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História do Teatro – Origem, variações pelo mundo e evolução
O Teatro sempre existiu na história da humanidade como meio de expressividade dos homens, contação de histórias e louvor à antigos deuses.

A arte em forma de encenação, ou seja, o Teatro, sempre existiu na história da humanidade de forma a proporcionar aos homens um meio para expressar seus sentimentos, contar histórias e louvar divindades.
Embora essa arte seja mantida até os dias atuais, seu significado e história evoluiu ao longo dos anos e, como todo processo evolutivo, existem várias versões de como essa história começou. Para muitos estudiosos, inclusive, a história do teatro se mistura à história da humanidade. Inclusive, existem teorias que a associam com as primeiras manifestações pré-históricas.
Afinal, ficou curioso? Vamos conhecer um pouco sobre a história do teatro e como essa arte continua no mundo atual.
Origem

Inicialmente, o termo “teatro” refere-se a dois significados distintos: estilo artístico ou edifício/casa, ou seja, o ambiente (espaço) no qual podem ser encenados vários tipos de espetáculos.
Etimologicamente falando, a palavra “teatro” vem do grego theatron (theaomai = ver; thea = vista; panorama). Além disso, é considerado uma invenção grega.
Embora suas origens estejam usualmente relacionadas à Grécia Antiga, algumas teorias, pouco famosas, apontam que encenações primitivas já ocorriam na Península da Malásia, e que sempre existiram no Antigo Egito, na China e Índia, antes mesmo do surgimento da tragédia grega.
História do Teatro na Grécia

O teatro surgiu na Grécia antiga, mais precisamente no século IV aC, resultado do festival anual de consagração a Dionísio, deus do vinho, da paixão e da fertilidade. Como não era permitido a participação de mulheres, as encenações eram compostas apenas por homens.
Em resumo, essas encenações eram divididas em representações trágicas ou cômicas, os primeiros gêneros teatrais.
Tragédia
Destinava-se a tratar de temas relacionados à justiça, lei e ao destino. Neste sentido, a história acompanha a trajetória de um herói que precisa cumprir seu destino. Geralmente, como resultado, esse desfecho culmina na morte do herói.
Na tragédia, há um número limitado de personagens secundários e um oponente ao herói. Às vezes, os deuses aparecem na forma de personagens, em oposição aos heróis humanos, e são sempre descendentes da dinastia grega.
A estrutura formal da tragédia grega clássica apresenta-se da seguinte forma:
- Prólogo – Antecede os acontecimentos da trama de forma falada.
- Párodos – Canto coral que estabelece o ‘clima’ da peça ao entrar em cena, representando sua coletividade e preceitos éticos e morais.
- Episódios – Ação da peça, onde a trama ou o enredo desenvolve-se de fato.
- Estásimos – São cantos que intercalam os episódios, nos quais o coro comenta a ação, antecipa as próximas cenas, as critica, porém não interfere no episódio.
- Êxodo – Última participação do coro.
Comédia
Já a comédia, segundo Aristóteles, tem origem nas cerimônias, carnavais ou canções amplamente conhecidas em comemoração a Dionísio, sempre destinada ao público comum e sem muita instrução. Por isso, a comédia grega teve um importante papel social, desenvolvido através de sátira, a todos os cidadãos, homens públicos ou não.
Foi através dela que o teatro tornou-se o fórum onde foram travadas as mais veementes controvérsias da pólis ateniense.
De forma geral, o objetivo do teatro cômico é fazer o público rir com a representação irônica da vida cotidiana.
Sua estrutura formal se apresenta desta forma:
- Prólogo – dividido em dois momentos, o primeiro expositivo e o segundo com a introdução da ação que desencadeará todo enredo.
- Párodos – entrado do coro, momento solene de canto e dança.
- Ágon – momento em que o conflito é exposto, o coreuta expressa a idéia do poeta, esta é contestada, porém sempre vencida.
- Parábase – compreende vários momentos, como um canto muito curto, somado aos anapestos (discursos do corifeu dirigidos ao público) e ao pnigo (longa fala dita sem respirar).
- Êxodo – saída do coro.
Teatro Romano

O teatro romano teve como inspiração os teatros da cultura grega. Apesar disso, com um estilo próprio. Neste cenário, as performances são violentas e baseiam-se em partidas entre romanos e cristãos, que são sacrificados em público.
Ou seja, era uma atração profana oferecida ao povo, no esquema “pão e circo”, utilizado pelos governantes e Imperadores. Por isso, suas manifestações ganham mais força durante o império, seguindo um calendário de 60 dias de espetáculos públicos em Roma.
Teatro Medieval
Com o surgimento da fé cristã européia, a Igreja Católica proibiu as manifestações teatrais, já que suas encenações eram, sobretudo, sátiras religiosas. Como resultado disso, do século V ao século IX, não há nenhuma atividade teatral.
O teatro, então, só reapareceu no meio da Idade Média, com as seguintes características:
- Religiosa (dramas litúrgicos, mistérios, milagres, moralidades, autos) e erudita (estudo dos clássicos nos mosteiros);
- Popular e profana (farsa, sottie, jograis, autos sacramentais).
Teatro Elisabetano

Na Inglaterra, no século XVI, o teatro aparecia como a diversão mais apreciada por pobres e ricos. Por isso, vários teatros foram erguidos na margem esquerda do rio Tâmisa, lado contrário ao da cidade de Londres, com construções ao ar livre e palco estendido até o centro de uma arena.
Os espectadores, portanto, ficavam próximos dos atores e, com isso, demonstravam simultaneamente suas opiniões sobre o que era encenado.
Sobretudo, o maior nome do Teatro Elisabetano é William Shakespeare, tendo suas peças teatrais estudadas e interpretadas ainda na modernidade.
Teatro Brasileiro

A história do teatro no Brasil sofreu grande influência dos padres Jesuítas, que ao chegarem ao país, trouxeram influências como a literatura e o teatro, utilizando ambos na educação religiosa. Este período corresponde ao século XVI, quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal.
Desse modo, as primeiras incidências do teatro no Brasil foi pelas mãos dos Jesuítas, como instrumento de civilização, principalmente para a catequese dos índios. Isso porque o fascínio de imagens representativas era muito mais eficaz do que a leitura de passagens bíblicas. Então, de certa forma, a origem do teatro no Brasil tem como precursores assuntos ligados à religiosidade.
Por fim, gostou da história do teatro? Se sim, continue por aqui. Confira também outros temas como, por exemplo, quem foi Eurípedes, um dos principais expoentes da tragédia grega.
Fontes: Portal São Francisco, Brasil Escola, Info Escola
Imagens: Estudo Pratico, Abel Santana, Veja SP, Londres para Principiantes, Historia Arte Arquitetura