Hoje em dia, muito se fala sobre as cidades globais ou grandes metrópoles. Derivado da palavra grega metropolis, onde “meter” significa “mãe” e “pólis” significa “cidade”, o termo metrópoles é empregado para designar uma cidade econômica, política e culturalmente influente. Todavia, vale lembrar que essa organização urbana teve início com a polis grega.
O período da Grécia Antiga foi marcado por cidades-estados que evoluíram gradativamente ao longo dos períodos homérico, arcaico e clássico. Assim como atualmente nomes como Nova York, Tóquio, Londres e São Paulo se destacam sempre que grandes metrópoles são citadas, na antiguidade Atenas e Esparta eram referências de polis gregas.
Da mesma forma que a democracia, as primeiras organizações de cidades gregas serviram como base para o conceito de município que conhecemos hoje. Porém, de seu desenvolvimento à implementação de características específicas, há muitos detalhes a se conhecer sobre a definição de polis grega.
A origem da Polis Grega
Antecedendo a criação da primeira polis grega, as pessoas se reuniam em pequenas aldeias. Essas comunidades eram majoritariamente agrícolas e recebiam o nome de genos ou comunidades gentílicas. Em suma, eram terras compartilhadas, de uso coletivo da comunidade e floresceram durante o período homérico.
Contudo, com o passar do tempo, a agricultura de subsistência das genos foi crescendo, bem como sua população. Logo, formaram-se as fratrias, terras cuja propriedade era delimitada. Em seguida, as fratrias se uniram e originaram tribos.
Assim, não demorou para que o comércio fosse implementado nessas comunidades e criou-se um centro, onde ficava o mercado da cidade. Assim nasceu a polis grega.
Curiosamente, antes da criação e difusão da democracia ateniense, a polis era controlada por uma oligarquia aristocrática. Além de ser controlada por um grupo formado pela elite, a polis possuía uma independência social, política e econômica, o que contribuía para a divisão de classes e desigualdade social.
As classes sociais em uma cidade-estado
A organização social da polis era dominada por homens livres, ou seja, homens nascidos na cidade em questão. Abaixo desses cidadão era possível encontrar mulheres, metecos (estrangeiros) e pessoas escravizadas (geralmente prisioneiros de guerra).
Apesar de Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Megara e Mileto serem conhecidas cidades-estados, Atenas e Esparta eram as referências de polis gregas.
Atenas era dominada pelos Eupátridas ou “bem-nascidos”, logo abaixo haviam os Georgoi (agricultores donos de terras) e, na base, existiam os Thetas (trabalhadores marginalizados) que constituíam a maior parte da população grega.
Já em Esparta, no topo haviam os Esparciatas (aristocratas soldados), em seguida existiam os Periecos (comerciantes, agricultores e artesãos) e, por último, os Hilotas (escravos) que também constituíam a base da população espartana.
A infraestrutura de uma polis grega
Da mesma forma que atualmente as cidades são divididas em centro e periferia, uma polis grega contava com a Ástey (zona urbana) e a Khora (zona rural). Ademais, em questão de infraestrutura, as cidades-estados eram formadas por casas, ruas, muralhas e espaços públicos.
Dentre os espaços comunitários, era possível encontrar a Acrópole, onde ficavam os palácios e templos dedicados aos deuses, e a Ágora, a praça principal onde ficava o mercado e ocorriam diversos atos públicos, como manifestações cívicas e religiosas.
Características de uma Polis Grega
Além das especificidades já citadas anteriormente, as características mais marcantes de uma polis grega eram:
- Autonomia e detenção de poder;
- Autossuficiência (política, social e econômica);
- Leis e organização social próprias;
- Princípio da propriedade privada;
- Complexidade social.
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Fontes: Toda Matéria, Brasil Escola, Todo Estudo
Imagens: InfoEscola, Cristina Gottardi, Patrick, Todo Estudo, Pinterest.