Modos de Produção, o que são? Definição, exemplos e características

Os modos de produção estão relacionados aos vários modos de trabalho e produtividade em diferentes sociedades, localizadas historicamente.

Modos de Produção. Exemplos e Características

Primeiramente, quando pensamos em modos de produção e sociedade, focamos para as diferentes formas de organização social ao longo da história mundial até nossos dias. Da mesma forma, quando fazemos parte de uma sociedade, estamos ao mesmo tempo fazendo parte da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Por outro lado, estes modelos, são as diferentes formas de organizações socioeconômicas que se relacionam com as forças produtivas. Ou seja, os trabalhadores. Como resultado disso, estas organizações se conectam também com as relações de produção, lucros, salários e consumo.

Isso significa que a produtividade, a utilização e a distribuição dos bens de consumo e serviço formam os diferentes modos de produção. Além disso, relações e organizações de trabalho e consumo se apresentaram em diferentes formas ao longo da história até nossos dias.

A propósito, nos dias de hoje, quando compramos alimentos, calçados e materiais de diversas utilizações estamos consumindo bens. Contudo, quando pagamos uma passagem de metrô, consulta médica ou contratamos um eletricista, são ações que se relacionam com o consumo de serviços.

Modelos de sociedades primitivas

Dos modos de produção, este modo é considerado o mais antigo dos sistemas sociais e se configurava em trabalho coletivo.

Além disso, foi considerado o modo mais duradouro, por existir durante centenas de milhares de anos. Basicamente,  era fundamentado no trabalho cooperativo de produtividade.

Modos de Produção, o que são? Exemplos e Características Históricas
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Portanto, os homens trabalhavam em conjunto e com igualdade de usufruto. Ou seja, os frutos do trabalho eram de todos. Deste modo, não existia ainda o conceito de propriedade privada e, por conseguinte, o de proprietário.

Neste sentido, o sistema social produtivo agrícola e de criação era composto de homens e mulheres (força de trabalho e conhecimento), meios inertes (instrumentos e equipamentos produtivos) e de matéria viva ( plantas cultivadas e animais domésticos). 

A propósito, a coletividade era organizada para promover uma produção que atendia as necessidades diretas (o Autoconsumo) ou indiretas (nas trocas) da sociedade produtora. Vale lembrar que este modelo foi denominado por Marx de trocas simples.

Para Marx, os modelos de sociedades primitivas eram relacionados ao primeiro estágio dos modos de produção. Desta forma, este estágio se relacionava à propriedade tribal, na qual a estrutura social correspondia a estrutura de família e a subsistência era  garantida pela caça, pesca, criação de animais e, por vezes, a agricultura.

 Portanto, não existia desenvolvimento de produção e, neste sistema, adivinha uma divisão de trabalho elementar.

Sociedades Escravistas

Em síntese, os trabalhadores se constituíam em uma massa de escravos, comandados por senhores que detinham o poder dos meios de produção, dos produtos e dos trabalhadores.

Modos de Produção. Exemplos e Características
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A propósito, dentre os modelos de sociedades este é o mais perverso. Nele, estabeleceu-se uma forma bem arcaica de propriedade privada, na relação entre o senhor e o escravo, onde o senhor tinha a posse do escravo como uma propriedade.

Portanto, são transformadas as relações de cooperação comunal primárias do modo primitivo de produção. Contudo, a partir deste sistema, surgiu a necessidade de se criar o estado como órgão garantidor do bem estar, justiça, ordem e também preservar os direitos de propriedade.

Feudalismo

O modelo social de produção feudal antecede ao modelo capitalista. Basicamente, nele se configurava duas categorias marcantes, o senhor feudal e o servo.

Desta forma, esta relação de trabalho era baseada na troca de trabalho por moradia e comida, onde o servo oferecia seu trabalho ao senhor feudal em troca destes meios de sobrevivência.

Neste sentido, o servo poderia obter alguma renda com seu trabalho, mas, com a exploração e as regras sendo cada vez maiores, era impossível qualquer aumento de sua renda. Nesse sentido, se o servo quisesse trabalhar como artesão, era impedido pelos regulamentos.

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Contudo, o servo não era considerado um escravo, porque não podia ser comercializado. Além disso, vale destacar que o senhor feudal tinha obrigação de garantir proteção militar e o oferecimento de terra para agricultura.

A propósito, para Marx, os modelos de sociedades feudais correspondiam à terceira etapa histórica da propriedade. Neste sentido, a propriedade transforma-se em propriedade coletiva de senhores feudais, tendo sua base e o apoio da organização militar dos conquistadores tribais germânicos.

Desta forma, seu ponto de partida era o campo e a classe explorada, composta por servos e não mais por escravos. Vale salientar que, no próprio feudalismo houve uma transição que se assemelhava aos  modos de produção capitalistas, chamada por Marx de quarta fase, onde fundou-se a distinção entre campo e cidade, e ocorreu o desenvolvimento das manufaturas.

Modos de produção capitalistas

Em síntese, este modelo de produção se baseia na divisão da sociedade em classes e  nas relações de trabalho assalariado e divisão de trabalho. Além disso, os meios de produção são propriedade privada de uma classe, a classe burguesa.

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Desta forma, se configurava o modelo que evoluiu até nossos dias com etapas de transformações. Todavia, é importante lembrar que o conceito de modos de produção foi cunhado por Marx e Engels em sua análise histórica e social da estrutura capitalista.

Neste sentido, a burguesia visa maiores lucros, aumentando os níveis de produção e de força de trabalho. Além disso, os  modos capitalistas de produção são categorizados por meio de suas etapas evolutivas:

Pré-capitalismo: 

  • Sistema feudal com relações capitalistas. Basicamente, estes modelos de sociedades do pré capitalismo, correspondem a quarta fase das etapas histórias de propriedades, apontadas por marx.

Capitalismo:

  •  Comercial: trabalho assalariado com maior parte dos lucros em poder dos comerciantes
  •  Industrial – capitalismo resultante da revolução industrial e do investimento de capital nas industrias, dando origem ao proletariado
  • Financeiro – baseado em investimentos e especulações em poder dos bancos e instituições financeiras. Nesta forma de capitalismo, o controle das atividades econômicas é feito por meio dos financiamentos.

E então, o que achou da matéria? Se gostou, confira também: Fases da Revolução Industrial – Histórias e Principais Características

Fontes: Monografias Brasil Escola, Cola Web, Estudo Prático, Blog do Enem e Todo Estudo

Imagens: Unsplach, Pexels, Brasil Escola, Super Geográfico, Mega Times

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