Após a Segunda Guerra Mundial, muitos países envolvidos no conflito ficaram economicamente devastados. Nesse cenário entra em ação o Plano de Recuperação Europeia, que foi um empréstimo emergencial para ajudar os países da Europa Ocidental a se reerguer economicamente. Esse plano econômico, de iniciativa dos Estados Unidos, ficou conhecido popularmente como Plano Marshall.
Assim, o principal intuito da implementação do Plano Marshall, era contribuir com os países enfraquecidos na guerra, lhes emprestando dinheiro para a sua reestruturação. Contudo, esse plano serviu também como uma estratégia importante para combater o avanço do socialismo defendido pela União Soviética.
Por isso, hoje iremos conhecer um pouco mais do que foi o Plano Marshall, e os resultados obtidos a partir dele. Vamos lá!
Contexto histórico do Plano Marshall
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, muitos países sofreram grandes consequências do seu envolvimento no conflito. Além do grande número de mortos, a economia estava devastada devido aos gastos durante a guerra.
Portanto, a recuperação econômica desses países sem qualquer ajuda externa seria praticamente impossível. Ciente disso, alguns países envolvidos no confronto se reuniram em julho de 1947, a fim de encontrar uma solução, uma espécie de auxilio econômico internacional. E assim, surge o Programa de Recuperação Europeia por iniciativa dos Estados Unidos.
Esse plano fica conhecido popularmente como Plano Marshal, uma homenagem à George Catlett Marshal, idealizador da iniciativa. Marshal era ex-chefe do Estado-Maior do Exército americano, e secretário de Estado do presidente dos Estados Unidos, Henry Truman.
Para administrar todos os recursos financeiros envolvidos no plano, foi necessário a criação de dois órgãos específicos, sendo eles:
- Administração de Cooperação Econômica, comandada pelos EUA
- Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE). No entanto, em 1957, a partir do Tratado de Roma, a OECE evolui para o Mercado Comum Europeu, e posteriormente vem a formar a União Europeia.
Plano Marshall
Assim, a Administração da Cooperação Econômica disponibilizou um total de 18 bilhões de dólares para a aplicação do Plano Marshal. Desse modo, os países mais beneficiados com esse auxilio foram o Reino Unido, a França, a Itália e a Alemanha.
No entanto, a ajuda não se limitava somente a empréstimo de dinheiro, esses países também receberam assistência técnica de peritos em tecnologia americanos. E mais do que isso, receberam ainda combustíveis, produtos industrializados, veículos, maquinário para fábricas, entre outros mantimentos. E assim, o plano emergencial se estendeu até 1951.
Contudo, essa iniciativa dos Estados Unidos era também uma estratégia para conter o avanço da União Soviética. E assim, fazia parte também das medidas implantadas para combater o comunismo da “Doutrina Truman”. Ou seja, tudo em prol de salvar o capitalismo.
Desdobramentos: OTAN e Plano Comecon
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), foi uma estratégia criada em 1949, durante o Plano Marshal. Assim, o principal intuito dessa aliança era militarmente consolidar a estrutura dos Estados-Nação europeus que estavam recebendo auxilio econômico.
Portanto, quando houve a Guerra da Coreia e a Guerra fria, houve também um acirramento na disputa entre americanos e soviéticos. Desse modo, os países que faziam parte da OTAN se esquivaram do pacto que determinava a agressão a um dos países como sendo agressão a todos os seus aliados.
Em contrapartida, o Plano Comecon (Conselho de Assistência Econômica Mútua), foi uma iniciativa da União Soviética. Essa que vendo os avanços do Plano Marshall, começou a se preocupar com a possibilidade dos seus países aliados migrarem para o lado dos norte-americanos.
Sendo assim, o Plano Comecon foi aplicado de forma atuante na política externa soviética, principalmente como medida de combate à influência ideológica dos Estados Unidos.
Resultados do Plano Marshall
No fim das contas, o Plano Marshall colocou um ponto final na tradição isolacionista americana. E conseguiu ampliar a margem de manobra americana ao conseguir acesso aos mercados europeus.
Sendo assim, além de abrir as portas para os investimentos dos americanos, os países europeus conseguiram reformar seus sistemas financeiros. E consequentemente conseguiram recuperar sua produção industrial, o nível de consumo, e restabelecer sua economia.
Então, para a economia da Europa Ocidental, o Plano Marshall foi muito positivo. Mas não tanto quanto para os Estados Unidos, que saíram como os maiores beneficiários da iniciativa. Isso porque eles conseguiram aumentar a sua influência na Europa e aumentar as exportações.
Enfim, o que você achou dessa matéria? Aproveita para conhecer também sobre os acontecimentos da Guerra Fria.
Fontes: Brasil Escola, InfoEscola, Educa Mais Brasil
Fonte Imagem Destaque: Estudo Prático