A Organização das Nações Unidas (ONU) define o termo megacidades como os centros urbanos com uma quantidade de habitantes maior do que 10 milhões de pessoas. Sendo assim, são as cidades que possuem densidade populacional mais elevada no planeta.
Esse nome foi dado, pois há algumas cidades que possuem uma população maior do que outros países. Todavia, um fato curioso dessas áreas urbanas é que a maioria delas estão localizadas em países emergentes e subdesenvolvidos.
Nesse sentido, a capital japonesa, Tóquio, é a maior megacidade do mundo. Sua população ultrapassa a marca de 30 milhões, sendo apelidada como “Metacidade”.
Nesse caso, o que faz a densidade populacional da capital ser tão elevada é a intensa aglomeração, pois a região está rodeada por montanhas e vulcões e assim as áreas habitáveis se tornam limitadas.
A princípio, as megacidades nem sempre são apenas um município, pode ocorrer a chamada conturbação, que interliga áreas urbanas ou metrópoles com outros munícipios menores, formando assim as regiões metropolitanas.
No Brasil, há duas megacidades, sendo elas: São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse contexto, vale ressaltar que São Paulo é a segunda cidade mais populosa no mundo todo, que, juntando com sua região metropolitana, ultrapassa 20 milhões de habitantes.
Existem outras cidades que também caminham para uma superlotação, pois cada vez mais as pessoas estão abandonando o campo e mudando para a cidade. No Brasil, as cidades que possuem potencial para se tornar grandes cidades com muitos habitantes são: Belo Horizonte e Porto Alegre.
Desafios atuais
Como dito anteriormente, com exceção de Tóquio, a grande maioria das 21 megacidades existentes atualmente são de países emergentes. Como consequência do êxodo rural e o aumento da urbanização, desde o século XX, o número de pessoas em grandes cidades cresce cada vez mais.
Conforme a modernização dos processos, principalmente relacionados ao trabalho, a grande maioria das oportunidades de emprego e moradia passaram a se concentrar nos centros urbanos. Por conta disso, as pessoas foram lotando as cidades até se tornarem megacidades.
Para ter uma noção do tanto que a migração para as cidades foi intensa, com base nos dados do ano de 2010, a maior parte das pessoas do mundo vivem hoje em cidades, o que antes era o contrário.
Além do aspecto migratório, outra coisa que influencia muito é a questão das taxas de natalidades, que tendem a ser maiores em países emergentes.
Problema das megacidades
Com todas as mudanças que ocorreram nos últimos anos, surgiram desafios para que as megacidades conseguissem suportar o elevado número populacional. Lembrando que esse resultado é oriundo de crescimento acelerado e desordenado.
Bem como, é nítido os diversos problemas socais e urbanos que estão presentes nas grandes cidades. Nota-se o crescimento de favelas e a falta de atendimento para a população, como saneamento básico e transporte público de qualidade. Assim como problemas no meio ambiente, resultado de muita poluição.
Além desses desafios, pode-se citar também os problemas de abastecimento, de mobilidade urbana e trânsito. Assim também, observa-se o crescimento da violência e a proliferação de doenças respiratórias.
Dessa forma, definitivamente as megacidades possuem problemas. Eles podem ser resolvidos com o surgimento de medidas sustentáveis para melhorar o meio ambiente. Além disso, necessitam de políticas publicas que melhorem a infraestrutura e a qualidade de vida da população.
Megacidades no mundo
Em síntese, nos tempos atuais existem 21 megacidades espalhadas pelo mundo, sendo 12 delas localizadas em países emergentes.
Além disso, segundo estudos desenvolvidos pela ONU, em 2050, 70% da população vai estar vivendo nas áreas urbanas. Portanto, novas megacidades devem surgir nos próximos anos.
Em suma, as megacidades existentes ao redor do mundo são:
Tóquio, Japão – 36.669.000 habitantes
Déli, Índia – 22.157.000 habitantes
São Paulo, Brasil – 20.262.000 habitantes
Mumbai, Índia – 20.041.000 habitantes
Cidade do México, México – 19.460.000 habitantes
Nova York, Estados Unidos – 19.425.000 habitantes
Xangai, China – 16.575.000 habitantes
Calcutá, Índia – 15.552.000 habitantes
Daca, Bangladesh – 14.648.000 habitantes
Los Angeles, Estados Unidos – 13.156.000 habitantes
Karachi, Paquistão – 13.125.000 habitantes
Buenos Aires, Argentina – 13.074.000 habitantes
Pequim, China – 12.385.000 habitantes
Rio de Janeiro, Brasil – 11.950.000 habitantes
Manila, Filipinas – 11.628.000 habitantes
Osaka-Kobe, Japão – 11.635.000 habitantes
Cairo, Egito – 11.005.000 habitantes
Lagos, Nigéria – 10.578.000 habitantes
Moscou, Rússia – 10.550.000 habitantes
Istambul, Turquia – 10.525.000 habitantes
Paris, França – 10.485.000 habitantes
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Fonte: Brasil Escola, Mundo Educação e Toda Matéria
Imagens: Todo Estudo, Qual Viagem, Mundo Geográfico, VEJA e Brainly