O Muro de Israel é conhecido como um projeto arquitetado pelo governo israelense, iniciado em 2002, como forma de dividir Israel e o território da Cisjordânia. Também chamado de Muro da Cisjordânia, o projeto é conhecido internacionalmente e levanta diversas críticas, tanto fora do território de Israel, quanto dentro.
A princípio, a ideia do muro surgiu como uma maneira de livrar os israelenses dos constantes ataques palestinos. O conflito entre Israel e Palestina é histórico e perdura até os dias atuais, tendo a divisão territorial e conflitos religiosos como os principais norteadores dos confrontos.
Muitos críticos da construção do muro acreditam que a divisão entre ambos os territórios se assemelha ao que ocorreu na Alemanha, quando o país foi dividido entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.
Na época, a construção do muro ficou conhecida como “muro da vergonha”, assim como a construção em Israel está sendo chamada atualmente. A denominação é pertinente, já que a separação territorial vai prejudicar, de diversas formas, os palestinos.
Contexto do Muro de Israel
Para entender todo o conflito que envolve a construção do Muro de Israel, é preciso voltar um pouco no tempo e compreender o que é a disputa entre Israel e Palestina. Basicamente, a disputa entre israelenses e palestinos teve início logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Isso porque, em 1949, a Organização das Nações Unidas aceitou a proposta da Inglaterra em dividir a região da Palestina. Com a divisão, diversas regiões tiveram seus povos mesclados, tanto culturalmente quanto religiosamente. Além disso, a questão econômica também era desafiadora para ambas as partes.
Após a criação do Estado de Israel, que ocorreu antes mesmo da divisão dos territórios, em 1948, a região de Jerusalém passou a enfrentar disputas ideológicas, culturais e de identidade. Inclusive, estas disputas perduram até os dias atuais, intensificadas pela divisão territorial.
Na partilha feita pela ONU, mais da metade do território palestino ficou sobre domínio de Israel, enquanto a outra metade ficou com a Palestina. Porém, a divisão foi desrespeitada por conta de conflitos como a Guerra dos Seis Dias e a Guerra de Yom-Kippur.
A zona de divisão do Muro de Israel, conhecida como Faixa de Gaza, é hoje um dos territórios mais conflituosos do mundo. Além das disputas territoriais, a população convive com constantes ataques terroristas, sequestros e falta de recursos básicos, como água e saneamento.
Motivos para a construção do muro
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel na época em que o muro começou a ser construído, idealizou a construção do Muro de Israel baseado na justificativa de proteção aos judeus. Porém, alguns críticos afirmam que a construção do muro foi uma estratégia para ampliar o território político de Israel.
Isso porque a intenção era ampliar o domínio judeu na região em que a Cisjordânia está localizada. Apesar das críticas, o governo de Israel defende veemente que a construção do muro é uma questão de segurança, para evitar possíveis ataques palestinos.
Com a construção do Muro de Israel, apesar do discurso de segurança, muitas famílias que se encontravam nos locais onde o muro foi construído, ficaram sem abrigo.
Críticas
Além disso, muitos palestinos que vivem em Israel, consequentemente, não poderão ultrapassar a barreira, ficando então do “lado de dentro” do Muro de Israel e servindo como mão de obra para os israelenses.
Outro ponto muito criticado em relação à construção do muro é a possível invasão de propriedades particulares do lado palestino. Assim, recursos naturais de diversas aldeias são utilizados por conta da invasão do território palestino.
Ao todo, o Muro de Israel possui 8 metros de altura, 721 km e trincheiras com 2 metros de profundidade, torres de vigilância e arames farpados.
Assim, foram construídos dois muros. O primeiro responsável por cercar a parte ocidental de Jerusalém e o segundo construído para cercar as colônias israelenses na Faixa de Gaza.
O governo israelense afirma que, com a construção do muro, houve a redução no número de mortes causadas por ataques terroristas. Além disso, afirma que a violência diminuiu.
Apesar disso, os críticos defendem que a redução nos casos de violência não tem muita relação com a construção do muro. Ou seja, os atentados e ataques sofridos pelos israelenses diminuíram por conta dos acordos promovidos entre ambos os lados do conflito.
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Fontes: Brasil Escola, Mundo Educação, Prepara Enem e Todo Estudo
Imagens: Geo Verdade, Monitor de Oriente, Olhares al Arabe e Desinformemonos