Entender os aspectos que gerem as coordenadas do mundo é muito importante nos estudos geográficos. Assim, a cartografia entra para representar e explicar uma área geográfica ou uma superfície plana. Dessa forma, através dos estudos cartográficos é possível traças os mapas do mundo.
Nesse sentido, o termo cartografia foi desenvolvido pela Associação Cartográfica Nacional. Assim, estudar esse ramo da geografia se torna complexo e desafiador porque a cartografia está em constante mudança.
Além das representações físicas em forma de mapas, a cartografia é utilizada para expressar a realidade social, econômica, histórica e cultural de cada país. Nesse sentido, para que os mapas sejam estudados é necessário ciência, arte e tecnologia. Assim, todo o processo é desenvolvido por mais de uma pessoa.
É importante destacar que o estudo cartográfico envolve, também, investigação científica com o auxílio da matemática, história e tecnologia. Além disso, nos dias atuais, a cartografia é um suporte para que fenômenos sociais e geográficos sejam estudados, além de prever o tempo, ajudar no manejo florestal e na construção de estradas.
Cartografia na história
Os primeiros indícios do uso da cartografia foram na pré-história. Assim, era utilizada para representar territórios favoráveis à prática da pesca e da caça. O mundo, por exemplo, era representado de forma achatada como um disco, na Babilônia.
Dessa forma, quem estabeleceu os contornos geográficos que conhecemos hoje foi Ptolomeu. Logo, o cientista definiu esboços que continham oito volumes para mostrar a forma esférica da Terra. Nesse sentido, o trabalho de Ptolomeu foi utilizado na Idade Média para separar os continentes europeu, asiático e africano. As coordenadas eram separadas com a letra T, formado pelo Mar Mediterrâneo e o Rio Nilo.
A cartografia teve avanço considerável quando o uso do telescópio passou a ser utilizado. Com isso, os cálculos para determinar a latitude e a longitude eram mais precisos. Além disso, hoje em dia, o uso da tecnologia e de softwares é possível fazer fotografias e estabelecer maiores detalhes e precisão.
Coordenadas geográficas
Você, provavelmente, já teve ter reparado as linhas existentes nos mapas geográficos. Essas linhas existem e são traçadas pela cartografia para indicar a latitude e a longitude. Dessa forma, a latitude e longitude formam o que chamamos de coordenadas geográficas. Logo, as linhas indicam as medidas em relação a Linha do Equador e ao Meridiano de Greenwich.
Nesse sentido, a medida utilizada na representação é em graus. Logo, os paralelos do Equador são representados pela latitude de 0º, em relação ao ponto de sentido do Hemisfério Norte (N) ou Hemisfério Sul (S). Dessa forma, a variação pode ser de 0º a 90º. É importante destacar que, quando a direção é para o Hemisfério Norte quanto para o Hemisfério Sul, o calculo é negativo.
Por outro lado, a longitude é utilizada para indicar os meridianos. Assim, os cálculos são feitos utilizando o ponto de partida de Greenwich no sentido Leste (E) ou Oeste (W) de qualquer ponto da superfície da Terra. Nesse sentido, a longitude pode variar de 0º a 180º. Logo, é positiva quando parte do Hemisfério Oriental e negativa quando é o ponto de partida é o Hemisfério Ocidental.
Projeção cartográfica
Em síntese, a projeção cartográfica se refere à representação da superfície da Terra – esférica – em um plano. Entretanto, para que essa representação seja possível, alguns aspectos cartográficos sofrem variação. Assim, as áreas, formas e as distâncias são alterados e assim, é necessário escolher a projeção mais adequada.
Dessa forma, as projeções podem ser dividas de acordo com o plano real da Terra e o plano na superfície em:
- conformes: os ângulos são mantidos idênticos, tanto na esfera quanto no plano e as áreas são deformadas;
- equivalentes: as áreas se apresentam idênticas e os ângulos são deformados;
- equidistantes (ou afiláticas): as áreas e os ângulos se apresentam deformados.
Além disso, a divisão pode ocorrer também em relação a superfície de contato. Assim, temos:
- cilíndrica: nesta projeção, a Terra parece ser envolvida por um cilindro de papel, em que são projetados os paralelos e os meridianos. Dessa forma, depois de projetadas estas linhas imaginárias, o cilindro é aberto ao longo de um meridiano;
- cônica: a superfície da Terra é representada sobre um plano em forma de cone, em que os paralelos formam círculos concêntricos. Ou seja, um dentro do outro, sendo o menor representado pelo polo, Norte ou Sul, e o maior a Linha do Equador, o paralelo 0º. Assim, nesta projeção, à medida que se afasta do paralelo de contato com o cone, as distorções aumentam;
- azimutal (ou plana): a superfície terrestre é representada em um plano que tangencia um dos polos. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos formam ângulos retos partindo do polo. Dessa forma, as deformações nesta projeção aumentam conforme se afasta do polo.
Tecnologia e cartografia
Atualmente, o uso da tecnologia auxilia a cartografia a chegar a resultados mais precisos e completos. Assim, são utilizados, por exemplo, os satélites e o GPS. Além disso, o uso da tecnologia possibilita a coleta de dados mais rápidos e com custos menores. Assim, podemos destacar:
- Sensoriamento Remoto: as imagens são obtidas por meio de scanners de satélites, radares e equipamentos fotográficos. Ou seja: é a captação e registro de imagens a longa distância. Assim, podem ser obtidas imagens de florestas, cidades, nuvens e outros;
- Sistema de posicionamento global (GPS): Desenvolvido na época da Guerra Fria, o GPS aponta com precisão a localização de um objeto ou pessoa. Nesse sentido, entre suas utilizações, encontra-se o direcionamento em ruas e rodovias quando instalados em automóveis.
Conhecer sobre a cartografia é muito importante nos estudos geográficos. Se gostou da matéria, não perde tempo e confere esse texto sobre a Rosa dos ventos – O que é, história, pontos cardeais e como é utilizada
Fontes: Toda Matéria, Descomplica, Info Escola
Fonte imagem destaque: Brain Candy