A lava nada mais é do que uma rocha liquefeita que sofreu fusão a uma alta temperatura. Esta rocha liquefeita normalmente flui de um vulcão ou algum outro buraco da superfície terrestre. é essencial lembrar que enquanto a rocha liquefeita ainda está no interior da terra, recebe o nome de magma. Porém, quando ela aflora na superfície terrestre, ela passa a se chamar de lava. Após certo tempo, a lava se resfria e endurece, formando uma rocha que é nomeada de rocha ígnea.
Características
É nítido que a lava é uma substância muito quente, a sua temperatura pode chegar à 1200ºC. Com base na sua temperatura, a sua coloração pode sofre alterações. Quando ela está em uma temperatura extremamente quente, ela pode adquirir uma coloração branca. Porém, normalmente a sua tonalidade varia entre o vermelho e o alaranjado.
Existem vários tipos de lavas, que variam na sua composição e estado. Existem lavas tão líquidas que podem fluir rapidamente, chegando a uma velocidade de 55 quilômetros em uma hora em uma encosta. Em contrapartida, outros tipos de lava, mais viscosa, se desloca penas poucos centímetros por dia.
A composição da lava contêm alto porcentual de sílica, que nada mais é que um composto formado pelo silício e oxigênio. Então, com base na concentração de sílica na lava, elas são classificadas em três tipos: As riólitos apresentam entre 65 %e 75% de sílica na sua composição; As andesinas apresentam entre 50% e 65% de sílica; Já os Basaltos, apresentam menos de 50% de sílica em sua composição. A saber que o o basalto é o tipo mais comum.
Outra coisa que compõe a lava, são os gases. Normalmente os gases são liberados devagar, ou então, ficam presos em bolhas quando a lava endurece. Quando isso ocorre, a rocha formada é cheia de bolhas próximas umas das outras, e isso interfere no seu peso, se tornando mais leve. A saber que esse tipo de rocha é chamada de pedra-pomes.
Tipos de fluxo de lava
Os fluxos de lava são classificados de acordo com sua composição e aparência. Mas de forma geral, quanto mais elevado for o volume de sílica, mais espesso e lento será o deslocamento da lava.
Lava Basáltica
A Lava basáltica também conhecida por aa e pahoehoe. A lava aa tem uma superfície áspera pois é revestida por pedaços de rochas. Já a pahoehoe tem um fluo mais espesso, pois contêm gases, tendo uma superfície macia e um pouco encurvada. Nesse tipo de lava, existe uma película invisível, que a mantêm protegida e derretida durante semanas. Vale lembrar, que em certas ocasiões, a lava pode sair como pahoehoe e transformar-se em aa quando começa a descer.
Lava Andesítica
A lava andesítica segue nesse tipo de fluxo, que há a formação de lava em blocos, tendo a aparência semelhante ao fluxo da lava aa, com algumas rochas na superfície. A saber que na lava andesítica, a liberação de gases causa várias explosões.
Lava Riolítica
A lava riolítica é o tipo de lava é mais leve que o basalto, além de ser mais espessa, o que faz fluir mais lentamente. Normalmente, ela acaba condensando próximo da cavidade de onde saiu. Esse tipo de lava, quando resfria, forma um domo de lava que se resfria rapidamente, e acabara originando um vidro nomeado de obsidiana.
Estruturas vulcânicas na amazônia
Atualmente, a Amazônia é conhecida em todo o planeta por ser a maior floresta tropical do mundo. Entretanto, à muito tempo atrás, cerca de 2 bilhões de anos, uma área de 1,2 milhões de quilômetros quadrados era um grande campo de vulcões ativos. A maioria da estrutura vulcânica ainda estão lá, mas estão recobertos por quilômetros de sedimentos.
Os vulcões foram ativos por cerca de 300 milhões de anos, no período da era paleoproterozoica. Mas, algo muito interessante e que devemos abordar, é que o campo de vulcões amazônico é muito bem preservado. Segundo especialistas, nenhum lugar no mundo se encontra estruturas vulcânicas tão bem preservadas como no Brasil.
Como se formaram os vulcões amazônicos
De fato, a atividade vulcânica ocorre apenas em áreas que existem separação de de placas tectônicas. Mas, em um período muito distante, durante a formação da estrutura da terra, o Brasil se encontrava em um local de grande instabilidade magmática. Na área da Amazônia havia uma grande movimentação de placas oceânicas.
Pode-se dizer que o epicentro dos vulcões no Brasil se concentra na região entre os rios Xingu e Tapajós.
Vulcões da amazônia eram explosivos
Quando acontece de a placa oceânica se movimentar para baixo da placa continental, ocorre atividades vulcânicas e terremotos. Então, quando ocorre esse processo, a placa oceânica ao entrar abaixo da placa continental, leva junto muita água e sedimentos. Dessa forma, com a entrada da água acontece a fusão das rochas, acelerando o processo de formação do magma.
Então, quando o magma se encontra em uma pressão muito alta, ele sobre e forma os vulcões. Durante esse processo, a água eta em um estado chamado de ”super-crítico”, não sendo líquido nem vapor, se tornando o elemento central. Uma vez que, ela está intimamente ligada na formação do magma, tornando a atividade vulcânica altamente explosiva. Pois, essa água extrai os elementos químico das rochas, concentrando no fluido. Assim, quando se resfria ocorre uma explosão em direção a superfície.
Região amazônica tem reservas importantes de minério
Certamente, o estudo dos solos e camadas tem como principal objetivo, entender como o planeta se formou. Entretanto, também há uma causa comercial nesse tipo de estudo. Uma vez que, também se estuda as características de mineração no local. Pois, é provável que encontre produtos como ouro e cobre na região, pelo fato de a formação desse metais estar ligada à atividade vulcânica.
É certo que a atividade vulcânica na amazônia era propícia para que uma grande concentração de metais se alojasse no solo. Isso ocorre, pois a água em estado crítico ”puxa” os metais no interior das rochas e absorvendo na composição do magma. Então, quando o vulcão explode, a lava leva consigo os metais, após a lava se resfriar ela foi recoberta por sedimentos.
Assim, com a intensa atividade vulcânica a bilhões de anos atrás, o solo da Amazônia pode conter muitos minerais. Por isso acaba atraindo a atenção de diversas empresas mineradoras. Pois, essas empresas podem encontrar jazidas de ouro, cobre e outros minerais valiosos. Porém, nem sempre isso pode se concretizar, uma vez que a cada mil áreas estudadas, apena uma vira campo de mineração.
Consequências da lava
Certamente, sabemos que os locais e cidades que ficam próximos dos vulcões correm o risco de serem destruídos pelos escoamento da lava ou até pelas cinzas do vulcão. Vale salientar um caso que ocorreu no monte Etna, onde um fluxo de lava destruiu uma estação de esqui em 2001. Além desse caso, houve também um vulcão entrou em erupção na república do Congo, matando dezenas de pessoas e destruindo parte da cidade de Goma.
Decerto, inúmeras ilhas foram formadas pelo fluxo de lava. Isso ocorre quando muitas camadas de lava se acumulam umas sobre as outras. Por exemplo, as ilhas do Havaí e a de Surtsey se formaram dessa forma, com sucessivas camadas de lava que se resfriaram.
Supervulcão de Toba: o maior que temos notícia
Hoje, onde é um lago calmo já foi local de uma das maiores catástrofes do planeta. Uma ilha paradisíaca de Sumatra na Indonésia abriga o supervulcão Toba, responsável catástrofe final para a humanidade a muito tempo atrás. Este vulcão entrou em erupção, mudando a paisagem de todo o planeta por anos.
Há indícios de que esse supervulcão entrou em erupção mais de uma vez. Entretanto, essa explosão foi única, levando cerca de 2.500 quilômetros cúbicos de lava para a superfície terrestre. Para fazermos uma comparação, o vulcão com maior intensidade em nosso século foi o filipino Pinatubo, cuja erupção liberou 5 quilômetros cúbicos de lava.
Sabe-se que após a erupção do Toba, a terra viveu seis anos de inverno vulcânico. Além disso, a temperatura média teria caído 12 graus e o planeta ficou coberto por uma densa cortina de gases. Após essa erupção, houve uma breve era do gelo.
Fonte: Escola britannica, Vix
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