlett Learning. 608 páginas.
- PRETOR-PINNEY, Gavin (2006). The Cloudspotter’s Guide. The Science, History, and Culture of Clouds. [S.l.]: Penguin Group.
- HOUZE, Robert A., Jr (1993). Cloud Dynamics (em inglês). [S.l.]: Academic Press. 573 páginas.
Imagens: Universe Today, Windy Community, G1, Cumuloninbus Imagens, OpenBrasil.Org e Escola Kids