O Aquífero Alter do Chão é considerado o maior reservatório de água do planeta. A princípio, o posto era do Aquífero Guarani que, apesar de possuir uma área maior, apresenta menor quantidade de água.
De forma geral, o Aquífero Alter do Chão já era conhecido pelos cientistas. Porém, em 2010, estudiosos da área descobriram que o reservatório de água era bem maior do que imaginavam. Ao todo, o aquífero engloba os estados do Amazonas, Pará e Amapá.
Uma das principais características do aquífero da Amazonas é a composição mista. Ou seja, o Aquífero Alter do Chão possui composição livre na parte superior, com profundidade de até 50 m e, além disso, também é formado por um sistema fechado com profundidade de 430 m.
Mas, antes de adentrar nas características do Aquífero Alter do Chão, vamos entender o que significa o termo aquífero.
O que é Aquífero?
Em síntese, aquífero é toda formação geológica subterrânea que funciona como uma espécie de reservatório de água. A principal forma de armazenagem da água é por meio das chuvas que, quando caem, se infiltram no solo e são retidas por rochas permeáveis.
Os aquíferos são utilizados no fornecimento de água, principalmente nas regiões próximas dos reservatórios. Além disso, também auxiliam na composição de poços e nascentes, servindo como grandes fontes de abastecimento de água.
Assim, para que uma formação geológica possa ser considerada um aquífero, é necessário que a região contenha espaços abertos, como no caso do Aquífero Alter do Chão, e espaços cheios de água, onde seja possível se movimentar.
A partir da forma como a água é armazenada, os aquíferos são divididos de duas maneiras: Aquífero livre ou freático e aquífero confinado ou artesiano. No caso do Aquífero Alter do Chão, a composição é considerada mista, já que o aquífero possui formação livre e um sistema fechado.
Além disso, os aquíferos apresentam como principal característica a formação composta por rochas permeáveis, responsáveis por garantir a rápida infiltração da água da chuva. Sendo assim, são reservatórios de água doce que desempenham papel fundamental no fornecimento de água.
Aquífero Alter do Chão
Em 2010, cientistas descobriram que Aquífero Alter do Chão é o maior reservatório de água do mundo. Antes, o posto era do Aquífero Guarani, um reservatório que possui 45 mil km³ de água em uma área de 1,2 milhões de km².
Já o Aquífero Alter do Chão possui 86 mil km³ distribuídos em 400 mil km² de área. Apesar da área do Aquífero Guarani ser maior, a quantidade de água é inferior se comparada à quantidade de água do Aquífero Alter do Chão.
Com 400 mil km² de área, o Aquífero Alter do Chão engloba os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Entretanto, nem todos os limites que determinam a área do aquífero do Amazonas foram traçados.
Uma característica vantajosa é baixa densidade populacional próxima ao aquífero. Porém, uma questão que preocupa cientistas e pesquisadores da área é a contaminação por meio de poços construídos de forma irregular e que foram abandonados.
Isso porque, em casos onde os poços foram construídos sem os devidos cuidados técnicos, pode haver o escoamento de água contaminada para a região do reservatório de água.
Geralmente, a contaminação da água ocorre por diversos motivos, como o contato com lixo urbano, má destinação do esgoto e uso inadequado de agrotóxicos.
Utilização do Aquífero
Aquífero Alter do Chão está localizado na região Norte e se estende por partes dos estados do Amazonas, Pará e Amapá. Por conta disso, as cidades próximas do reservatório de água usufruem das reservas hídricas que o aquífero possui.
O reservatório de água do Aquífero Alter do Chão garante o abastecimento hídrico de 40% de Manaus, capital do Amazonas. Além disso, também auxilia no abastecimento de outras regiões próximas aos reservatórios subterrâneos.
Por conta da importância hídrica e ambiental, a preservação dos aquíferos envolve a administração das três esferas do governo, ou seja, são ações municipais, estaduais e federais.
Sendo assim, para que as reservas de água subterrâneas continuem exercendo funções na natureza, é necessário preservar, principalmente, a vegetação que envolve a região.
Isso porque, é por meio da umidade gerada pela quantidade de árvores que os aquíferos conseguem manter o nível de absorção de água da chuva.
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Fontes: ANA, Mundo Educação e Brasil Escola
Imagens: Mundo Geográfico, Revista AdNormas, UOL Notícias e Nova Escola