A Revolução de 1848, também chamada de Primavera dos Povos, foi uma série de conflitos que aconteceram em alguns países da Europa.
Teve início da França, posteriormente se propagou pelos grandes centros urbanos. Tinha cunho liberal, nacional e socialista.
A insurreição de 1848 foi responsável pela derrubada da monarquia e a instauração da Segunda República Francesa.
Antecedentes históricos da Revolução de 1848
Com o fim da Era Napoleônica, as monarquias europeias se reuniram no Congresso de Viena. O objetivo era preservar a monarquia dos ideais liberais da Revolução Francesa.
Foi então formada a Santa Aliança, a fim de proteger o governo monarca absolutista, sendo um acordo militar entre países.
Em 1848, Karl Max e Fredrich Engels lançaram o Manifesto Comunista, ao passo que espalhava o ideal socialista que pregavam.
A população pobre vivia em más condições de vida, o que foi agravado por colheitas ruins. Também houve aumento dos preços, além disso fábricas foram fechadas.
Operários e camponeses estavam já em vias de uma revolta, por outro lado burgueses e nobres desejavam a democracia.
A Revolução de Fevereiro de 1848
Em 1848 uma revolta popular começou a ser articulada através de várias reuniões de operários, artesãos e estudantes. Centenas de milhares de insatisfeitos, por consequência, queriam derrubar o rei Luís Filipe I.
No dia 24 de fevereiro, Paris se encheu de barricadas e a multidão foi atacada pela Guarda Nacional. Morreram mais de 500 pessoas. Com isso os soldados se voltaram contra o rei que, pressionado, abdicou o trono.
No dia 25 de fevereiro foi implantada a Segunda República.
Em 23 e 24 de abril de 1848, ocorreram eleições para a formação de uma Assembleia Constituinte. O Partido da Ordem, composto pela burguesia e proprietários rurais elegeu 700 deputados, alguns favoráveis à monarquia e outros republicanos moderados.
Os republicanos radicais e os socialistas, no entanto, não conseguiram eleger nem 100 deputados.
A Revolução de Junho de 1848
Insatisfeitos com a Constituinte, os socialistas e os operários desempregados promoveram uma nova insurreição.
Levantaram barricadas para enfrentar o novo poder controlado pela burguesia.
Em reação a Assembleia Nacional Constituinte decretou estado de sítio, ao passo que nomeou o ministro da Guerra, general Louis-Eugène Cavaignac, chefe do poder executivo.
O combate durou quatro dias e morreram 1500 revoltosos. Os que sobreviveram foram julgados sem direito de defesa, 12000 foram presos e 4 mil deportados para a Argélia.
Os jornais foram suspensos, as reuniões públicas proibidas e as associações políticas controladas pela polícia.
O golpe que derrubou a Segunda República Francesa
A Constituição foi promulgada em 12 de novembro de 1848. Estabeleceu a República Presidencialista e o Legislativo unicameral com base no sufrágio universal.
Nas eleições presidenciais de dezembro foi eleito Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte.
Ele cumpriu os quatro anos do mandato, mas não quis deixar o poder. Deu um golpe, acabou com a República e se fez Imperador, em 2 de dezembro de 1851.
Com o golpe, Luís Bonaparte iniciou o Segundo Império Francês e se tornou o Imperador Napoleão III.
Consequências dos Conflitos
Os ideais que começaram na França se espalharam pelo mundo. A Alemanha ganhou uma nova constituição e o Imperador da Áustria abdicou.
A Itália lutou pela sua unificação. No Brasil inspirou a Revolução Praieira em Pernambuco entre (1848 a 1950).
Você gostou de conhecer mais sobre os ideais que nasceram com a Revolução de 1848? Então não deixe de ler também sobre como a Guerra dos 30 anos mudou o mapa da Europa.
Fonte: Mundo Educação, Uol Educação, Medium, Colégio Web, Grupo Escolar, Toda Matéria, Cola da Web.
Imagem: Dasandere, Riccardo Schiroli