Você provavelmente já deve ter visto o nome de Maomé em passagens bíblicas, não é? Pois é, Abu al-Qasim Muhammad ibn ‘Abd Allah ibn ‘Abd al-Muttalib ibn Hashim – chamado de Maomé – foi quem fundou a religião e civilização islâmica.
Assim, pertencente à tribo dos coraixitas, Maomé nasceu em 571 d.C, na cidade de Meca, região da Península Arábica. Assim, ele fazia parte do clã denominado hachemitas. Logo, no clã, Maomé era chamado de Banu Hashim. Além disso, possuía os nomes de Abdallah (Servo de Alá) e Aminah (A Segura, ou A Protegida).
Nesse sentido, a mãe de Aminah pertencia aos Banu Zuhrah, e o pai era filho de Abd al-Muttalib, do clã chamado Banu Hashim. Entretanto, Maomé ficou orfão logo cedo e posteriormente foi criado pelo avô por parte de pai, Abd al-Mutalib. Porém, seu Tio logo ficou com a guarda do garoto. Assim, Aminah aprendeu os segredos da comercialização e da economia da época.
A vida de Maomé
Por ter ficado órfão muito cedo, Maomé foi criado pelo tio, Abu Talib, também pertencente do clã Banu Hashim. Dessa forma, aprendeu a comercializar especiarias nas caravanas de camelos transaarianas. Assim, se tornou chefe na profissão que se desenvolvia.
Logo depois, como responsável de caravanas, Maomé conhece uma mulher, chamada de Khadijha. Assim, ele começou a trabalhar para Khadijha cuidando dos negócios administrativos de seu dinheiro, já que ela era rica e viúva.
Nesse sentido, Maomé demonstrou grande agilidade com a administração dos negócios de Khadijha. Em seguida, os dois fizeram um acordo e se casaram. Desta maneira, Maomé inicia uma vida com mais vantagens e conforto, já que não possuía dinheiro até o momento.
Porém, antes mesmo de se tornar responsável pela caravana, Maomé havia passado uma infância de dificuldades. Entretanto, o jovem garoto cresceu e se tornou um homem com caráter, generoso e com talento nato para arbitrar disputas. Logo, Maomé ficou reconhecido como um homem devoto e espiritualizado.
Nesse sentido, era recorrente que Maomé fosse até as montanhas para praticar meditação e orar. Assim, ele afirma ter sido em uma dessas idas as montanhas que ele sentiu, pela primeira vez, a presença do anjo Gabriel.
Logo, a mensagem que arcanjo Gabriel lhe passou, de que ele deveria iniciar sua revelação da palavra de Deus, o assustou. Assim, Maomé contou sobre o ocorrido à sua esposa e, junto ao primo cego e cristão, interpretaram aquela menagem como algo divino. Logo, acreditavam que Maomé era o profeta de Deus.
O Profeta de Deus
Após receber a mensagem do arcanjo Gabriel, várias outras revelações vieram até ele. Assim, uma delas dizia que o profeta de Deus receberiam o chamado Alcorão e que no livro sagrado estariam as palavras vindas diretamente de Deus.
Dessa forma, Maomé seguiu disseminando a palavra de Deus para o povo de Meca. Primeiro, começou com amigos e familiares e, logo em seguida, mecanos ricos e importantes. Nesse sentido, o profeta de Deus ensinava que existe apenas um Deus merecedor de toda submissão.
Entretanto, os pertencentes do politeísmo que viviam na região não aceitavam as palavras do profeta de Deus e acreditavam que a mensagem era perturbadora. Logo, os seguidores de Maomé começaram a ser perseguidos e ameaçados. Em seguida, Maomé mandou seus seguidores para as terras onde hoje se encontra a Etiópia, como forma de refúgio.
Experiência religiosa
No ano de 619, Maomé vivenciou que a maior experiência religiosa que poderia acontecer. Isso porque, o ano de 619 foi de tristezas, já que Khadija e Abu Talib morreram. Assim, o profeta de Deus sentiu que o anjo Gabriel o transportou de Meca para Jerusalém. Em seguida, retornou aos céus partindo do Monte do Templo.
Dessa maneira, durante o tempo em Jerusalém, o projeta de Deus aprendeu com Moisés e Jesus sobre sua própria condição. Assim, os encontros se baseavam em oração e esse período, dividido em duas partes, ficou conhecido como Isra (Viagem Noturna) e Mi’raj (Ascensão).
Em síntese, o profeta de Deus ainda era perseguido em Meca. Assim, em 622, levou sus seguidores para a cidade onde hoje é conhecida como Medina. Dessa forma, passou a ser reconhecido como juiz e árbitro e as pessoas começaram a admirá-lo ainda mais.
Assim, o projeta de Deus criou um novo Estado de tolerância que era gerido sob uma constituição. Porém, os integrantes de tribos judaicas se opuseram à Maomé por ele ser o o último profeto com a dádiva de disseminar a revelação final.
O início das batalhas
Após conquistar mais adeptos do islamismo, o projeta de Deus conseguiu se fixar em Yatreb. Assim, considerava a cidade propícia para disseminar os ensinamentos de Deus. Logo, Yatreb teve seu nome mudado para Medina – “a Cidade”, ou “Cidade do Profeta”.
Entretanto, o profeta de Deus inciava cansativas batalhas contra a cidade de Meca. Assim, as batalhas mais conhecidas enfrentadas por Medina e Meca ocorreram na cidade de Badr, em 624, e Ohod, em 625. Logo, o principal inimigo de Maomé era chamado de Abu Sufayan.
Dessa forma, Abu Sufayan, tentou povoar a cidade de Medina, em 627. Porém, grupos de guerrilheiros muçulmanos conseguiram impedir a entrada de 10.000 mequences. Após uma trégua estabelecida pelo próprio profeta de Deus, em 629, Maomé cerca Meca com a ajuda de combatentes.
Por fim, a tomada de Meca iniciou o expansionismo islâmico. Assim, o profeta de Deus morreu logo após dois anos de dominar sua cidade natal. Entretanto, a morte do profeta de Deus resultou na criação de grupos como os sunita e xiita, caracterizados pelo desenvolvimento do islamismo.
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Fontes: Só História, Brasil Escola, Revista Galileu
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