O neutrino é classificado com uma partícula subatômica, assim como o elétron e próton, por exemplo. Porém, diferente das demais partículas, os neutrinos não possuem carga elétrica, ou seja, são partículas neutras. Além disso, são partículas minúsculas que não interagem com as demais partículas da natureza.
Por conta do tamanho quase insignificante, acreditava-se que os neutrinos não possuíam massa. Devido a falta de carga elétrica na partícula, os neutrinos são difíceis de serem detectados. São considerados leves, além de abundantes na natureza. Depois dos fótons, por exemplo, o neutrino é a partícula elementar mais presente em todo o Universo.
A abundância dos neutrinos na natureza fez os cientistas entenderem porque o Universo é formado por mais matéria do que antimatéria. Mas, já que os neutrinos são partículas extremamente pequenas, como foram descobertas? Vamos descobrir tudo agora!
Descoberta do neutrino
Bem, os neutrinos são partículas subatômicas neutras, sem carga elétrica extremamente pequena. O primeiro vestígio de que essa partícula existia veio por conta dos estudos de Wolfgang Pauli. O físico, analisando experimentos, chegou à conclusão de que a energia liberado em reações químicas, na verdade, era menor do que as apresentadas teoricamente.
Nas reações, o físico observou que havia uma partícula neutra que era liberada nos processos experimentais. Porém, a confirmação dos estudos só veio em 1956, por Frederick Reines (1918-1998) e Clyde L. Cowan Jr (1919-1974) que conseguiram detectar as partículas de neutrinos. As partículas foram emitidas por meio de um reator nuclear.
Mas você deve estar se perguntando como a detecção dessa partícula minúscula foi feita, não é? Pois bem, para que um neutrino fosse identificado, foi necessário estabelecer substâncias que produzem reação química em enormes reservatórios. Assim, os físicos Frederick Reines e Clyde L. Cowan Jr utilizaram cloreto de cádmio em solução aquosa.
Esse tipo de solução, posta em reservatório de substâncias, conseguia reagir às partículas produzindo pequenas quantidades de luz. Sendo assim, foi a primeira experiência realizada para detectar a presença dos neutrinos em reações.
Desenvolvimento dos aceleradores
Os aceleradores propiciaram aos cientistas o descobrimento de diversas partículas. Assim, para que o estudo dessas partículas ficasse de forma organizada, criou-se o chamado Modelo Padrão. A partir desse modelo, foi estabelecido que algumas das partículas eletricamente negativas receberiam a denominação de léptons.
Os léptons, neste caso, são partículas que possuem pouca interação com outras substâncias. Dessa forma, um lépton é caracterizado como um elétron, um múon ou um tau. Assim, existe uma partícula de neutrino que corresponde a cada uma das partículas de léptons. Ou seja, existe o neutrino do elétron (ne), o neutrino do tau (nt) e o neutrino do muon (nm).
Nesse sentido, os neutrinos mais estudados por cientistas são os presentes no Sol. Isso porque, o Sol é uma grande fonte dessas partículas subatômicas devido às diversas reações nucleares que ocorrem constantemente. Para os cientistas, os neutrinos vindos do Sol são curiosamente interessantes, pois conseguem atravessar o núcleo solar até chegar à superfície terrestre.
Matéria do Universo
Como vimos, os neutrinos são partículas subatômicas que podem ser produzidas pelo Sol, por exemplo. As partículas se dividem em três variedades, ou seja, o neutrino do elétron, o neutrino do múon e o neutrino do tau. Nesse sentido, é importante destacar que cada partícula lépton possui uma antipartícula, neste caso, um antineutrino.
Devido a capacidade dessas partículas de atravessar o núcleo solar até chegar a Terra, elas conseguem mudar de acordo com a velocidade da luz. Então, caso um neutrino de elétron saia do Sol, a partícula pode chegar a Terra como neutrino de múon, por exemplo.
Para os cientistas, o Universo deveria ser formado por uma mesma quantidade de matéria e antimatéria. Porém, sabe-se que existe mais matéria na formação do Universo e isso pode ser explicado pela presença dos neutrinos na composição de tudo. Além disso, os neutrinos adquirem características um pouco diferentes, contribuindo para a quantidade maior de matéria.
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Fontes: Info Escola, Brasil Escola, Revista Galileu e Portal IFGW
Imagens: Live Science, Juventud Rebelde, Engenharia e Socientifica.