A pólvora foi descoberta na China, por volta do século IX. Entretanto, sua história remonta a um período maior, há cerca de 200 anos antes de Cristo. Durante a Dinastia Han, alquimistas ligados ao taoísmo estavam em busca do elixir da imortalidade e desenvolveram experiências com enxofre e salitre.
Portanto, durante a dinastia Tang, agora sim no século IX, outros alquimistas inventaram a pólvora. No início, a descoberta era usada em busca de ‘panacéias divinas’ e, ao longo do tempo, o fabrico da pólvora foi se desenvolvendo de acordo com a função escolhida.
Nesse sentido, a pólvora clássica é composta por salitre, carvão e enxofre. Seu principal componente é o salitre, também conhecido como nitrato de potássio (kNO3) atribui a este composto o alto grau de combustão e explosão.
Origem da pólvora
A história da pólvora remonta a muitos anos de história, sendo o início de tudo durante a Dinastia Han, há cerca de 200 anos antes de Cristo. Nesta época, alquimistas taoístas estavam em busca do elixir da imortalidade.
Neste contexto, foram feitas várias experiências com substâncias como enxofre e salitre e os alquimistas chegaram a escrever um tratado intitulado de ‘O livro da ligação dos três’, alertando para o perigo da mistura explosiva destes elementos.
Entretanto, já na Dinastia Tang (século IX), outros alquimistas adicionaram carvão em proporções precisas e, juntamente com o salitre e o enxofre, chegaram ao que ficou conhecido como pólvora.
Nesse sentido, os chineses chamaram-na de ‘huo yau’ e uma das suas características era ser mais controlável do que outros explosivos. Assim, ela passou a ser usada em fogos de artifício e sinalizadores, em rituais religiosos e também em festas.
Utilidades da pólvora
Durante um segundo estágio, a pólvora passou a ter outras utilidades: este material passava a integrar a composição de granadas e catapultas. Posteriormente, adquiriu caráter militar, sendo amplamente utilizada, assim como as armas brancas chinesas.
Contudo, entre os séculos X e XIII, na Dinastia Song, a pólvora ganhou ares mais sofisticados, sendo usada na guerra, quando surgiram armas de fogo carregadas com ela. Nesse sentido, ela passava a compor engenhocas feitas com tronco de bambu que soltavam pequenas pedras esféricas, foguetes e canhões.
Por outro lado, os canhões e foguetes que usavam a pólvora tinham misturas venenosas, com a presença de arsênico e mercúrio. A China também se encontrava no início de uma revolução militar e a pólvora, chegou a outros lugares, como a Arábia e depois Europa.
Com a chegada da pólvora na Europa, em finais da Idade Média para o início da Idade Moderna, foram desenvolvidos os primeiros modelos de rifles e canhões mais elaborados.
Composição e tipos
A pólvora é composta por uma mistura proporcional entre salitre (composto nitrogenado), carvão e enxofre. Usada para diferentes fins, ela é classificada em três tipos: Clássica (ou Explosiva), Propelente ou Pólvora Negra.
Pólvora Clássica ou Explosiva
É composta por 75% de salitre, 15% de carvão e 10% de enxofre. Ela possui alto rendimento exotérmico em sua combustão, queima em velocidade de média a alta, causando explosões se for confinada. Todavia, este tipo é usado na fabricação de fogos de artifício, por exemplo.
Propelente
É a pólvora utilizada em munições. Todavia, este tipo possui queima média a baixa, com velocidade constante. É também conhecida como pólvora sem fumaça, produzida a partir da pura nitrocelulose, combinada com 50% de nitroglicerina e até mesmo nitroguanidina, embebida em pelotas esféricas ou lâminas e até mesmo cilindros e usando éter como solvente.
Pólvora Negra
Tem queima lenta e é capaz de produzir resíduos em larga escala de fumaça em sua combustão. É de fabricação simples e tem baixo custo de produção. Sua aplicabilidade está nos fogos de artifícios simples, bombinhas e armas de chumbinho.
Curiosidades sobre a pólvora
Descoberta acidentalmente enquanto alquimistas buscavam o elixir da imortalidade, por se tratar de uma substância explosiva, muitas das casas desses alquimistas acabaram incendiadas. Nesse sentido, o “remédio de fogo” acabou tendo outras propriedades, menos a eternidade como queriam os chineses.
Todavia, quando descobriram o poder da explosão da pólvora, os chineses acabaram construindo fogos de artifício que, segundo a cultura de lá, acabavam por espantar os maus espíritos. Também usaram em bombas que foram lançadas contra a Mongólia.
Assim, de tanto serem atacados pelos chineses, os mongóis recriaram a pólvora e foram os protagonistas em tornar o composto conhecido no mundo inteiro. Nesse sentido, a pólvora ajudou a Mongólia a conquistar a Pérsia e a Índia.
Você sabia?
Quem levou a pólvora para a Europa foi William de Rubruck, uma espécie de embaixador para os mongóis, em 1254. A partir daí foram inventadas uma grande variedade de armas, bombas e canhões e a pólvora foi amplamente usada no âmbito militar.
Você já deve ter visto em desenhos animados aqueles caminhos feitos pela pólvora até um outro ponto (um barril, por exemplo), que acaba gerando uma explosão, certo?
Geralmente essa mesma trilha de pólvora nunca explodia e isso se dá pelo fato de que em contato com o fogo, o explosivo acaba liberando energia e gases. Portanto, enquanto a trilha pega fogo, essas substâncias são liberadas no ar, e por isso esse caminho não explode.
Por outro lado, enquanto armazenada em lugares fechados, a energia e os gases não tem para onde ir e por isso acontece a explosão. Esse exemplo explica, em partes, como funcionam os fogos de artifício.
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Fontes: Brasil Escola, Info Escola, Megacurioso, Brasil Escola, Portal São Francisco
Imagens: Mundos das Armas, Brasilisnet, Mundo das Armas, IMBEL, Blogdeangeljr6 , Panzermilitaria, Aventuras na História
