A crise da mineração é um desdobramento da mineração no Brasil, que aconteceu durante o século XVIII, principalmente no estado de Minas Gerais. Todavia, por ser um recurso não-renovável, a riqueza gerada pela exploração do ouro acabou se tornando escassa no mesmo século.
A economia brasileira passava por um momento de crise, dado em parte por conta do declínio da atividade açucareira. Nesse sentido, a busca por ouro em outras partes do país era encorajada, trazendo pessoas que vinham até mesmo de Portugal.
Antes da crise da mineração, a atividade mineradora trouxe desenvolvimento ao país, com centros urbanos; foi capaz de articular o mercado interno e de recuperar a economia portuguesa.
Contexto histórico da atividade mineradora
Durante o período colonial, a economia brasileira era movimentada pelos grandes latifúndios, que exploravam a cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. A aparição de metais preciosos e ouro em solo tupiniquim só iria acontecer a partir do século XVIII.
Nesse sentido, a exploração da atividade mineradora aconteceu a partir de expedições dos Bandeirantes, em direção ao interior. Em 1696, uma delas encontrou jazidas de ouro em Minas Gerais, resultando na ocupação do Vale do Ouro Preto.
O ouro encontrado nessa região de Minas, e posteriormente em Goiás e Mato Grosso, vinha na forma de aluvião, em fragmentos que se desprendiam de outras rochas (um dos motivos para a crise da mineração).
Antes da crise do ouro, o auge da exploração mineradora trouxe o desenvolvimento de centros urbanos, além de estabilidade ao mercado, resultando na recuperação econômica de Portugal. Entretanto, por se tratar de um recurso não-renovável, a riqueza gerada pelo ouro acabou se tornando escassa.
Motivos para a crise da mineração
A exploração do ouro encontrou problemas que contribuíram para o seu fim e para a crise da mineração. O ouro de aluvião, por exemplo, era a única maneira de exploração do metal e, por falta de técnicas mais elaboradas, as jazidas tinham capacidade limitada de produção.
Outro motivo para a crise da mineração foi a falta de preparo técnico. Todavia, ao utilizar de técnicas menos aprimoradas, os mineradores da época contribuíram para o rápido esgotamento das jazidas de ouro.
A Coroa Portuguesa teve uma série de ações políticas que acabaram culminando na crise da mineração. Com a falta de metais preciosos, a fiscalização passou a ser mais rígida. A saída encontrada pelo reino foi cobrar impostos.
Nesse sentido, contribuindo para a crise da mineração, Portugal passou a cobrar o quinto, que arrecadava 20% da produção de ouro, repassados à Coroa.
Buscando uma forma de arrecadar dinheiro com uma atividade que estava em crise, a Coroa também instituiu a derrama, que cobrava de forma retroativa todos os quintos atrasados e trazia consigo um imposto a mais.
Nesse sentido, essas medidas impostas no intuito de impedir com que a atividade mineradora entrasse em colapso deram origem a conflitos no período colonial, caso da Guerra dos Emboabas e da Revolta de Vila Rica.
Mais famosa de todas as revoltas coloniais, a Inconfidência Mineira acontece em 1789, com o objetivo de atuar contra as medidas impostas pela Coroa e frear a crise da mineração, além de ser uma revolta de ordem anti-colonial.
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Fontes: Mundo Educação, Infoescola, Brasil Escola
Imagens: Aventuras na História, Blog de Rafael, o Flâneur, Notas Geo