Manuel de Borba Gato (1649-1718) foi um dos mais importantes bandeirantes paulistas, tendo descoberto, em 1700, um filão de ouro nas minas de Sabará.
Borba era genro do bandeirante Fernão Dias Pais, pois se casou com Maria Leite. Participou da expedição das esmeraldas, da guerra dos Emboabas e vivia em busca de ouro pelas matas de São Paulo e Minas Gerais.
Além disso, ganhou o cargo de Tenente-general do Mato pela descoberta de minas de ouro.
Biografia e história de Borba Gato
Manuel de Borba Gato nasceu em São Paulo, em 1649. O pai, João Borba Gato, e seu tio, Belchior de Borba Gato, participaram de bandeiras. Anteriormente, Belchior participou da revolta contra os jesuítas e na Aclamação de Amador Bueno, em 1641.
Dessa forma, Borba cresceu inspirado em bandeirantes e, com isso, se casou com Maria Leite, filha do “Caçador de Esmeraldas e índios”, o bandeirante Fernão Dias Pais.
Junto ao sogro, Borba partiu para o interior do Brasil em 1974, em busca das esmeraldas de Sabarabuçu. Logo, em 81 com o fim a expedição e com diversas pedras verdes, os dois voltaram para a vila. Nesse meio tempo, Fernão Dias acabou morrendo nas proximidades do rio das Velhas.
Com isso, o comando da bandeira passou para o primogênito Garcia Rodrigues Pais que, junto com Borba Gato, retornou para São Vicente. Entretanto, antes de chegarem em casa, encontraram com Rodrigo Castelo Branco no caminho, um castelhano a serviço do Império Português na Colônia do Brasil.
Conforme havia pedido Fernão, Garcia deu todas as pedras a Castelo Branco. Apesar disso, Borba não concordou muito com atitude.
Posteriormente, um ano seguinte (1682), Castelo Branco foi encontrado morto e Borba foi acusado de cometer o assassinato do castelhano. Como resultado, Borga Gato se escondeu no sertão, onde passou dezessete anos.
Borba Gato como superintendente das minas de ouro
Ao longo dos dezessete anos recluso nas matas, Borba Gato vasculhou todos os cantos até encontrar um filão de ouro nas minas de Sabará, nas proximidades do Rio das Velhas em Minas Gerais.
Assim, ao descobrir o ouro de Sarabá, o governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá, procurou Borba Gato para lhe ceder o perdão pelo crime em troca da localização exata do ouro.
Como resultado, também impulsionou a mineração em Minas Gerais, em Mato Grosso, na Bahia e em Goiás, iniciando o apogeu do ciclo do ouro. A cidade enriquecia e o número de novos moradores também.
Por fim, Borba acabou sendo nomeado como superintendente das minas de ouro. Logo, também ficou responsável pela organização da justiça, divisão das lavras de ouro e o envio dos impostos que correspondiam à Coroa portuguesa.
Guerra dos Emboabas
A Guerra dos Emboabas foi um confronto entre vicentinos e os forasteiros, que durou entre 1707 a 1709, tendo se formado após as descobertas do ouro na região.
De antemão, o principal motivo do confronto foi a taxação dos paulistas, descontando o quinto (20%) reservado para a coroa. De um lado ficaram os paulistas, liderados por Borba Gato, do outro, os emboabas, liderados por Manuel Nunes Viana.
Nesse ínterim, Borba Gato chegou a exigir a retirada de Nunes Viana da cidade. Após algumas mortes, Borba Gato resolveu abandonar essa guerra e foi morar em sua fazenda em Paraopeba. Em 1718, Manuel Borba Gato faleceu em Sabará, Minas Gerais.
Estátua de Borba Gato
Alguns dos principais bandeirantes possuem estátuas espalhadas pelo Brasil, um deles é o Borba Gato, que tem um monumento no Museu Paulista e outro no bairro de Santo Amaro.
Com 10 metros de altura e 20 toneladas, a estátua a céu aberto já foi alvo de ataques de protestos por populares que não concordam com bandeirantes ganharem esse tipo de homenagem. De acordo com os manifestantes, os bandeirantes causaram sofrimento dos índios e não merecem o prestígio.
Fontes: Toda Matéria, Só História e EBiografia,
Imagens: Carta Maior, Guerra dos Emboabas, Visite o Brasil e Wikiwand.