A Queda da Bastilha foi um o evento considerado o pontapé inicial da Revolução Francesa. Ocorreu no dia 14 de julho de 1789 em Paris, durante um momento de crise política. A população parisiense estava descontente com o governo absolutista. A tomada da prisão da Bastilha marcou a queda do Antigo Regime.
Uma multidão formada por operários, lojistas e artesãos, foi responsável pelo movimento. Começaram invadindo os arsenais do governo para obter armas e seguiram até a fortaleza da Bastilha. O prédio era utilizado como prisão dos inimigos do rei, mas no século XVIII havia apenas sete presos e 100 guardas ali.
O objetivo inicial era ter acesso à pólvora armazenada. Porém, isso foi transformado em combate. Houve uma tentativa de negociação por parte do governador da prisão. Contudo, durante a queda da Bastilha, ele acabou tendo sua cabeça arrancada do corpo e espetada numa lança.
Contexto Histórico
O Antigo Regime francês era uma monarquia absolutista com o poder concentrado nas mãos do rei. No final do século XVIII, o monarca era Luís XVI. A sociedade da época era dividida em três estamentos:
- Primeiro Estado: correspondia ao clero francês;
- Segundo Estado: correspondia à nobreza;
- Terceiro Estado: correspondia ao povo (burguesia, camponeses, artesãos, comerciantes).
Dentro do terceiro estado estavam 98% da população. E essa maioria era responsável por pagar altos impostos, enquanto os outros estados saíam isentos. Desse modo, o primeiro e o segundo estado ainda recebiam outros privilégios como vida luxuosa e terras doadas pelo rei.
Na década de 1770, uma grande crise econômica se instalou na França. Isso porque o país havia se envolvido na guerra de Independência dos Estados Unidos, indo à falência. Por isso, a nobreza passou a explorar ainda mais o povo.
Já em 1785, o país passou por um grande período de seca matando os rebanhos. Três anos depois, outra seca elevou os preços dos alimentos, gerando um quadro de fome generalizada. O aumento no custo de vida impulsionou rebeliões.
Criação da Assembleia Nacional Constituinte
Por conta da grave crise econômica, o rei Luís XVI resolveu convocar os Estados Gerais. Ou seja, um conselho de representantes dos três estados para debater soluções e decidir na base do voto. No entanto, cada estado tinha direito apenas a um voto, dessa forma a nobreza e o clero conseguiriam sempre manter seus privilégios.
O terceiro estado, porém, representado pela burguesia, propôs que os votos fossem contados individualmente por cabeça. Mas a elite se sentiu ameaçada.
Um mês se passou em discussões sem nenhuma solução. Sendo assim, o povo rompeu com os Estados Gerais e proclamou a Assembleia Nacional Constituinte, visando formular uma nova constituição.
Desdobramentos da queda da Bastilha
Enquanto o terceiro estado se movimentava de forma independente, a informação de que o rei pretendia dissolver a assembleia militarmente se espalhou. Em vista disso, a população se revoltou. Contudo, a burguesia criou a Guarda Nacional para defender seus interesses. Desse modo, a população se viu encorajada a conseguir armamentos.
Então, a população parisiense se uniu para derrubar o absolutismo. Portanto, tomaram a prisão, que era o maior símbolo do regime absolutista, e a incendiaram, marcando o início de uma nova fase para o país.
A notícia da queda da Bastilha, que simbolizava o antigo regime, se espalhou por toda a França. Sendo assim, o movimento de insatisfação política, econômica e social, atingiu cidades menores e agrupamentos rurais com um sentimento revolucionário.
Dessa forma, abriram-se as possibilidades para reais mudanças no país. Além de considerada como início da Revolução Francesa, a Queda da Bastilha também marca o início da Idade Contemporânea, segundo historiadores. E em 1790, se tornou feriado nacional.
Se este assunto te interessou, vai conferir outros conteúdos do site como Comuna de Paris – História, ações e protagonistas do assalto aos céus.
Fontes: Info Escola, Brasil Escola.
Imagem de destaque: Ensinar História.