Provavelmente, você já deve ter ouvido o termo preconceito? Mas afinal, você sabe o real significado e, além disso, sabe quais são os principais tipos de preconceitos? Pois bem, a definição do termo se refere à uma ideia pré-estabelecida sem que haja comprovações ou experiência por parte do indivíduo que fala.
Neste caso, as ações preconceituosas são pautadas em juízos de valores e disseminadas por meio da discriminação. Neste caso, são categorias sociais impostas a grupos ou a um indivíduo por meio de estereótipos. A generalização, neste caso, é a principal arma de atitudes preconceituosas. Isso porque, são ideais e marcas estereotipadas que determinam singularidade ao grupo ou indivíduo.
Grupos que compartilham preconceito estabelecem meios de disseminação, que podem ser pessoal e até virtual. Dentre os principais tipos de preconceito está o racismo, a homofobia, o machismo, xenofobia, transfobia e tantas outras formas maldosas de estabelecer a intolerância sobre grupos ou indivíduos.
Muito mais que apenas ideias, o preconceito atua por meio de crenças e superstições. Muitas vezes, ideias implantadas na sociedade que perduram por anos e são alheias a informações ou novas maneiras de enxergar uma realidade. Geralmente, grupos preconceituosos disseminam atos violentos e não sabem, na realidade, o porquê de estarem fazendo determinada ação. São, assim, guiados por ideias estereotipadas e por concepções já existentes criadas pelo senso comum.
Como começa o preconceito
Já imaginou que, praticamente, todas as ideias que temos são proporcionadas por experiências e vivências históricas. Essas vivências são determinantes para moldar um ser humano e são com elas que cada indivíduo constrói a ideia de identidade. Se é assim, já parou pra pensar qual o motivo de julgarmos um grupo ou um indivíduo apenas pelo o que é expresso externamente?
O conceito de identidade, dessa forma, é visto de duas maneiras. A identidade que cada um carrega pode ser diferente da identidade reconhecida pelo meio social. Ou seja, é como se as experiências e vivências fossem anuladas pelo conceito de identidade que é rotulado à algum grupo ou indivíduo. Nesse sentido, a ideia de identidade depende de elementos como a geração, o gênero, a etnia, raça, orientação sexual, religião, etc.
Cada uma dessas características sociais podem moldar conceitos pré-estabelecidos. Esses conceitos, então, podem conter diversos tipos de preconceitos, já que cada indivíduo vai enxergar as definições de maneiras diferentes. As definições, no caso, dependem do modo como cada um vive, do meio onde está inserido. Além disso, das ideias que compartilham, das barreiras estereotipadas que decidem quebrar.
A partir disso, é possível perceber que a convivência social mostra a visão do outro sobre uma identidade e vice-versa. Assim como o outro enxerga, ele também é enxergado. Essa forma de convivência, olhar e ser olhado, é o que denominamos de alteridade. O mundo é um lugar muito grande e, por conta disso, várias são as culturas e os modos de viver. A variedade de identidade e a dificuldade de enxergar as diferenças é o que mantêm, infelizmente, o preconceito vivo, por meio da intolerância ao diferente.
Formas de manifestação preconceituosa
O preconceito está em todo o mundo. Dependendo do lugar, certos tipos de preconceito podem ser mais intensos que outros. No caso do Brasil, por exemplo, os principais tipos de atitudes preconceituosas estão relacionados ao racismo (preconceito contra negros), machismo, misoginia, sexismo (preconceito contra mulheres), homofobia, transfobia e xenofobia.
Atitudes de ódio, intolerância e discriminação podem ocorrer de diversas formas. Podem ser desde ações disfarçadas, por meio de brincadeiras, comentários, gestos, etc, até perseguição, homicídios e violência. Com a internet sendo cada vez mais utilizada para manifestação do ódio, o preconceito virtual tem tomado grandes proporções.
São grupos que realmente acreditam na justificativa histórica para atos de ódio aliados à ideia de superioridade sobre outro grupo. Assim, grande parte das ações preconceituosas também é pautada no etnocentrismo – ideia de superioridade de uma cultura em relação à outra. Esse tipo de preconceito era muito praticado, por exemplo, durante as guerras, o terrorismo e o período da colonização.
Preconceito no Brasil
A ideia de que o preconceito está mais exposto é um fato. No Brasil, por exemplo, o número de mortes causadas pela misoginia, racismo e homofobia é alarmante. E a sociedade tem, cada vez mais, conhecimento dos inúmeros casos por conta da internet. Para se ter ideia, o feminicídio (assassinato em razão do gênero) aumentou, aproximadamente, 30% nos últimos anos.
Outra ação preconceituosa preocupante é a desigualdade social. O preconceito racial e social, neste caso, envolve estereótipos relacionados à cor, a renda e o gênero. Na Constituição existe uma lei (Lei n.º 7716 (1989) que determina a punição de grupos e indivíduos que cometem atos preconceituosos e de discriminação. Porém, na realidade, são poucos os casos em que a lei é aplicada.
Por fim, uma das medidas para amenizar atos preconceituosos foi implementar ações na educação. O sistema de ensino brasileiro, por exemplo, possui algumas propostas como os “Temas Transversais”, em que questões sobre pluralidade cultural e orientação sexual são ensinadas. Por meio dessas ações, ou seja, por meio da educação, é possível construir uma sociedade mais tolerante e democrática.
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Fontes: Info Escola, Toda Matéria e Toda Matéria
Imagens: Acidigital, Hiper Cultura, Além do Roteiro, Facto Agência, Hiper Cultura e Canção Nova