No final da década de 1920 o capitalismo internacional foi fortemente abalado por uma recessão econômica que atingiu os Estados Unidos. A crise foi causada pela superprodução das indústrias, além da especulação financeira. Com isso, como estratégia para conter a crise foi criado um conjunto de medidas econômicas e sociais denominadas de New Deal.
O termo, que em português significa Novo Acordo, foi a saída encontrada para livrar o país das consequências da crise de 29. Dessa forma, foram estabelecidas estratégias como a articulação dos investimentos estatais e privados. Além disso, os setores da economia foram adaptados e o consumo sofreu estímulos em diversas categorias.
Visto isso, as medidas vieram do desespero em reaquecer a economia dos Estados Unidos. Assim, o New Deal foi estabelecido em 1933 com previsão de que os setores econômicos voltassem à render. Logo, os EUA esperavam recuperar a economia da crise causada pela superprodução e especulação financeira.
Portanto, como forma de movimentar os processos econômicos, os EUA buscaram, em primeiro plano, a geração de empregos. Com isso, o país esperava que a população aumentasse o ritmo do consumo, principalmente, em relação aos trabalhadores assalariados. Assim, o desenvolvimento da economia poderia aumentar com a inserção de capital no mercado.
Contexto Histórico do New Deal
Com a ascensão do capitalismo, as indústrias produziam num ritmo desenfreado visando, acima de tudo, o lucro. Por conta disso, a crise de superprodução e especulação financeira fizeram as bolsas de Nova Iorque quebrarem em 1929.
Com isso, os países que dependiam financeiramente dos EUA também foram prejudicados por conta da crise que se instalava no país. Em síntese, a crise levou à miséria milhões de norte-americanos, além de elevar a taxa de desemprego em 30%.
Logo, quando o presidente Franklin Delano Roosevelt foi eleito em 1932, o país iniciou uma série de estratégias para tirar a economia da crise. Assim, criou-se o New Deal, inspirado nas ideias do economista John Maynard Keynes (1883-1946).
Uma das medidas defendidas por John estava a intervenção do Estado na economia. Ou seja, a intervenção seria feita como forma de melhorar o bem-estar social da população. Anos depois, essa ideia ficou conhecida como keynesianismo. Com isso, o então presidente dos EUA traça estratégias como a criação de agências federais.
As agências serviriam como ponte para a organização de programas no combate à pobreza que se instalava no país. Além disso, seriam usadas como forma de reerguer a economia.
Resultados do acordo
Após as medidas tomadas para reaquecer a economia, em 1935 os resultados do New Deal já podiam ser notados. Isso porque, a taxa de desemprego começava a cair. Além disso, com a criação de novos empregos, a renda dos trabalhadores assalariados também foi acrescida.
Além disso, o New Deal era composto por uma série de medidas que possuíam o objetivo de aumentar a quantidade de empregos. Assim, a produção industrial cresceria e o consumo faria os lucros reaqueceram a economia.
Para que o novo acordo funcionasse, os EUA adotaram as seguintes medidas:
- Desvalorização do dólar como forma de impulsionar exportações;
- Empréstimos financeiros aos bancos para evitar falências;
- Criação do sistema de seguridade social – destacam-se a criação do seguro desemprego e a Lei de Seguridade de 1935;
- Direito de organização sindical;
- Incentivo à produção agrícola;
- Investimento em obras públicas, com destaque às hidrelétricas e rodovias.
Entretanto, com a criação do New Deal, a oposição do governo não aceitava algumas medidas. Isso porque, os opositores acreditavam que as medidas do plano elevariam a dívida pública do país por conta das renúncias fiscais. Dessa forma, o plano sofreu desaceleração em 1937.
Contudo, em 1940, o plano se tornou um sucesso, colocando os Estados Unidos fora da crise que assolou o país. Porém, os níveis de desemprego ainda eram grandes, chegando à 15% da população. Todavia, a situação empregatícia da população mudou. Com a Segunda Guerra Mundial, os índices de desemprego atingiam apenas 1% dos estadunidenses.
Por fim, apesar dos bons resultados alcançados pelo New Deal as medidas do acordo foram perdendo espaço com o surgimento do neoliberalismo econômico.
Plano Marshall x New Deal
O Plano Marshall, assim como o New Deal, foi um conjunto de medidas utilizadas para reerguer a economia. Porém, as medidas foram implantadas nos países europeus, em 1948, após a Segunda Guerra Mundial. Assim, criadas pelos Estados Unidos, o plano recebeu o nome Secretário de Estado da época, o general George Marshall.
Com isso, os EUA emprestou à 17 países europeu um montante de US$ 14 bilhões – o equivalente a US$ 152 bilhões, considerando os ajustes da inflação registrada nos EUA em 2020. Dessa forma, o plano foi criado para que os países da Europa recuperassem a infraestrutura, a produção agrícola, além da capacidade de produção industrial.
Já o New Deal, como já vimos, foi um plano de medidas elaborado pelo presidente da época, Franklin Delano Roosevelt. Assim, as medidas estavam voltadas à aumentar a quantidade de empregos, recuperar setores da economia, além de garantir o bem-estar social. A última medida seria tomada com a intervenção do Estado nos processos econômicos.
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Fontes: História do Mundo, Info Escola, Brasil Escola, Toda Matéria e Forbes
Fonte imagem destaque: National Review