O Brasil é um país rico em biodiversidade, com variadas espécies animais e vegetais que embelezam nossas terras e encontram por aqui condições naturais e propícias de existência. Nesse sentido, o Atol de Rocas, arquipélago situado a 260 quilômetros de Natal (RN), é um dos mais importantes exemplos nacionais de conservação da vida.
O arquipélago fica localizado no Oceano Atlântico e foi elevado à categoria de Reserva Biológica brasileira em 1979. Mas você sabe o que é um atol?
O Atol é uma ilha oceânica rebaixada que se formou ao longo de milhares de anos sobre uma área terrestre formada por bancos de areia ou por rochas vulcânicas. Possui formato circular rodeado por corais e com água no centro.
Além disso, é formado por 2,5 quilômetros de extensão de norte a sul e mais 3,7 quilômetros de leste a oeste, além de ser a única formação desse tipo no Atlântico Sul.
Origem do nome Atol das Rocas
O nome atol foi utilizado pela primeira vez por Charles Darwin, famoso biólogo conhecido por popularizar a Teoria da Evolução das Espécies, no século XVII. Em uma de suas publicações, ele acabou utilizando o termo, que tem origem na língua nativa das Maldivas.
O Atol das Rocas e o arquipélago de Fernando de Noronha têm o privilégio de serem as únicas formações marinhas de todo o Oceano Atlântico que estão acima do nível do mar, isto é, podem ser vistas com facilidade.
Os anéis de recife funcionam como uma espécie de proteção, separando todo o interior da estrutura das águas turvas do oceano. Ademais, o Atol das Rocas também conta com piscinas naturais e duas ilhas principais em seu interior: a do Farol e a do Cemitério.
A Ilha do Farol conta com 34 mil metros quadrados e foi batizada assim por abrigar as ruínas de faróis do século XIX e XX. Por outro lado, a Ilha do Cemitério recebe esse nome devido aos constantes náufragos que vitimaram diversos marinheiros naquela região.
O motivo seria a agressividade das águas ao redor do atol, assim como a ausência de rochas que serviam de alerta aos descobridores marítimos.
Apesar disso, o Atol das Rocas é reconhecido nacionalmente pela biodiversidade local, que elevou o complexo à categoria de Reserva Biológica em junho de 1979. Em 2001, a reserva foi declarada Sítio do Patrimônio Mundial Natural pelas Organizações das Nações Unidas (ONU).
Importância da preservação ambiental
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio), o Atol das Rocas conta, ao todo, com cerca de 360 km², contando com 147 espécies de peixes, 110 de macroalgas e mais de 150 mil pássaros de 29 espécies diferentes.
Essa última numeração eleva o atol ao título de maior colônia de aves marinhas tropicais do Brasil. Entre elas, é possível encontrar seres como o atobá-mascarado e a viuvinha-marrom.
De maneira idêntica, são encontradas tartarugas verdes (que utilizam a reserva como local de desova), crustáceos, esponjas, moluscos, peixes e diversas outras espécies.
O clima equatorial, vegetação herbácea, o isolamento e a fartura de comida são alguns elementos que explicam a riqueza da fauna e flora locais.
O Atol das Rocas é aberto à visitação?
Não. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) regula a entrada e saída de pessoas da ilha de corais e autoriza apenas a presença de estudantes e pesquisadores.
Tal medida é primordial para manter o patrimônio protegido da exploração da caça e pesca, da mesma forma que evita a poluição/degradação por parte de turistas.
Estudar a biodiversidade brasileira, assim como a estrutura física e geográfica das estruturas que formam o país, é tema primordial para conhecer e valorizar cada vez mais a riqueza nacional, seja para acadêmicos da área ou para o restante da sociedade civil.
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Fontes: Escola Britannica, Brasil Escola, Catraca Livre
Imagens: Brechando, Marinha do Brasil, Blog do Professor Marciano Dantas, Paisagens Potiguares.