A Escola de Frankfurt era uma escola de pensamento filosófico e sociológico. Sua origem remonta ao ano de 1923, com a criação do Instituto de Pesquisa Social, após a realização da Primeira Semana de Trabalho Marxista.
Somente durante a década de 1950, a Escola de Frankfurt seria assim reconhecida. Com a participação de intelectuais que eram vinculados à Universidade de Frankfurt, a escola se preocupava em criar uma nova interpretação do marxismo, da política e da sociologia do século.
Nesse sentido, pensadores como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Walter Benjamin e Jürgen Habermas ganharam espaço com a teoria crítica, que fez duros apontamentos às teorias iluministas e propôs uma nova leitura do marxismo, sem a perda de ideais de esquerda.
Origem da Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt representou o que se considera como uma quinta etapa da filosofia alemã. Reuniu, entretanto, intelectuais que propagavam as ideias marxistas e que desenvolveram a teoria crítica.
O contexto histórico tinha a eclosão da Revolução Russa, a Primeira Guerra Mundial e a ascensão de ideais socialistas no começo do século XX. Na Europa, o marxismo era debatido de maneira aprofundada, o que gerava correntes de pensadores que defendiam, de uma forma ou outra, a implementação deste sistema em governos.
Todavia, dentro do espectro de intelectuais que defendiam uma nova interpretação das ideias marxistas, surgiam os da Escola de Frankfurt. Aliados à sua teoria crítica, criticavam o nazismo alemão, o fascismo da Itália com Mussolini e outros aspectos da sociedade.
Nesse sentido, o que impulsionou a criação da Escola de Frankfurt foi a Primeira Semana de Trabalho Marxista (1922), organizada por Felix Weil. Esse evento tinha como objetivo a busca de uma nova interpretação do marxismo, que pudesse ser aplicada no século XX.
Uma das primeiras resoluções do evento seria a criação do Instituto de Pesquisa Social, realizado em 1923. Após passar por várias gestões, o instituto vinculado à Universidade de Frankfurt ganhou o nome de Escola de Frankfurt, já na década de 1950.
Características da Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt foi responsável por agrupar diferentes pensadores que tinha em comum o uso da teoria crítica para desenvolver seus estudos. Nesse sentido, concentraram seus esforços em uma análise crítica do capitalismo e na atualização de leituras marxistas.
Assim, cabia a eles criarem novas alternativas para a fixação das ideias de Karl Marx, sempre de acordo com o que se vivia durante o século XX. Nesse sentido, a Escola de Frankfurt foi também responsável por elaborar conceitos como indústria cultural e cultura de massa, amplamente debatido por seus intelectuais ao longo dos anos.
A visão desenvolvida pelos pensadores da Escola de Frankfurt propunha um olhar para a cultura que fosse capaz de perceber que a disseminação desta cultura de massas favorecia sempre o capitalismo, o que contribuía para uma sociedade capitalista com base sólida.
Principais pensadores
Com estudos propostos desde a década de 1930, a Escola de Frankfurt contou com gerações importantes de pensadores. Eles foram responsáveis pela análise e denúncia de estruturas que exerciam dominação política, econômica e cultural da sociedade moderna.
Foram críticos da capacidade de destruição que o capitalismo carrega consigo, o que resulta na estagnação da consciência política, crítica e revolucionária do ser humano, reduzindo-os apenas a uma massa alienada.
Nesse sentido, pode-se citar o nome de Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Walter Benjamin e Jürgen Habermas. Todavia, deixaram um legado de obras que incluem títulos como A dialética do esclarecimento e Indústria Cultural e sociedade.
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Fontes: Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Educação, Uol, Info Escola
Imagens: EDUVIM, Biblioo, Comunidade Cultura e Arte, Revista CULT