Dorsais oceânicas, o que são? Processo de formação e características

Dorsais oceânicas são grandes cadeias montanhosas submersas formadas a partir do movimento das placas tectônicas e da erupção do magma.

Dorsais oceânicas, o que são? Processo de formação e características

A Grande Muralha da China carrega o título de única obra humana capaz de ser vista a olho nu do espaço. Em contrapartida, as dorsais oceânicas são estruturas esculpidas pela própria natureza que também seriam visíveis para além da exosfera se não fossem cobertas por uma abundante quantidade de água salgada.

Apesar de possuírem muitos nomes, como dorsais submarinas, dorsais meso-oceânicas ou crista média oceânica, as grandes cadeias montanhosas submersas nos oceanos vem sendo estudadas desde o século XX. Curiosamente, para a geologia esses relevos formados pelo afastamento das placas tectônicas são considerados jovens.

Visto que, dentre todas as dorsais oceânicas existentes, nenhuma possui mais do que 200 milhões de anos, essa consideração é coerente. Afinal, basta lembrar que o planeta Terra conta com aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Contudo, como se formam essas cadeias montanhosas submersas pelos oceanos?

Como as dorsais oceânicas são formadas?

Dorsais oceânicas são formadas através da erupção do magma do manto terrestre, seguida por sua solidificação

A estrutura terrestre é dividida em camadas: crosta, manto e núcleo. Enquanto a primeira é onde a biosfera e as demais esferas de vida se encontram, as duas últimas são preenchidas por minérios a uma temperatura extremamente elevada que acabam originando o magma.

Presente principalmente no manto terrestre, o magma se movimenta em correntes cíclicas. Como resultado desse fluxo, uma elevada pressão interna é exercida e, consequentemente, as placas tectônicas se movem. Dessa forma, o magma encontra uma abertura para fora do manto e imerge na crosta.

Assim que é expelido, o magma rapidamente sofre uma alteração física e se transforma em rochas ígneas ou magmáticas. Em seguida, com o passar do tempo, essas rochas podem permanecer nesse estado ou se converterem gradativamente em rochas metamórficas. Essa transformação depende das condições de pressão do ambiente.

Ao passo que o processo de erupção do magma varia de acordo com o “efeito esteira” do tectonismo, o mesmo pode acontecer em curtos ou longos intervalos de tempo. De toda forma, isso acaba tornando os locais de surgimento de dorsais oceânicas os pontos de maior renovação da litosfera, já que novas rochas sempre se formam.

Em suma, as dorsais oceânicas são formadas através da saída do magma do manto terrestre. Em seguida, o mesmo é solidificado de acordo com a pressão local e origina cordilheiras montanhosas submersas.

Características dessas montanhas submersas

Dorsais oceânicas são grandes formações rochosas submarinas

Assim como as montanhas terrestres, as dorsais oceânicas são grandes elevações submarinas. Sua composição é marcada por basalto, sua altura pode ultrapassar os 3000 metros e sua largura chega a milhares de quilômetros. Só para ilustrar, a conexão de todas as dorsais atuais forma uma cadeia montanhosa de 65 mil km de extensão.

Ademais, nos pontos mais extremos dessas dorsais é notável a formação de escarpas. Dependendo da velocidade de afastamento das placas tectônicas, da intensidade de magma expelido e da pressão da água uma elevação acentuada é formada. Dessa forma, um relevo de queda abrupta se manifesta, formando uma espécie de paredão.

A Dorsal Mesoatlântica

Dorsais oceânicas, o que são? Processo de formação e características
Uma das dorsais oceânicas mais conhecidas é a Mesoatlântica

Embora as dorsais oceânicas se espalhem pelo globo, uma das mais conhecidas é a Mesoatlântica. Muito estudada por cientistas, essa elevação ocorreu no Período Cretáceo durante a separação continental que constituiu o Oceano Atlântico. Visto que se encontra entre duas placas tectônicas, essa dorsal se expande ao ritmo de 2 a 10 cm por ano.

Curiosamente, os pontos mais elevados da Cordilheira Mesoatlântica formam ilhas ao longo dos vários locais que emergem. Ademais, a mesma é cortada, perto da linha do Equador, pela Fossa Romanche, dando origem à Dorsal do Atlântico Norte e Dorsal do Atlântico Sul.

Assim como mencionado acima, as placas que se encontram submersas pelo Atlântico estão em constante processo de afastamento. Apesar disso, as áreas continentais imersas por ele apresentam uma acentuada estabilidade geológica, com poucos terremotos e praticamente nenhum vulcanismo, o que inclui o território brasileiro.

E então, o que achou da matéria? Se gostou, confira também: Arquipélago – Conceito, tipos, características e principais exemplos.

Fontes: Tempo.pt, Brasil Escola, Mundo Educação.

Imagens: SlideServe, Geografia e Luta, LAPA, Tempo.pt.

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